Cleudimar Ferreira
Os personagens dessa foto: Elias do Picolé, Otacílio Trajano
(recebendo o prêmio pela participação com música "Corta Canto")
Luizinho Barbosa (recebendo também o prêmio
pela participação com a música "Cicatrizes"),
Nonato Guedes, Ubiratan di Assis
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FESTIVAL REGIONAL DA CANÇÃO NO SERTÃO
Sobre essa última foto, um relato: "Corria
o ano da graça de 1982, no coreto da pracinha em Cajazeiras eu recebendo prêmio
das mãos de Ubiratan Assis - compus a musica CORTA CANTO. Meu amigo Luiz
Barbosa também foi premiado. Elias do picolé fez um bocado de muganga - como
sempre. Caiu na graça da galera e recebeu uma grana e passou mais de 03 sem
vender os picolés Walmor! Oh! tempo bom. Estiveram na minha cozinha - como
sempre, Riba violão e gogó e João Robson Flauta doce e vocal, com Luizinho
Barbosa." Afirmou, sobre uma das versões do Festival da Canção, o jornalista Otacílio Trajano.
O Festival da Canção acontecia uma vez por ano, numa sequência de quatros dias, ou seja, três eliminatórias e uma final. Trazia a Cajazeiras participantes de toda Região Nordeste. As suas várias edições que pontearam no tempo, deixaram um legado na música de nossa cidade. O evento musical foi responsável pelo aguçamento do movimento musical do sertão paraibano, numa época em que os nossos jovens músicos, influenciados pelas canções de protestos de compositores como Geraldo Vandré, Chico Buarque e Carlos Lira, que sonhavam com os ideais libertários.
O Festival da Canção acontecia uma vez por ano, numa sequência de quatros dias, ou seja, três eliminatórias e uma final. Trazia a Cajazeiras participantes de toda Região Nordeste. As suas várias edições que pontearam no tempo, deixaram um legado na música de nossa cidade. O evento musical foi responsável pelo aguçamento do movimento musical do sertão paraibano, numa época em que os nossos jovens músicos, influenciados pelas canções de protestos de compositores como Geraldo Vandré, Chico Buarque e Carlos Lira, que sonhavam com os ideais libertários.
Realizado
em período áureo da nossa cultura (entre as décadas de 70 e 80), as primeiras versões
do Festival Regional da Canção no Sertão, foram executadas através de parcerias
formada pelo antigo Centro Cívico Olavo Bilac do Colégio Estadual de Cajazeiras
e Grupo de Integração do Menor na Comunidade (GINC). Depois, na maioria dos
anos 80, passou a ser apadrinhado pela Associação Universitária de Cajazeiras (AUC).
O mesmo foi
importante para o movimento regional da música popular sertaneja, porque lançou as bases para ascensão hoje da música de Cajazeiras e da região,
já que também ajudou na formação de músicos e compositores cajazeirenses, que ainda hoje faz da música uma página no seu diário de vida, como são os casos de Jocélio
Amaro, Bá Freire, Riba e tantos outros. Gente importante da música paraibana de agora, como são os casos de Elba Ramalho, Escurinho, Chico César, Luizinho de Pombal e Chico Viola,
passaram pelo Festival Regional da Canção no Sertão.
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FESTIVAL DE POESIA ESTUDANTIL
Outro
grande acontecimento que marcou nossa cultura na década de 70 - entre os anos
73 e 77, foram as realizações dos exemplares do Festival de Poesia Estudantil.
O evento antes de ser um congraçamento literário, que objetivava a criação e
formação de novos valores na cultura e na literatura; era também um instrumento que a
juventude secundarista cajazeirense tinha, como ferramenta educativa, de
denúncia, que possibilitava o trabalho de conscientização da massa estudantil da cidade, para
realidade social e política vivida pela sociedade sertaneja, numa época em que havia censura e repressão a produção cultural pelo país a fora. O
Festival era bastante concorrido e chegou a dividir com os recitais do Grupo de
Teatro Amador de Cajazeiras (GRUTAC), as primeiras práticas da poesia encenada
na cidade.
Congregava estudantes secundaristas e universitários; intelectuais, poetas e público geral da cidade e da região. Durante os anos em que esteve em evidência, o Festival de Poesia Estudantil - como era chamado, foi realizado por instituições como: Grupo de Integração do Menor na Comunidade (GINC), Grupo Jovem Universitário de Cajazeiras (GRUJUCA), Centro Cívico Olavo Bilac do Colégio Estadual Crispim Coelho e Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC).
Congregava estudantes secundaristas e universitários; intelectuais, poetas e público geral da cidade e da região. Durante os anos em que esteve em evidência, o Festival de Poesia Estudantil - como era chamado, foi realizado por instituições como: Grupo de Integração do Menor na Comunidade (GINC), Grupo Jovem Universitário de Cajazeiras (GRUJUCA), Centro Cívico Olavo Bilac do Colégio Estadual Crispim Coelho e Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC).
