sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Espetáculo ‘A Escolinha Profana’ com personagens do Pastoril Profano será apresentado no Teatro Ica em Cajazeiras


José Dias Neto


Para levar a plateia as gargalhadas nos dias 30 e 31 de março, sempre às 19h, a Trupe de Humor da Paraíba estará em Cajazeiras com o espetáculo: “A Escolinha Profana” no Teatro Íracles Pires, a peça vai trazer os mesmos personagens do espetáculo Pastoril Profano e vai mostrar diferenças gritantes da cultura brasileira com o humor sarcástico.
De acordo com o ator Edilson Alves, “A Escolinha Profana” remete à ironia de rir de si mesmo, algo que segundo ele, interessa a todos. “O espetáculo irá discutir questões sociais e culturais, alguns personagens se prestam dramaticamente a esse realce, que é através do humor. Por outro lado, só é possível fazer humor sobre aquilo que é crítico, sobre aquilo que desagrega e provoca oportunidades de se observar o engraçado e o trágico, e disso, fazer a comédia”, disse o artista.
O espetáculo contará com diversas disciplinas distintas, que serão adicionadas na apresentação, a exemplo ‘Educação Religiosa’, ministrado pela professora Maria da Paz, uma coroa de 55 anos, que é muito dócil, meiga e muito simpática. Outra matéria será de "Orientação Sexual", que contará com a dona Gina Lolobrigida, uma professora extra-mega-hiper moderna, que trata o sexo como algo primordial, essencial e fundamental nos dias de hoje.
Já a matéria de Conhecimentos Gerais que será dado pelo Dengoso (Gestor da Escola) em virtude da escola não ter recebido o professor concursado. Dengoso, um palhaço velho, autoritário, disciplinador, mestre de cerimônia do pastoril tentará manter a ordem e o progresso da sala de aula.
Alunas com rebeldia, confusão, entretenimento, relações humanas, descobertas e política serão os temas fortes desta encenação os professores sofrerão o “pão que o diabo amassou”.
Já as alunas são as mais conhecidas do público brasileiro, que são elas: Verinha Show (Dinart Silva), Maria Dubu (Tony Silva), Irmã Luzinete (Sérgio Lucena), A Mudinha (Alessandro Barros), Selma Camburrão (Raymon Farias), Verônica Show (Aluisio Sousa). Na técnica estão Nelson Alexandre responsável pelos figurinos, cenário, adereços e iluminação. Sonoplastia de Wagner Nascimento, Produção de divulgação de Giovanna Gomdim, Nelson Alexandre e Wagner Nascimento, Assessoria de Imprensa Ícaro Diniz, direção e texto criação coletiva. Direção Geral de Encenação Edilson Alves.
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Espetáculo: A ESCOLINHA PROFANA 
Trupe de Humor da Paraíba 
Local: Teatro Íracles Pires 
Dias: 30 e 31 de março (Sábado e Domingo) Horário: 
19 horas Ingressos: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 
(estudantes, professores, idosos, 
militares e antecipados). Contato: (83) 99396.7982







Postagem divulgada no blog de José Dias Neto.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Vale do Cariri, Ouro Cultural do Nordeste

por: Vilma Maciel

Vale do Cariri, por Dihelson Mendonça

O Cariri, que se situa na extremidade Sul do estado do Ceará, foi povoado no primeiro quartel do século XVIII, por criadores de gado provenientes da Bahia e de Pernambuco. Região verdejante, deve seu nome aos índios Kariri, tribo que povoou a serra do Araripe. Segundo Capistrano de Abreu, os Cariri diziam-se originários de um lago encantado.

Devido a sua riqueza natural, caracterizada por suas águas perenes jorrantes das faldas do planalto do Araripe, sua vegetação verde, seus buritis e babaçus de porte elegante, canaviais ao pé-da-serra do Araripe, dos brejos e fontes, pode ser visto como “ Um presente da Chapada do Araripe”, formação de arenito com altitude de 900 a 1000 metros, com suas cento e tantas nascentes de águas cristalinas.

Alguns historiadores afirmam que o Cariri foi descoberto por Bandeiras da Casa da Torre na Bahia, fundada por Garcia d`Ávila, que chegou ao Brasil na comitiva de Tomé De Souza. Outras fontes indicam o fato de que os primeiros invasores do Cariri eram descendentes em linha direta de Diogo Álvares Correia, famoso Caramuru. Aqui chegaram com o objetivo de lutar ao lado dos índios Kariri, que lutavam contra os Kariú.

