segunda-feira, 27 de maio de 2013

Engenheiro Carlos Pires de Sá

Foto com retoques. Acervo: Cleudimar Ferreira

UMA RARIDADE (descobri no Mercado Livre): Fotografia autografada do jovem Engenheiro Carlos Pires de Sá. Ela fez parte de um álbum publicado e distribuído pelos formandos do Curso de Engenheira de 1946, da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, que funcionava no Rio de Janeiro. A imagem (que é um original do álbum), até a data de publicação desta postagem, estava a venda num anúncio do Mercado Livre. Ela mede 8x16cm, tamanha especificado no anúncio. O engenheiro teve seu nome lembrado pela comunidade cajazeirense. Uma das mais antigas e principal avenida na cidade foi batizada com o nome de Avenida Engenheiro Carlos Pires de Sá. Uma justa homenagem a esse consagrado profissional da engenharia, que atuou em Cajazeiras, principalmente na abertura e calçamento de algumas ruas da cidade. 

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Foto original do anúncio no Mercado Livre 






domingo, 26 de maio de 2013

O trocadilho das datas - impasse continua!















O dia do grande benfeitor
Escreveu: Francisco Sales Cartaxo

A confusão vem de longe. Adotou-se a data do nascimento do padre Inácio de Sousa Rolim como se fora, também, a da criação do município. Instituiu-se por lei o “dia da cidade”, 22 de agosto, aniversário do padre mestre. Com isso, armaram um nó na história de Cajazeiras que, ao longo dos anos, só fez arrochar. Ninguém consegue desmanchá-lo. O professor José Antonio já anda rouco de pregar no deserto. Agora venho com um canivete tentar ajudar a desfazer o nó dado no ano de 1948. Ninguém questiona a justa homenagem ao padre Rolim. Impossível, porém, continuar apertando o nó, persistindo no erro histórico que confunde alho com bugalho.

Vamos recordar. Na época do Império, a emancipação política e administrativa se efetivava com a criação do município, cuja sede urbana era chamada de vila. A vila tinha, então, significado diverso do que é hoje. Hoje se associa vila à sede de distrito. Naquele tempo, não. Vila pressupunha a existência de um município, com limites territoriais definidos em lei e, o mais importante, autonomia. A vila gozava do status de rainha do pedaço. Do pedaço do território do qual era a sede. Antes de se tornar vila, legalmente, um arruado era denominado de “povoação”. Povoado ou povoação foi Cajazeiras antes da Lei Provincial nº 92, de 23 de novembro de 1863. Esta lei criou o município de Cajazeiras, desanexando-o do de Sousa. Portanto, 23 de novembro é a data da autonomia de Cajazeiras. Tanto é verdade que quatro meses depois houve a primeira eleição de vereadores no novo município, sendo as instruções eleitorais expedidas, em janeiro de 1864, pelo presidente da província da Paraíba, Francisco de Araújo Lima. 

Muita gente fica com um pé atrás, porque a lei fala em “vila” e não em “cidade”.  Era assim a organização político-administrativa naquele tempo. Cajazeiras só foi elevada à categoria de cidade treze anos depois, por meio da lei nº 616, de 10 de julho de 1876. Esta data nem de longe tem a importância da criação da vila junto com o município, em 1863. Essas diferenças de conceito legal dado, no século 19, à vila e à cidade tem gerado muita confusão.  Por exemplo, associar à luta pela emancipação de Cajazeiras o trágico morticínio eleitoral de 18 de agosto de 1872, no qual foi assassinado o tenente João Cartaxo. O que houve naquele dia foi uma forte disputa pelo poder local entre o Partido Liberal, chefiado pelo tenente João Cartaxo, e facções do Partido Conservador, comandadas pelo alferes João Pires Ferreira, de Santa Fé, então distrito da circunscrição eleitoral de Cajazeiras. Mas isso é outra história.