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SALÃO OFICIAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE CAJAZEIRAS
Realizado
entre os dias 10 e 30 de agosto de 1978, pelo Governo do Estado e assegurado
pelo total apoio logístico de pessoas influentes da sociedade de Cajazeiras, a exemplo de Íracles Pires e a Artista Plástica Telma Rolim Cartaxo, o 1º Salão Oficial
de Artes Contemporânea de Cajazeiras foi o primeiro grande evento do gênero no
sertão.
A pesar de ter nascido numa época difícil para as produções artistas
no país, que as duras penas ou enfrentava o furor da censura, ou fugia do seu
rolo repressor; o Salão de Arte de Cajazeiras foi o primeiro bem sucedido evento no gênero na Região.
Teve
através de decreto lei municipal instituído pelo então Prefeito da época,
Francisco Matias Rolim – Chico Rolim, a sua garantia de realização anual,
embora por ironia até, esse mesmo Prefeito que havia oficializado o Salão, ter descumprindo o referido decreto lei, não realizando a versão do Salão no ano
seguinte, ou seja, no ano de 1979 e nem nos anos subsequentes.
O Salão foi
aberto para os artistas plásticos de Cajazeiras e do Nordeste, o que
possibilitou a participação de artistas de cidades como Sousa, Piancó, Pombal,
Patos, Campina Grande, João Pessoa, Recife/PE, Olinda/PE, Aracaju/SE,
Aurora/CE. Para sua exposição que aconteceu solenemente, com a presença do Governador Ivan Bichara e sua esposa Mirtes de Almeida Sobreira; do Prefeito e artistas de diversas cidade da Paraíba; foram classificados mais
de 125 trabalhos, entre desenhos, esculturas, pinturas, tapeçarias e cerâmicas.
Mesmo a sua realização ter acontecido em meios as dificuldades de um governo estadual pouco produtivo no setor cultural, como foi do Governo do Ivan Bichara, a classe artística da cidade não mediu esforços e os seus organizadores, conseguiram fazer um evento que parou Cajazeiras. O Salão instalado nas dependências do Grêmio Artístico Cajazeirense, premiou em dinheiro os três primeiros colocados e distribuiu medalhas e certificados aos demais participantes.
Mesmo a sua realização ter acontecido em meios as dificuldades de um governo estadual pouco produtivo no setor cultural, como foi do Governo do Ivan Bichara, a classe artística da cidade não mediu esforços e os seus organizadores, conseguiram fazer um evento que parou Cajazeiras. O Salão instalado nas dependências do Grêmio Artístico Cajazeirense, premiou em dinheiro os três primeiros colocados e distribuiu medalhas e certificados aos demais participantes.
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SERTANEJO (ENCONTRO DE ARTES CÊNICAS)
As primeiras fundamentações do que veria ser mais tarde o Sertanejo
(Encontro de Artes Cênicas) surgiram com o lançamento da Semana de Teatro
Universitária, em 1977 e depois com a Mostra de Teatro Rápido do Sertão, em
1978. No caso da Mostra de Teatro Rápido, a mesma se caracterizava pela
apresentação de espetáculos com duração de 15 minutos. Uma experimentação inovadora na estética teatral e nas artes cênicas do interior paraibano.
Depois, em 1979, esse mesmo evento adquiriu um perfil que ia além de uma simples e abreviada mostra de teatro; já que incorporou na programação apresentações extras de espetáculos
com maior duração, atraindo também amadores de outras cidades; passando
definitivamente de 1980 até 1983, a se chamar Sertanejo (Encontro de Artes
Cênicas). Consolidando nos anos 80, em o grande evento do movimento teatral amador sertanejo.
Em 1981, passou a ser promovido pela Coordenação de Artes
Cênicas do Núcleo de Extensão Cultural (NEC), sofrendo algumas modificações importantes, agregando na sua programação, homenagens a destacadas pessoas que de uma forma ou outra, contribuíram para o desenvolvimento do teatro em Cajazeiras, como foi o caso do ator cajazeirense Geraldo Ludgero, prematuramente morto em um dos
clubes sociais da cidade.
Nas suas versões IV e V, anos de 1982-83, teve como foco um viés mais político,
abraçando a eterna luta dos amadores cajazeirense pela construção do teatro da
cidade. Incorporou a mostra de teatro, debates, seminários, onde era discutido
a as formas de luta pela construção da casa de espetáculo de Cajazeiras. Além
disse realizou mostras de artes plásticas, happening e shows de palhaços nas
principais artérias de maior concentração de público da cidade.
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