quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lembranças da velha ponte


Foi, uma vez os extremos
Trans pontos do sul e do norte
No vice-versa das águas
Num contraponto da ponte

Ontem, velhos pilares
Marcas deixadas no tempo
Agônica, agora o moderno
Derme, dorme a sangria

Soa a velha ponte
Sobre um papel mar/melado
Amarelo, sombrio das lembranças
Sobras, voraz do passado
Jaz aqui, passadiço...............................................................................................
A ponte sobre o sangradouro do Açude Grande de Cajazeiras,
foi construída entre os anos de 1915 a 1916, 

durante a administração do prefeito Cel. Sabino Coelho
Foi destruída na última gestão do prefeito Epitácio Leite Rolim
e Re-construída na Gestão do Prefeito Carlos Antonio.

domingo, 24 de abril de 2011

Bomba no Apolo XI, continua no Jornal do Comércio.


O Jornal do Comércio do Recife, na edição deste dia 24 de Abril de 2011, divulga mais uma vez fatos relacionados ao caso do Cine Teatro Apolo XI. Desta vez a matéria (também) com duas paginas, cita os Padres Antônio Luiz - Buica e R
aimundo Rolim, o inventor Inácio Assis, o Professor de Latin da FAFIC, Mr. Francis Boyes, o advogado e político de esquerda - na época Bosco Barreto e o historiador cajazeirense Chagas Amaro.
Click na imagens abaixo para ler o conteúdo.
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sábado, 23 de abril de 2011

Ideais libertários nos Festivais de Poesias em Cajazeiras

por Cleudimar Ferreira



A história dos festivais de poesias em Cajazeiras, talvez não seja um capítulo aparte a ser escrito. Isso por que a sua abrangência, ou seja, aonde chegou os rumores da sua existência quanto evento incentivador e produtor de poesia, já não era algo a ser descoberto, e a sua existência, já havia sido propagada e atingido a unanimidade da jovem classe intelectual e artística da cidade, principalmente, a envolvida com literatura e cultura, através das expressões artísticas, como por exemplo, o teatro e a música. 

Além disso, as condicionantes que impulsionaram a realização do evento durante cinco anos, entre os anos de 1973 e 1977, estão sociologicamente relacionadas ao próprio contexto do festival, bem como, as estruturas politicas que os estudantes da época estavam ligados, e que de uma forma ou de outra, provocaram a união de todos, entorno da proposta da realização do festival.

Para que se possa entender melhor; situando as circunstâncias da época aos fatores determinantes em que suas versões do festival foram realizadas, fica bem claro o porquê dos jovens estudantes cajazeirenses estarem à frente do seu tempo. Uma juventude encantadora e inexorável, que se engajou ao momento político-ideológico que tomava conta de seguimentos da classe estudantil brasileira; numa conjuntura em que a ação da censura à produção cultural no país era quem determinava a qualidade e o tipo de peça artística que interessava - não ao público, mas ao governo e os seus censores. 

Um aparelho destruidor da liberdade de expressão e da criatividade, que não ficou restrito somente ao eixo Rio - São Paulo, mas que atingiu outros pontos da federação, como foi o caso da repressão ao GRUTAC e a peça "Aí" num festival de teatro em Campina Grande e a prisão do suplente de senador Bosco Barreto, por agentes da Polícia Federal, no centro comercial de Cajazeiras.

Os festivais de poesia, diante do rolo compressor que limitava a liberdade criadora, passaram a ser um instrumento de conscientização, preocupado em levar uma mensagem libertadora à sociedade estudantil; e a poesia, uma forma de reflexão, de despertar e de denúncia da realidade política e social vivida pela população sertaneja, principalmente, os que não tinham acesso a informação. Mas os objetivos dos festivais iam muito além da lapidação de alguns estudantes sonhadores com os ideais de liberdade, foi também uma forma de promoção e de descoberta de novos valores no meio cultural e artístico de uma cidade, que sedo aprendeu a prestigiar e incentivar a produção de eventos culturais em Cajazeiras.

A realização do primeiro festival em setembro de 1973 - uma iniciativa dos grupos de jovens GINC e GRUJUCA ficou visível a sua finalidade e os caminhos que o mesmo deveria percorrer; e que pela ótica dos que estavam por traz daquele acontecimento literário; era que o evento deveria dá segmento nos anos subsequentes, tal como o Festival da Canção no Sertão, que era realizado todo ano com participação maciça de compositores, músicos e poetas da cidade e da região.