Vamos combinar o seguinte. Neste ano de 2013, a lei nº 92, de 23 de novembro de 1863, lei da emancipação de Cajazeiras, completa 150 anos, como bem lembrou José Antonio. Aproveite-se então para comemorar o sesquicentenário. Desate-se o nó. E como fica o “dia da cidade”? No dia 22 de agosto continuará a ser reverenciado o padre mestre Inácio de Sousa Rolim, na qualidade de grande benfeitor, mercê do impulso dado a Cajazeiras, em suas origens, ao transformar um simples povoado num centro de irradiação de cultura e ensino no interior nordestino. A câmara municipal, que ajudou a arrochar o nó histórico, tem competência legal para desfazê-lo. Revogue-se a lei municipal de 1848, transforme-se o dia 22 de agosto no “dia do grande benfeitor de Cajazeiras” e vamos festejar nossa emancipação na data certa: em 23 de novembro.



Major Higino Rolim e seu fuzil, segundo Frassales.



O fuzil do major Higino Rolim

Por Francisco Frassales Cartaxo

Cresci vendo um monte de rifles na casa de meu pai. Rifles e munição guardada em velho saco de estopa. Tantino gastava balas com marrecas, pato e galinha d’água. Os rifles papo-amarelo, leves, cano curto, fáceis de transportar, eram os preferidos dos cangaceiros. E o fuzil? Ao tentar usá-lo quase fui ao chão com o sopapo da coronha no ombro. Tantino gostava de experimentar o fuzil em jornadas de tiro ao alvo no sítio Prensa e outros lugares próximos a Cajazeiras.

Essas armas foram herdadas por Cristiano Cartaxo do seu pai, o major Higino Rolim. Cada uma tinha sua história que se foi apagando da memória ao longo dos anos. Menos a história do fuzil. Segundo meu pai, ele fora usado por Romeu Menandro da Cruz, que trabalhava na farmácia do major Higino, no dia em que Sabino Gomes atacou Cajazeiras. Romeu teria atingido um dos companheiros de Sabino, que morreria mais tarde. Meu pai sonhava em ver aquele fuzil exposto num museu de preservação de lembranças históricas. Boas ou não. O golpe de 1964, no entanto, deu ao sargento Barbosa de Carvalho autoridade suficiente para requisitar, (em nome do Comando Militar), o velho fuzil F-8, quem sabe, para compor o estoque do Tiro de Guerra...

Por que o major Higino tinha essas armas? Era o costume da sua época, tempo de milícias privadas, de força policial impotente, dos coronéis donos de arsenais e de cabras arregimentáveis para a defesa de seu patrimônio material e, também, para ostentar poderio político na conquista e controle do poder local. O major Higino Gonçalves Sobreira Rolim, nascido (1852) em Lavras, integrava o Partido Liberal, chefiado em Cajazeiras pelo Comandante Vital Rolim e, mais tarde por seu filho, o coronel Sabino Rolim. O major Higino foi vereador, prefeito, deputado estadual, antes e depois de proclamada a República, tendo sido ainda promotor público, segundo Deusdedit Leitão, como decorrência de sua condição “rábula ativo afeito aos meandros das leis”.

Apesar dessa incursão na política, o major Higino se enquadra melhor na vertente intelectual da família. Filho do professor cearense Francisco Gonçalves Sobreira e Josefa Maria da Conceição, (sobrinha do padre Rolim), portanto, sobrinho-neto do padre Rolim, com quem aprendeu grego, latim, francês e passou a ensinar no famoso colégio. Em dados biográficos publicados na década de 1950, Deusdedit Leitão, referindo-se ao major Higino Rolim, afirma:
“Notabilizou-se pelos seus conhecimentos da língua grega, cuja cátedra ocupou em substituição ao Padre Rolim. Versado em literatura, não se cansava de saborear Virgílio, Horácio ou o opulento Homero que costumava recitar para deleite de seus pupilos”.

Recitava na sala de aula e receitava na Botica! Foi o primeiro farmacêutico prático em Cajazeiras, chance- lado por ato formal do imperador Pedro II. Por isso, o major Higino era chamado de “doutor Gino”. Ou “tio doutor”, como a sobrinha (que saudade!), Marilda Sobreira, costumava tratá-lo, ao recordar episódios antigos, vividos por seu pai, o major Epifânio Sobreira, aquele do casarão onde hoje funciona o CAPS II, ao lado da parede do Açude Grande.

