quinta-feira, 18 de julho de 2024
Cine Açude Grande - Festival de Cinema de Cajazeiras. Filmes Selecionados
sábado, 13 de julho de 2024
O ATOR BUDA LIRA SERÁ HOMENAGEADO NO VI FESTISSAURO, EM SOUSA
Nesse ano de 2024 o VI FESTISSAURO - Festival de Cinema do Vale dos Dinossauros, importante evento do audiovisual sertanejo, realizado anualmente na cidade de Sousa, prestará homenagem a Ronaldo Lira, ou simplesmente Buda Lira - como é conhecido. O ator e produtor cultural Buda Lira é natural do município de Uiraúna, no Sertão paraibano e foi um dos fundadores do Projeto Folia de Rua em João Pessoa.
Buda Lira viveu sua infância e adolescência em Cajazeiras. Em nossa cidade, ainda muito jovem, nos anos 70, começou a ingressar nas atividades das artes cênicas. Engajado no intensivo movimento que a cidade apresentava na atividade teatral, ele teve a oportunidade de trabalhar com grupos amadores, mantendo uma forte atuação na vida cultural da cidade.
Tempos depois, mudou-se para a capital João Pessoa, onde continuou trabalhando no teatro amador, participando dos eventos de organização do setor cultural, tanto no município de João Pessoa quanto a nível estadual, tendo como referência desse momento a sua atuação no NTU - Núcleo de Teatro Universitário, órgão ligado a UFPB, onde chegou a ser presidente da Federação Paraibana de Teatro Amador (FPTA), indo mais além, sagrando-se membro da Confederação Nacional de Teatro Amador (CONFENATA).
Em 1989, tornou-se um dos criadores do CAFUÇU - Bloco Carnavalesco, que adotou como emblema do carnaval popular de rua, a irreverência dos figurinos bregas e acessórios exagerados, extravagantes, para levar a animação ao pré-carnaval pessoense. Depois, participou da fundação do projeto Folia de Rua, iniciativa que veio reunir os blocos pré-carnavalescos da capital paraibana.
Como ator, teve atuação marcante em grandes montagens do teatro paraibano. A título de exemplo, foi a sua presença no elenco da peça teatral "Papa Rabo", espetáculo dirigido por Fernando Teixera, em 1982, além da sua participação em destacados filmes do cinema nacional, como os filmes Aquarius (que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2016) e, mais recentemente, Bacurau (que conquistou o Prêmio do Júri em Cannes, em 2019, tornando-se o segundo filme brasileiro da história a ser premiado no certame geral, depois de O Pagador de Promessas).
Com todo esse perfil, a homenagem que o FESTISSAURO agraciará ao ator Buda Lira, ficará pequena, dado a grandiosidade do seu legado até aqui na dramaturgia da Paraíba, bem como, a sua genialidade e talento. Atributos desse ator, que é mais cajazeirense do que cajazeirado; que tanto vem contribuído para o enriquecimento do nosso cinema paraibano, nordestino e brasileiro.
segunda-feira, 8 de julho de 2024
TEATRO ICA: um espaço livre e democrático para a arte e cultura de Cajazeiras.
"O inferno são os outros", por coincidência ou por obra das divindades, a informação consta em uma peça de teatro assinada pelo escritor francês, intitulada "entre quatro paredes", em que três personagens eram condenados a passar a eternidade no inferno, fazendo companhia uns aos outros.
segunda-feira, 1 de julho de 2024
Mais uma vez, o pão de Saóra é lembrado em postagem na internet
sábado, 15 de junho de 2024
O que diz o texto: "A Arte e o Artista" na página do Jornal O Observador.
O certo é que, expressão peculiar e espontânea das tendências, deixaria de ser arte o que se poderia definir de transversal das vocações em si.
Ademais, restringir o sentido realmente da arte ao simples conceito do belo, seria o mesmo que limitar o homem a uma (...) de absurda alternativa (...) com efeito, sem o uso da razão, obstem não seria homem e a arte não existiria. Logo, “to be, or not to be” não tem no caso uma aplicação aceita ou nem faz sentido de base com o conceito de homem-arte.
Não usar (...) por a suprema criatura da natureza transformista: a sua propriedade, a sua qualidade, o uso direito, o seu dever e predicado mais que por si só possui (...), não apenas como fator estrutural, mas como faculdade (...) em limites de plena ou de função
O convencionalismo da arte, convenhamos, não em (...) brasileiras, as inclinações específicas do artista estão a esbarrar em (...) tão (...) quando as ramificações esquemáticas de toda sorte e ordem tá atividade do homem.
Daí por que, onde quer que se encontre um colo humano, seja entre as azas de um Douglas a cortar o .... momento, seja na superfície das águas e da terra, ou do fundo dos oceanos: onde quer que se dê o encontro, aí haverá sempre a palpitar a alma enigmática de um artista, a esculpir ou a bordar a natureza em toda a sua extensão.
Ignorantes os peritos, rudes ou delicados, os artistas são sempre iguais na essência da própria desigualdade. Como na fácies que se esboça na imaginativa do cinzelador da natureza - o homem semideus.