Entretanto por falta de apoio dos órgãos oficiais, os seus promotores não tiveram estrutura para dá continuidade no ano seguinte, em 1974. O festival tardou, mas ressurgiu um ano depois, em outubro de 1975. Desta feita, numa versão que teve a cara o do seu idealizador - o poeta Irismar de Lyra, porém de forma limitada, restrito apenas aos alunos do Colégio Estadual Crispim Coelho, já que o mesmo era uma iniciativa do Centro Cívico Olavo Bilac daquela unidade escolar. Em meios a descontentamentos dos estudantes de outras unidades escolar, impedidos de participar em 75, o festival voltou a ser realizado mais uma vez, em agosto de 1976, com mais de 22 poesias inscritas, sob a direção de José Alves Neto, então presidente do Centro Cívico do Colégio Estadual.

No ano seguinte, em 1977, o festival ressurgiu das cinzas da limitação e adotou um caráter mais democrático, quando depois de seguidas reuniões entre os principais presidentes dos Centros Cívicos dos colégios da cidade, juntamente com membros do Diretório Acadêmico da FAFIC, ficou determinada a participação de todos os estudantes das unidades de ensino - secundaristas e acadêmicos da cidade no festival. Foi criado um grupo gestor para o evento e em seguida, várias comissões também foram formadas nas unidades escolares, objetivando fazer a divulgação e o trabalho de inscrições dos alunos interessados.

Os festivais de poesia em Cajazeiras marcaram uma época onde a produção desse gênero literário havia virado febre na cidade, cujo calor, incinerou corações um tanto dilacerados pela repressão. Mas fez nascer o ideal libertário numa terra distante dos grandes centros urbanos, porém presente na vida e na alma do sertanejo.



REITURAS DAS IMAGENS EM ANEXO:

1. Capa do livro "Raízes" contendo textos, propostas e poemas dos participantes dos Festivais de Poesias. Acervo: Cleudimar Ferreira.
2. O jovem poeta Irismar di Lyra - um dos idealizadores do festival. Acervo: Irismar di Lyra
3. Cerimônia de transmissão do cargo de presidente do Centro Cívico Olavo Bilac, do Colégio Estadual de Cajazeiras, onde o então presidente, o estudante João Bosco Amaro da Silva (à direita), passa para o presidente eleito José Irismar di Lira (à esquerda), a direção da entidade estudantil em 25 de maio de 1975. Acervo: Irismar di Lyra.
4. Mesa com a comissão julgadora do III Festival de Poesia Estudantil de Cajazeiras.

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

2 de Julho de 1975 - Há 35 anos atraz.

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Jornal do Comércio publicou ontem matéria de duas páginas
sobre o atentado no Cine Teatro Apolo XI
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Click nas imagens acima para ampliá-las
e
ler o conteúdo completo da matéria.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma mulher para dois maridos


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Em meios a querelas, ataques, insultos, marasmos e comportamentos adversos dos que se acentuam como a linha de frente da cultura cajazeirense hoje, mas que na realidade são improdutivos, pusilâmicos demasiadamente e não produzem nada; surge um espetáculo para quebrar a rotina e jogar um baldo de água fria nesse desculturado momento vivido pelo teatro de Cajazeiras, tão exaustivamente divulgado pela impresa local através dos principais portais da cidade.

A salvação da lavoura, que caiu no tempo certo é a peça “Uma mulher para dois maridos”. Um texto bem elaborado por Elizeu Miranda, agora dirigido por Francisco Hernandez, que por sinal, pela a experiência que tem como ator e pelo seu biotipo, poderia até ser aproveitado para fazer um desses personagens tipicamente nordestino da nova novela das seis “Cordel Encantado” da Rede Globo”.

No texto, Miranda conta a história de Olívia, uma jovem que se vê dividida entre o amor de dois homens. Há um ano, ela casou-se com Roberto, seu primeiro marido e na noite de núpcias o mesmo caiu do navio em que viajavam antes da consumação da lua de mel. Olívia, desesperada, desiludida, consola-se nos braços de Arnaldo, seu amigo, por quem acaba se apaixonando e após um ano resolve casar-se novamente. Ao chegar em casa, após o casamento, os dois têm uma grande surpresa: Roberto está de volta! A partir desse inesperado reencontro o público irá se deparar com situações hilárias, pois os “dois maridos” passam a disputar a tão sonhada noite de amor com Olívia.