Não conheci o major Higino. Ele morreu em 1931, perto de completar 79 anos. Sua lembrança, porém, sempre foi uma constante em minha vida de criança, à vista dos rifles papo-amarelo e do fuzil histórico. E de uma espada manchada de sangíiue. Espada? A espada fica para mais adiante.

Família Cartaxo - Cristiano Cartaxo e os Filhos



fonte: historiacajazeiras.blogspot.com.br

sábado, 25 de maio de 2013

O Teatro Ica, nas recordações do Ator Chico Amaral.

O SONHO
Chico Amaral

Em meados dos anos 70, um grupo de jovens liderados por Íracles Pires - mas conhecida como Ica, encampava a primeira luta em pró do teatro de Cajazeiras. Naquela época, Ica era diretora do GRUTAC - Grupo de Teatro Amador de Cajazeiras, grupo esse que se destacava em Cajazeiras e em todo Estado. Ica além de atriz e diretora teatral também era radialista e era bastante conhecida em Cajazeiras. A sua luta sempre foi muito intensa em favor da construção de uma casa de espetáculo para a sua terra. Mas o seu intento não foi alcançado e nem ouvido pelas autoridades. Até que em um acidente automobilístico em uma estrada no Estado da Bahia, ela veio a falecer, interrompendo assim a sua luta e o seu sonho de ver a sua cidade com uma casa de espetáculo, construída para beneficiar todos os artistas de Cajazeiras e de toda região.

A voz de Ica calou, mas os artistas Cajazeirenses não se calaram e deram continuidade a sua luta. No inicio dos anos 80, eis que surge uma nova geração de artistas corajosos, talentosos e lutadores de vários grupos de teatro da cidade que se integraram ao sonho de Ica e começaram a cobrar, a exigir das autoridades o teatro de Cajazeiras. Eles foram às ruas e reivindicaram com muita força para que aquele sonho da nossa grande dama fosse realizado. Até que um dia um político chamado Wilson Braga, então governador da Paraíba ouviu as reivindicações dos artistas e resolveu realizar o sonho de Ica e de todos os artistas Cajazeirenses, construindo a primeira casa de espetáculos do Sertão do Estado.

Naquele momento Ica onde quer que ela estivesse estaria aplaudindo de pé a conquista dos seus seguidores, que também era uma conquista sua e por que não dizer, mais dela do que nossa, porque foi ela que um dia começou tudo isso e costumo dizer sempre que o mérito da luta é de quem dar inicio a luta. E o mais importante de tudo é que o teatro foi batizado com o seu nome, Teatro Íracles Pires ou Teatro Ica, como ficou conhecido na Paraíba e em todo nordeste. Homenagem mais do que justa.

Mas depois de pronto e inaugurado, começaram os problemas. O próprio governo, gestor do mesmo, não dava condições para um bom funcionamento. Sem contar que algumas administrações mal preparadas e sem nenhum conhecimento de causa, que passaram por lá, impedia que o teatro funcionasse como deveria. Uns até discriminava alguns grupos teatrais de pequeno porte, impedindo os mesmos muitas vezes de se apresentarem lá. Ainda tivemos vários problemas como à retirada do Piano que foi levado em uma determinada época pra João Pessoa e só retornando algum tempo atrás, o roubo do sistema de som ainda nos anos 80 e até hoje nunca encontrado. A falta de um quadro de funcionários a altura para fazer com que o teatro funcionasse pra valer. Mas mesmo com todas essas adversidades o Teatro Ica sobreviveu ao tempo e por lá desfilaram muitos artistas sensacionais de Cajazeiras, da Paraíba, do nordeste e por que não dizer de todo Brasil.

Hoje, depois de muitos problemas que o mesmo atravessou ao longo dos seus 28 anos de existência e de abandono por governos anteriores, encontrou nesse atual governo, a responsabilidade, o compromisso e a força de vontade de reconstruir o Teatro Ica, dando a ele uma roupagem nova, uma estrutura de primeiro mundo para beneficiar não só aos artistas da terra, mais sim, a todos artistas paraibanos.






sexta-feira, 24 de maio de 2013

Cartaz da peça Prometeu Acorrentado, montada pelo grupo Dramas no Campos V.