O conceito de homem-arte, em suma, universalizar se, em obstáculos de discrepância na ação individual por isto que, muitas vezes influências estranhas adulterara facilmente as variedades concepções do artista, dando lugar a incoerências concorrentes: deformação da tela, claudicação do seu criador. O medíocre, neste particular, chega mesmo a perder a independência de ação e sua concepção, transformando-se em típico fantoche, (em paralelo ao quadro real da vida) quando servil a intrusões useiras e vezeira.
Simples aplicação inexperiente e prejudicial (e até preventiva) da tinta errada, mas a fórmula, fica com o tempo que sempre se encarrega da devida colocação dos pontos nos “is”. E recomposição da verdadeira tela.
quarta-feira, 12 de junho de 2024
Fogueiras acesas, apagadas e até proibidas
Repito: era-nos uma festa de criança, dona da simplicidade, tudo mais simples do que simples, contudo, com muitas cores e alegria. O santo da festa era um menino, dificilmente visto nas igrejas. Junto ao seu carneirinho, representando o primo Jesus; e ele vestido de pele de camelo, que, nos tempos de adulto, teria profetizado: “Eis o cordeiro de Deus”; disse outras verdades e, por isso, teve a cabeça cortada por Herodes, naqueles mundos, onde atualmente Netanyahu bombardeia crianças palestinas... Tudo de criança, do primo de Jesus, com roupa da simplicidade, mãe das virtudes. E é por isso que Luiz Gonzaga canta: “Ai, São João, São João do Carneirinho (...) Fale com São José (...) Peça pro meu mio dar/ Vinte espiga em cada pé”. Também pintam o santo, enrolado de espigas, o que é a reza por maior fecundidade da safra que, além de gostosas pamonhas e canjicas, dá lagartas, sabugos para currais, cabelos e palhas para bonecas de milho.
Comprar fogos era o presente dos pais aos filhos, com o insistente aviso: cuidado para não se queimar. Lembranças tenho da vizinha Célia, noiva de João, que acendeu a pistola e segurou na mão, ao inverso, a saída da explosão. Mão sangrando, tudo parou, até o dia seguinte. Mesmo no sonho, a meninada corria pouco perigo: traque, estrelinha, chuveiro e bomba chilena. Também as casas ostentavam seu status pelo preço e diferenças dos busca-pés, bombas estrondosas, foguetões e fogos de artifício, daqueles inventados pela China, mas já fabricados pelos fogueteiros de Pilar.
Menino buliçoso gostava de mexer com fogo, pulando fogueira, cutucando as brasas ou jogando nas labaredas o resto de papel e papelão dos fogos usados. Meu pai, que não gostava de gastar, repetia que “comprar fogos é como queimar dinheiro”. Ou “solta foguetões quem pode”. A quadrilha se reservava ao fim, como se fosse divertimento de adulto. Os filhos de quem não podia ficavam de braços cruzados, admirando essas brincadeiras.
No outro dia, Alice, colega no Grupo Escolar, filha de uma das lavadeiras da cidade, no rio Paraíba, levantava-se logo cedo, ainda com o vestido sujo pela “tirna” das fogueiras para catar, pelas calçadas, ainda com sinais da noite anterior, traques ou chumbinhos que não tinham estourado, e assim guardava-os numa caixinha para modestamente festejar o seu São João. O nosso festejo continuava com os poucos fogos que sobravam do primeiro dia. Acordado, lembro-me dessas coisas recordadas pelo sonho e pela vida e suas noites de festa, de cada uma delas. Vale reviver essas noites, somente à noite o São João é festa. Atribui-se ao poeta Petrarca que La vita el fin, e ‘l dì loda la sera ou “o fim louva a vida; e a noite, o dia” ...
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Filme ‘Cajazeiras Sitiada’, do diretor Janduy Acendino, é lançado; equipe técnica e artística é composta de pessoas da cidade sertaneja
segunda-feira, 3 de junho de 2024
Desabafo do sanfoneiro, ou como as bandas deturparam o que se conhecia como forró
sábado, 1 de junho de 2024
A Arte Descartável em Cajazeiras
sábado, 11 de maio de 2024
XAMEGÃO SEM O MEGÃO VIROU XAMEGO, APENAS.
A frase “tudo como dantes, no quartel Abrantes” parece fazer sentido quando assunto em discussão é o Xamegão de Cajazeiras. Criado para ser o principal evento cultural e turístico da cidade, o Xamegão - festa popular de São João aberta ao público em geral, era programado para ser realizado durante todo mês de junho. Portanto, acontecia durante os trinta dias junino. Assim como são o Maior São João do Mundo, em Campina Grande e São João de Caruaru, Pernambuco.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
A VOLTA DO CINE AÇUDE GRANDE
quarta-feira, 10 de abril de 2024
QUEM ESTUPROU ESMERALDA?
terça-feira, 26 de março de 2024
O mais nobre valor de Cajazeiras está sendo destruído
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Mas qual o “valor maior que se alevanta?” A história, como Mestra da Vida, nos ensinou que Cajazeiras foi a “cidade que ensinou a Paraíba a ler”, mas que de repente, em um Portal da cidade, foi tudo por terra e passou a ser a “Cidade da Cultura”. Uma verdadeira catástrofe e uma insânia acompanhada de uma imensa tristeza. Dói n´alma ver toda uma narrativa ser posta por terra.