A montagem tem a direção, sonoplastia e cenografia do próprio Francisco Hernandez. A concepção e iluminação de George Hebert e o figurino e a maquiagem de Mayara Hernandez. O elenco é formado pelos atores Walther Nunes, Erenilton Lopes e Mayara Hernandez. Foi produzida pela Associação Cajazeirense de Teatro - ACATE, através do ponto de cultura Artes Para Todos com patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura - FIC do Estado da Paraíba. O espetáculo pode ser visto a partir de hoje até domingo no palco do Teatro Ica Pires, às 21 horas.






    CRÍTICA...  .

UM TRIÂNGULO AMOROSO EM TRAPÉZIO DE ESCADA PARA UMA ATRIZ E DOIS ATORES

Por Edílson Dias


Nos Sertões adusto do interior paraibano, subscrevi os créditos da Produção Executiva da encenação de UMA MULHER PARA DOIS MARIDOS, em foco.

A serviço do Ministério do Planejamento, do Plano Nacional por Amostragens a Domicilio PNDA / IBGE. A época do Censo Geral 1990. Só realizado no ano 1991 subsequente, quando eu exercia retida função de Agente coletor supervisor no município Brejo do Cruz.
Auto bancava, sempre naqueles aludidos finais de semana, do meu próprio bolso, as minhas hospedagens cajazeirense; os deslocamentos desde o meu Pé de Serra às Cajazeiras do Padre Rolim e vice-versa, e as outras despesas diversas decorrentes às cascas de bananas que me sobraram, já passadas por decurso de prazo.

Isto quando eu tive a grata iniciativa de provocar Fernando Palitot, um nativo ator e o Dramaturgo de UMA MULHER [a atriz Soia Lira] PARA DOIS MARIDOS [os atores Fernando e Gutemberg].

Ao tempo em que o montês, Horebe Palitot, encontrava-se egresso do teatrão carioca & alhures relocado no ermo Monte Horebe. Em quais palcos andará agora aplaudido o nosso confrade ator? Bom amigo de todos nós outros, os supra citados teatristas paraibanos. Gutemberg Cardoso & Nando Teatro cordel [ambos veteranos intérpretes, dinossauros].

O nosso "Vovô Smurf, Gugu Cardoso", embora projetado um pro ativo âncora às lides da radiofonia Boca Quente / Rádio difusora de Cajazeiras, andava mais que estático, parado no ar, desde as suas últimas aparições nas esquetes obnubiladas pelo grupo Boiada.

Mais encalhada esteve, naqueles tempos, a sombra de inerte ribalta do Teatro Íracles Pires, recém inaugurado. Hoje remissivo à pátina de ímpar montagem teatral por ter contemplado, sobremaneira, totêmica atriz Soia Lira, quase há um lustre após ela haver participado de seguidos circuitos durante as edições do Mambembão [com as peças Beijo de Estrada, e Até Amanhã, dirigidas por Eliézer].


Com demandados esforços viemos a palco, público, inusitadas bilheterias e esparsas resenhas cênicas. A contento em termos abatido o pó da poeira, pé na estrada, quando incontinente, Luis Carlos escalou para com o mais soberano resgate de Soia Lira vir configurar, a tartamuda personagem, em acréscimo de "A nega Ceição" in o conto seminal, VAL DE SARAPALHA, do Mestre Guimarães Rosa.

Tudo isto nos consta, já passado em ata, em fina sintonia com o prestimoso Elenco supra mencionado, o nome do nosso diretor, Tarcísio Pereira, nos caiu como uma luva de pelica, ao primeiro convite que Vovô Smuf o formulou.

Para mais arrefecer, de bom grado, a comédia que juntos assistimos, na vida real da Pequena notável, atriz Sônia Lira, lhe ocorreu, nesse curto período, dela migrar de a sua primeira união consensual. Antes contraída com o nosso dileto amigo, docente da UFGC, ecologista José Maria Gurgel. Indo ao seu novo encontro acasalador, na Ilha dos Tamanduás, em novas núpcias contraídas com o confrade ator Formiga.
Caiu a mosca no mel.
Ah ah ah...




quarta-feira, 13 de abril de 2011

História: O Major Epifânio Sobreira Rolim


Antigo casarão residência do Major Epifânio Sobreira
 

O Epifânio Sobreira Rolim era um dos comerciantes mais bem sucedidos de Cajazeiras no começo do século XX. Dono de muitos bens, o Major Epifânio era também um homem inteligente quando o assunto era vender, comprar e fazer clientes. Estava sempre em contato com o que tinha de melhor nos centros comerciais mais desenvolvidos, simplesmente para trazer modernidades para o comércio de sua terra.