             Cartaz do drama grego "Prometeu Acorrentado", de autoria de Ésquilo, montado em 1995, pelo grupo de teatro Cajazeirense "Dramas no Campus V". A direção do espetáculo foi de Leonardo Nóbrega com adaptação de Lenilson Oliveira e cenografia de Gregório Guimarães e equipe. O texto Prometeu Acorrentado, é uma tragédia grega que fazia parte da trilogia composta pelas tragédias Prometeu acorrentado, Prometeu libertado e Prometeu portador do fogo, e foi a única que destas permaneceu. É mito grego bastante representativo na leitura do passado e do presente histórico. Seu grande significado está relacionado com a condição humana e a criação da cultura. Apesar de ser tradicionalmente atribuída a Ésquilo, a autoria dessa tragédia é alvo de controvérsia: por um lado defende-se que seja dele (neste caso, seria datada entre 452 e 459 a.C. aproximadamente), por outro, que seja de outro tragediógrafo anônimo (tendo sido composta numa data posterior, entre 450 e 425 a.C.)



fone: 
www.facebook.com/lenilson.oliveira
http://pt.wikipedia.org/wiki.prometeu_acorrentado


A aspiração de Mozart Assis por um novo aeroporto para Cajazeiras.


Mozart Assis e José Adagildes - pioneiros 
da comunicação cajazeirense

Mozart Assis almejava o dia em que Cajazeiras teria concretizada a sua aspiração de possuir um novo aeroporto, geograficamente e estrategicamente bem localizado, servido por linhas aéreas, atraindo novas possibilidades de progresso para a região, dinamizando todos os setores da sua vida cosmopolita e motivando os progressistas para novos e importantes empreendimentos. A sua luta pela construção de um novo aeroporto para Cajazeiras, deveu-se também por ter sido um pioneiro dos transportes aéreos na região. Em sua visão empreendedora trouxe para Cajazeiras, durante as décadas de 60 e 70, uma linha regular de vôos diários com aviões tipo Douglas DC-3 operado inicialmente pela companhia Aeronorte, posteriormente Agência Real Aerovias e finalmente com a empresa VARIG, do qual foi seu agente de viagem na cidade. Na época, o antigo aeroporto de Cajazeiras chegou a ter pouso de aviões turbo-hélice. Posteriormente, com o advento dos aviões a jato veio a exigência da empresa aérea para a construção de uma nova pista para possibilitar a manutenção dos referidos vôos. Infelizmente, pelo não cumprimento dessa exigência técnica, Cajazeiras teve os vôos diários interrompidos e essa situação continua assim até os dias de hoje. Como agente de viagem local, Mozart chegou a empreender o primeiro vôo charter do sertão, durante a construção de Brasília. Nesta viagem participaram cajazeirenses ilustres num vôo direto saindo do aeroporto de Cajazeiras para Brasília e vice-versa.

As paixões do cajazeirense Mozart Assis: 
a comunicação-rádio e Música



fonte: setecandeeiroscaja.blogspot.com (Gutemberg Assis)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre Líbio Brasileiro, escreveu o seu filho.


Líbio Brasileiro, de saudosa memória.
Por Líbio Brasileiro Júnior

Líbio Lima Brasileiro, era filho de Cícero Henrique Brasileiro e Raimunda Ponche de Lima. Era graduado em odontologia com especialização em cirurgia buco-face-maxilar, pela Faculdade do Derby do Recife/PE. Exerceu por pouco tempo suas atividades profissionais na capital pernambucana, transfere-se para Cajazeiras. Em Cajazeiras, contrai núpcias com Olga Moura Rocha, sobrinha de Dom Zacarias Rolim de Moura e filha de Mário Rolim de Moura (filhos de Dr. Bonifácio de Albuquerque e Moura e Ana de Souza Rolim) e Severina Moura Rocha. Atuou como cirurgião dentista em toda a região do alto sertão paraibano. Morou pouco tempo na cidade de Uiraúna/PB. Não só de tragédias viveram esse casal. Dr. Líbio Lima Brasileiro além de um excelente profissional dentista, se destacou como membro da Maçonaria de Cajazeiras. Bom orador; bom amigo; era religioso. Quando se aposentou, dedicou toda sua vida as causas da Igreja Católica. Era um homem muito simpático, de bom de "papo", carismático e intelectual. Moreno claro, tinha os cabelos lisos negros, muito bonito. Do alto dos seus quase 1,90 metros de altura, magro sem ser em demasia; vestia-se com esmero e elegância, calça e paletó de linho branco. Também tinha uma bela voz e cantava com os amigos boêmios da época, em serenatas e roda de amigos, numa época em que a tecnologia acústica ainda não existia ou não tinha chegado à capital do sertão paraibano. A sua esposa Olga Moura Brasileiro, era professora e comerciante pioneira no ramo de lingeries, sapatos masculinos e femininos finos. Confecções em geral, pratarias e utensílios em inox, perfumes e outras utilidades para presentear. Foi proprietária de "A Lojinha", em pleno centro comercial de Cajazeiras. Mulher de fibra e apaixonada por Cajazeiras, como eram em Manaus, Tefé e Coari, onde residiu por muitos anos. Era Ministra Extraordinária da Eucaristia.

