sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Esqueceram de Sávio Rolim e de Macaulay Culkin (que faz 40 anos hoje)

por Jãmarri Nogueira



Não é uma tarefa fácil lidar com o sucesso. O estrelato é capaz de fazer girar a cabeça dos mais equilibrados… Agora, imagine o sucesso chegando ainda na infância (quando ainda não estamos preparados para lidar com as exigências do ego…).

Nesta quarta-feira, o ator e cantor Macaulay Culkin está comemorando (tomara!) 40 anos de idade. Verdade que - como artista - parece que já morreu, mas Macaulay já fez imenso sucesso.

Com apenas 10 anos de idade, protagonizou a franquia ‘Esqueceram de mim’, o que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro (na categoria de melhor ator - comédia/musical). Também estrelou o fofíneo ‘Meu primeiro amor’, ‘Riquinho’ e o interessante ‘Anjo malvado’.

Entre 1990 e 1994, Macaulay Culkin ganhou grana de rodo e palmas a granel! Nem ele nem a família tiveram estrutura para tanto… Parou de atuar em 1994 e mergulhou nas drogas (lícitas e ilícitas)… Até tentou voltar ao estrelato nos anos 2000, mas não deu lá muito certo…

Escreveu sua própria biografia e montou uma banda de rock. Acumulou fracassos e esquecimentos da indústria de massa. Atualmente, ele tem um site satírico de cultura pop e podcast chamado Bunny Ears.

A trajetória de Macaulay tem alguns pontos em comum com a do paraibano Sávio Rolim, ator que fez sucesso ao estrelar o longa-metragem ‘Menino de engenho’, em 1965, sob direção do cineasta Walter Lima Jr, baseado na obra de José Lins do Rêgo.

Sávio teve projeção nacional com o seu papel. Trocou a Paraíba pelo Rio de Janeiro, onde ficou aos cuidados de ninguém menos que Glauber Rocha, o maior nome do Cinema Novo. Na época das gravações de ‘Menino de engenho’, Sávio tinha apenas 12 anos de idade.

Não soube lidar com a situação. E, embora tenha feito alguns filmes nas décadas de 1970 e 1980, caiu no ostracismo e teve problemas com drogas, o que teria disparado o gatilho de sua esquizofrenia paranoide. Passou a viver por esquinas e becos.

Em 2004, a vida de Sávio foi retratada no documentário ‘O Menino e a Bagaceira’, dirigido por Lúcio Vilar. O filme foi exibido no Festival de Cinema de Pernambuco, premiado na categoria Vídeo Nordestino, considerado a melhor pelo júri e pela crítica



fonte: https://blog.portalt5.com.br/clapeclapeclape

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