Além de outros imóveis construídos na cidade ele construiu também um dos mais belos solares que se conhece na cidade, onde por muito tempo residiu com sua família. Foi delegado de polícia no período da República Velha, num tempo remoto em que o coronel Sabino Rolim era o senhor absoluto da política local.

O velho solar do major Epifânio Sobreira, que nos dias de hoje já sediou varias secretárias do governo municipal, foi no passado palco de um dos episódios marcantes da história cajazeirense. Foi nele que o Major Sobreira, com a ajuda de José Inácio da Silva, um de seus empregados, resistiu ao ataque do lugar tenente de Lampião, Sabino Gomes de Góis.

Na frustrada tentativa de invasão da cidade, o Cangaceiro Sabino e seu grupo se dirigiram até o casarão e foram recebidos a bala pelo major e seu emprego. Cujo final da peleja deixou o Major Epifânio ferido em um dos seus pés. Hoje o famoso casarão é um prédio tombado pelo patrimônio histórico paraibano e está situado próximo a barreira do açude grande, no final da Rua Epifânio Sobreira - uma justa homenagem ao major durão.




sexta-feira, 8 de abril de 2011

Única casa de espetáculos de Cajazeiras passa por reforma urgente. Confira!


Uma equipe da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (FUNESC), veio à Cajazeiras nos últimos dias e realizou um verdadeiro “arrastão” de reparos no Teatro Irácles Pires.
Foram encontradas inúmeras irregularidades, gambiarras nos fios á mostra pondo em risco a vida das pessoas, o respiro do bebedouro com a mangueira para dentro do vaso sanitário, o banheiro destinado para cadeirantes ocupado com equipamentos de som de um bar existente ao lado, cadeiras quebradas, vasos sanitários quebrados emendados com cola, luminárias externas queimadas, instalações elétricas internas com fiação á mostra, varas do palco amarradas com arame, cortinas rasgadas, tablado solto, três aparelhos de ar condicionado sem funcionar, área lateral escura e diversos pontos com feses humanas, calçadas quebradas, camarins sem condição de uso para os artistas visitantes, entradas principais sem acesso para cadeirantes, árvores do jardim sem poda, entre outros.
Operários trabalhando de verdade. Veja as fotos!

Matéria postada no blog Folha Vip de Cajazeiras

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oficina de Artes Industriais de Cajazeiras


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Instalada em Cajazeiras, em 1963, a Oficina de Artes Industriais, que funcionava no Grupo Escolar Desembargador Boto de Menezes, que ficava próximo a ladeira do Cemitério Coração de Maria, mais precisamente na Rua Higino Tavares, esquina com a Rua Padre José Tomaz, era uma instituição de ensino frequentada por alunos do ensino primário da rede municipal.

A oficina funcionava nos turnos manhã e tarde. Lá eram desenvolvidos projetos destinados aos alunos do ensino básico, onde os mesmos aprendiam a trabalhar com diversos materiais: madeiras, metais, tapeçaria e pintura. Para isso, a escola era equipada de uma oficina que dispunha de maquinas, bancadas, ferramentas, para marcenaria e outros equipamentos que eram usados pelos alunos.

Para que as aulas fossem aplicadas corretamente, a oficina matinha a disposição dos alunos e professores um conjunto de objetos de apoio como: máquinas de escrever, mimeógrafos, apontadores, que de um modo geral facilitavam o aprendizagem dos jovens alunos. Dessa forma, a oficina apresentava uma diversificada gama de  instrumentos destinados aos diversos trabalhos artesanais. A frenquência dos alunos nas oficinas de Artes Industriais era obrigatória, pois a mesma era uma "matéria" e fazia parte da grade curricular do ensino público da época.

Toda produção desenvolvida pelos alunos no decorrer do ano era vendida numa exposição montada na própria oficina, sempre no mês de dezembro. Com a venda dos trabalhos, a oficina comprava utensílios suplementares para as atividades do ano seguinte. A exposição era aberta ao público com ampla divulgação da diretoria. 

A oficina foi uma ação normativa que as secretarias (municipal e estadual) de educação buscavam, objetivando dar ao aluno uma formação técnica, básica, com a finalidade tão somente de suprir a mão de obra do mercado de trabalho industrial em ascensão na cidade.






Fonte: Pereira Filho (blog: ac2brasilia.blogspot.com)