Dr Líbio e sua esposa Olga Moura



Fonte: oultimodosmoicanos-claudiomar.blogspot.com.br


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Opinião relevante do filho de Íracles Pires sobre a reforma do Teatro Ica.





O Teatro Ica
Pepé Pires Ferreira

Está acontecendo mais do que eu esperava, já mais de cinco, perto de dez pessoas andaram me perguntando se a família seria contra a demolição/reconstrução do Teatro Ica. Isso, sem contar os meus preocupados amigos Rivelino e Mainha, Agora, aproveitando o Dia das Mães e após cumprida uma visita cerimonial ao Cemitério Coração de Maria, onde repousam os restos mortais dela, assim como os antigos reis da América Pré-Colombiana, que suas múmias comandavam batalhas (e ainda temos o mito de El Cid, e Almirante Nelson, que morto derrotou Napoleão em Trafalgar) mesmo não tendo nessa visita, tido nenhuma experiência transcendental, vamos especular o que minha mãe se fosse viva e octogenária acharia dessa situação.

Uma exemplo que vivenciei dela foi a demolição do prédio da antiga Prefeitura Municipal, que se situava em frente a casa que morávamos na Rua padre Rolim. Primeiramente ela foi contra a demolição - prédio histórico, outros locais disponíveis, e outras coisas, e pediu aos pedreiros que preservassem pelo menos o Brasão da República que ornava a fachada, que como era muito grande, caiu e se desmanchou em poeira, isso ela presenciou e lamentou até às lágrimas.

Depois, como essa demolição foi para que no lugar fosse construído o prédio da Telpa, que colocou Cajazeiras em contato com o mundo, ela apreciava e achava de enorme utilidade e quando foi fazer morar e fazer tratamento no Rio, sempre que eu vinha de férias ela mandava presentes para as telefonistas, era como dissesse: Perdemos a história e ganhamos o progresso; isso segundo minha interpretação: Ela não viveu para saber que seria apenas uma sede provisória, e se fosse choraria novamente.

Primeiro ela sempre foi contra as demolições, pois seriam dois trabalhos, mas é assim que a coisa pública anda, racionalidade e Lei das Licitações muitas vezes entram em conflito, em especial tendo em vista a distância e a pouca importância que Cajazeiras representa para a Paraíba como um todo. Segundo ela perguntaria: Vão aumentar ou diminuir o teatro? As instalações vão ficar mais ou menos adequadas para o Teatro? Como a resposta é pelo que sabemos vai haver aumento e melhora nas instalações, ela (sempre segundo minha interpretação - não sou médium) no meu entender, não se oporia a essa obra, podendo até aprovar, irracionalidade nunca foi sua característica.

Agora, saindo dessa situação esotérica e vinda para a realidade atual, também temos que considerar, no meu desconfiado entender, que pelo fato de tanta gente vir me perguntar sobre essa situação, pode existir algum interesse sutilmente oculto, pois não falta político que queira homenagear aquele tio alcoólatra, aquela menina que morreu de acidente, ou outro personagem menor de nossa história ou mesmo de outra (o que fez Padre Monte na História de Cajazeiras para merecer dar nome ao prédio da Vara do Trabalho?), mesmo que desprezando mais de duas décadas de trabalho cultural, que ela representa (me lembro das querelas junto a D. Zacarias para alojar os artistas no Seminário - “Vão desvirtuar os alunos, Ica”), somente para citar um caso menor, mas Isso nos deu a oportunidade de assistir, por exemplo, Odorico Bem Amado mais de uma década antes da “Globo”. Naquele tempo, fazer cultura era bem mais complicado que hoje, muitas vezes tinha que fazer milagres, e ela e ouras pessoas de seu tempo, faziam, e tudo isso nos fez ter esse título, hoje não sei se merecido, de Terra da Cultura.

Outra coisa que me preocupa, e muito, é se depois que a demolição terminar, se não vai faltar verba para a construção. Deus queira que não, mas minha teoria da conspiração sempre fareja algum inimigo (sousense?), brecar as verbas e levar para outra obra, noutro canto; A maldade dessa gente é uma arte…

fonte: facebook.com/Gutemberg Cardoso.




Conjunto "Os Rebeldes" de Cajazeiras.

..................................................................................................
Os Rebeldes. Da esquerda para direita: Juca, Bosco, Arsênio e Valdemar

         Segundo um dos seus ex-integrantes, Bosco Maciel (com 18 anos em 1968), o conjunto musical viajou por todo Nordeste fazendo festas e bailes que iam das 10h às 4h da manhã. No repertório tocavam músicas dos Beatles, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis. Bandas contemporâneas da música internacional, como: “The Brirds”. Segundo Bosco Maciel, baixista do grupo, a formação da banda possibilitou a todos que acompanhava, passos importantes numa viagem que só a arte e a cultura são capazes proporcionar. Afirmo ainda Maciel: "o meu inglês aprendi nos discos de vinil, que havia no Foto de Iraídes. Os arranjos e as vozes do vocal, nós só tirávamos dos discos. Os ensaios eram realizados num espaço vizinho a oficina de papai Zé Cardoso - torneiro e soldador. Enquanto papai trabalhava, eu tocava. Bosco Maciel mora em Guarulhos/SP, onde continua se dedicando a música e a cultura popular.

Conjunto "Os Rebeldes". Valdemar, Bosco, Neném ou Lúcio (vocalista), Arsenio
e Feitosa. Foto/Acervo: Arsenio. Edição: Cleudimar Ferreira.




fonte: ac2brasilia

sexta-feira, 17 de maio de 2013

JORNAL NOVA ERA

Informações Importantes Sobre o Jornal Oficial do Município de Cajazeiras

por Francisco Frassales Cartaxo





Nova Era é o nome do jornal oficial do município de Cajazeiras. Criado pela lei municipal nº 617, de 30 de janeiro de 1977, como veículo impresso “destinado a publicações periódicas de Atos do Poder Executivo Municipal Cajazeirense e de outras comunas, bem como assuntos de interesse da coletividade.” Assim diz a lei, cuja iniciativa foi do prefeito Antônio Quirino de Moura.

O nome, Nova Era, nasceu de sugestão do ex-prefeito Celso Matos Rolim. A lei é assinada, também, pelo bacharel Heraldo Maciel Braga, um discreto servidor público, eficiente e correto, hoje aposentado. Instituído por Quirino em janeiro, no entanto só começou a circular em 17 de setembro de 1977, na gestão de Francisco Matias Rolim, eleito prefeito pela segunda vez em 1976.

O jornal Nova Era tinha o propósito de “circular quinzenalmente”. Ficou na intenção. Saia ao sabor da vontade do prefeito, não apenas com atos formais de divulgação obrigatória: leis, decretos, resoluções, editais, avisos, comunicados etc. Funciona também como meio de propaganda da administração e do gestor. Igual a muitos congêneres. Os primeiros números não exibiam maiores atrativos visuais ou de conteúdo. Com o passar do tempo, porém, as matérias começam a deslizar para a fronteira entre o legal e o irregular em face da legislação restritiva à personificação das ações com recursos públicos.

Na época de Chico Rolim, o Nova Era viveu um de seus momentos mais importantes, graças a colaboração do professor Antônio de Souza, instado a escrever textos sobre a vida política, administrativa, social, religiosa do município, sempre com sua inegável seriedade. Antônio de Souza, que nos anos de 1920 mantivera o jornal O Sport, produziu para o Nova Era matérias relevantes, ora sob o pseudônimo de Estephanio, ora de Fernando Fernandes. 

Os assuntos por ele abordados eram de grande significação, vistos hoje de uma perspectiva histórica. Assim, de periódico burocrático, de leitura monótona, o impresso da prefeitura passou a divulgar informações e comentários úteis à comunidade cajazeirense, com a chancela de quem se credenciara, como professor, funcionário público, político e jornalista, para falar de episódios e personalidades fundamentais da nossa história. 

O privilégio de contar com Antônio de Souza no jornal oficial do município ocorreu enquanto Chico Rolim governou Cajazeiras, e teve o apoio entusiasta de Marcos Pereira, então secretário do planejamento. Sem dúvida, o jornal Nova Era, com as características agora realçadas, prestou à história de Cajazeiras um serviço inestimável, além de economizar parcos recursos do município, pressuposto da sua criação.

O jornal viveu diferentes fases, amoldando-se ao espírito e às inclinações do ocupante da chefia do executivo cajazeirense. Na gestão de José Nello Rodrigues, por exemplo, o Nova Era ficou mais leve, de formato atraente, talvez mais profissional em seus padrões jornalísticos, mais parecido com peças de marketing político. Cometeu, porém, um equívoco lastimável ao interromper a sequência numérica que deveria ser permanente como sucede com os jornais oficiais. 

Em lugar do número puro e simples do exemplar, seguido do usual dia, mês e ano, passou a identificá-lo a cada ano, quebrando o sentido de órgão republicano. Assim agindo, deram-lhe dimensão anual, um passo, portanto, para vincular o jornal ao governo eventual e não ao município, instância constitucional da federação.





DEIXE O SEU COMENTÁRIO



quarta-feira, 15 de maio de 2013


 "Um erro ou enganos não podem justificar outros" 


Devemos comemorar 
sesquicentenário de Cajazeiras?

Com a palavra, José Antônio de Albuquerque.




Um erro ou enganos não podem justificar outros. Desde a fundação do GAZETA, no dia primeiro de janeiro de 1999, que venho defendendo, através de artigos e reportagens, que a Emancipação Política de Cajazeiras, deveria ser celebrada no dia 23 de novembro, data em que nos tornamos independentes do município de Sousa, no ano de 1863.

Por outro lado quero deixar muito claro que sou totalmente contra que, se passarmos as comemorações de nossa emancipação para o dia 23 de novembro, retiremos de nosso calendário festivo o dia 22 de agosto, data de nascimento de Padre Rolim, dia em que se comemoram ao mesmo tempo a nossa emancipação política, com uma festa denominada de “Dia da Cidade”, que infelizmente é outro erro histórico que cometemos quando assim procedemos.

Por que é errado? Simplesmente porque o dia em que a Vila de Cajazeiras, por decreto legislativo, foi elevada à categoria de cidade é o 10 de julho de 1872, portanto, quase 13 anos depois de nossa emancipação política.

O fato mais grave é que todos estes equívocos e erros vêm sendo “ensinados e transmitidos” desde o ano de 1948, quando por Lei municipal, o dia 22 de agosto, ficou sendo a data “oficial” para estas comemorações. Mas nunca é tarde para se corrigir e como deveremos proceder? Talvez, o fórum mais indicado para dar inicio a esta questão seja a Câmara Municipal, depois de ouvir também diversos segmentos da sociedade cajazeirense. Repito: nunca é tarde para corrigirmos, ou pelos fazer chegar as nossas escolas as verdadeiras e corretas informações sobre as nossas efemérides.

Defendo que o município deva celebrar com muita pompa os 150 de sua Emancipação Política e fazer pelos menos 50% do que foi, belissimamente, feito no ano de 1964 (muito embora com um ano atraso), quando das comemorações do Centenário.

Defendo ainda que seja, a exemplo do que aconteceu no ano de 2000, nas comemorações do bicentenário de nascimento do Padre Rolim, para dar um caráter mais oficial, que a prefeita do município nomeie uma pessoa para ser a gestora e responsável, como foi Edme Tavares, que fez um belíssimo trabalho como coordenador geral do evento.

Esta comemoração tem dar a cidade de Cajazeiras a mesma dimensão, visibilidade regional e nacional igual a que foi proporcionada no bicentenário, quando os eventos em que participem figuras de renome, em todas as áreas de conhecimento possam contribuir para que ter repercussão na mídia nacional.

Voltaremos ainda com outras sugestões e propostas, em breve.
Viva o Sesquicentenário de nossa querida Cajazeiras!




quarta-feira, 8 de maio de 2013

Patrimônio Natural da Cidade Destruído














  Acorda Cajazeiras!  


Prezados senhores e estimados conterrâneos,


Nascemos e nos criamos numa localidade encravada no alto-sertão da Paraíba, denominada não por acaso de cidade de Cajazeiras; por ser a nossa terra natal originária de uma planta que tem como fruto o Cajá, daí a denominação Cajazeiras.

Ou seja, o que um dia foi um Sítio, Vila e Distrito e depois elevada a condição de cidade, hoje pode ser considerada uma "Metrópole" se levarmos em conta que foi criada a região metropolitana da grande Cajazeiras.

Esta cidade querida e acolhedora, de gente humilde, honesta e trabalhadora, mas que infelizmente em alguns momentos inerte, passiva, para não dizer acovardada diante das intempéries, e destruição de forma acintosa e gratuita, no que temos de mais sagrado o nosso patrimônio.

Falo isto e chamo a atenção e faço um apelo de público, ao IBAMA para lamentar sobre todos os aspectos, a forma truculenta e destruidora e porque não dizer criminosa, de como uma Árvore Cajazeiras, centenária e que fazia parte do patrimônio cultural de nossa cidade e que de forma irresponsável foi sacrificada em nossa terra.


Sobre o pretexto de uma pseudo reforma, que vem se realizando em nosso teatro a empresa responsável pela obra, de forma desrespeitosa com as nossas origens as nossas raízes e toda a cultura e história de um povo, corta pelo tronco uma planta que faz parte de todo um contexto de uma cidade.


E as pessoas assistem a este crime de forma pacífica, indiferente como se nada de anormal tivesse acontecido.

E quando um cidadão qualquer, sem conhecimento de causa, faz uma poda desordenada de um simples pé de xique - xique, logo é punido e multado, pelo IBAMA, quando muitas vezes não dá cadeia, pra quem pratica o chamado Crime Ambiental.

Nada, absolutamente nada contra a reforma que ora se concretiza em nosso Teatro local, apesar dos absurdos e desrespeito cometidos até o momento com a verdadeira história de construção desta casa de espetáculos, desde as lutas empreendidas até a sua consecução no seu projeto original. Hoje com a reforma toda a sua verdadeira história jogada no lixo.

E como se não bastasse acontece esse golpe de covardia, destruindo as raízes de um povo, fincadas ali, através de uma Árvore que muitas alegrias proporcionou ao nosso povo. E a pergunta que fica no ar, porque todos dormem em berço esplêndido em Cajazeiras, diante de tamanha desgraça.

Por muito menos Dr. Epitácio Leite Rolim não fora apedrejado, quando tomou a decisão histórica de destruir a velha ponte do Açude Grande, que ameaçava toda a cidade, hoje qualquer forasteiro chega em nossa terra, assassina uma Arvore que faz parte do nosso acervo cultural e ninguém diz ou faz nada.

Acorda Cajazeiras! Onde estão os nossos ambientalistas, artistas, autoridades constituídas, gente da minha terra. Até quando vai se permitir que Cajazeiras vire a cidade do já teve.  

Sales Fernandes
Jornalista e Radialista


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Galeria dos Goleiros do Futebol Cajazeirense. Seleção feita pelo Professor Reudsman Lopes

1. Jackson Bandeira  2. João de Manezin 

1. "Prego" Alencar (Irmão de Joaquim Alencar) 2. Ti  (Goleiro do Estudante

 1. Azul (foi Goleiro do Atlético) 2. (nome não divulgado)

 1. Chico Bembem (do antigo Santos) 2. Bartó (jogou no Icasa de Juazeiro/CE)

 1. Francinaldo 2. Lira

1. (nome não divulgado)  2. Seu Né

1. (nome não divulgado)  2. Diassis

1. (nome não divulgado) 2. Neco

(nome não divulgado)