O Vale do Cariri se estende ao Sul do Estado do Ceará, abrangendo onze cidades, numa área de 9.585 quilômetros quadrados. Constitui cerca de 60% do território cearense. Clima diferenciado e terra férteis. Compreende os seguintes municípios: Abaiara, Crato, Barbalha, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Milagres, Mauriti, Brejo Santo, Jardim, Santana do Cariri, Nova Olinda e Caririaçu.

Embora o algodão tenha sido plantado em algumas partes do Vale, visando a exportação para o exterior, o cultivo da cana-de-açúcar e o engenho foram os principais responsáveis pela formação da hierarquia social do Vale.

O desenvolvimento comercial proporcionou a arrancada dos recursos econômicos.

No Crato, a chegada de comerciantes de Icó e outras cidades do Nordeste foi responsável pela abertura das primeiras grandes lojas e farmácias do Vale. Foram construídos os primeiros sobrados, desenvolvendo a rede de transportes, serviços públicos, escolas. Foi fundado o primeiro Jornal da região. ” O Araripe, ” por volta de 1855.

O rápido povoamento da região, decorrente em parte de sua agricultura, deu lugar ao surgimento de vários municípios. Atualmente, “O Coração do Cariri” é chamada Microrregião 78: constituída pelos municípios de Crato-Juazeiro-Barbalha. O conhecido turismo e a cultura regional do vale tomaram proporções surpreendentes graças a fundação da cidade Juazeiro, e os fatos extraordinários envolvendo a beata Maria de Araújo e o Padre Cícero Romão Batista, com a transformação da Hóstia Consagrada em sangue na boca da beata em 1889.

Imagem de Judson Jorge

“Juazeiro é o verdadeiro milagre do Pe. Cícero. ” Os outros fatos “extraordinários” se foram realmente milagrosos, o foram por Obra de Deus. Para operar esse milagre, Pe. Cícero combateu a violência, ignorância e o flagelo da seca, enquanto se defendia da perseguição de Dom Joaquim e das armas de Franco Rabelo. Imposta a ordem e respeito, o povoado entrou em ritmo de prosperidade. No final do século XVIII, a cidade mais importante da região do Cariri era o Crato, a chamada “Pérola do Cariri” era o centro fornecedor de alimentos para o Nordeste central, desenvolvendo importantes atividade comerciais na região.

Já, para Rui Facó,“ O Cariri era também um refúgio para levas e levas de miseráveis sem terras e sem trabalho, que aqui encontravam pelo menos água, multiplicando-se os bandos de cangaceiros ou os redutos de fanáticos.” A influência do Pe. Cícero cresceu definitivamente. Com a imigração dos Romeiros, o aumento da mão de obra, o trabalho a fé e a oração não há dúvida, foi o Pe. Cícero a alavanca do desenvolvimento dos maiores fatores do progresso da vida econômica sul - cearense.


O rico artesanato, além da produção artística dos vários municípios da região, O Juazeiro do Norte é um fenômeno fascinante, uma vasta oficina, ouro cultural, onde tudo se produz, para abastecer os mercados nordestinos, e dos mais distintos centros de consumo do país. É uma cidade que transforma seu artesanato em seu principal esteio econômico. Sua arte e produtos artesanais apresentam grande variedade enriquecida por sua originalidade.

A Arte manifestada no Centro Mestre Noza de Juazeiro

Segundo testemunho dos artesãos mais velhos ou de seus descendentes os romeiros que chegavam a Juazeiro com a intenção de ficar eram aconselhados pelo Pe. Cícero a dedicarem-se às atividades artesanais. Quando em 1998 entrevistei Dona Maria das Graças, já em idade avançada (86 anos), residente à rua do Limoeiro, falou-me de sua arte no manuseio da Palha. De suas mãos eram produzidos os mais lindos artigos: cestas, chapéus, esteiras. Enquanto que seu companheiro e os filhos trabalhavam o gesso com diversas modalidades artesanais em artigos religiosos. A arte brota no Cariri e explode no Juazeiro: talhas, xilogravuras, cordéis, cerâmica, ourivesaria, produtos de couro e grande produção literária. Em toda ela o maior referencial é a venerada figura do “ Padim Ciço e N. Sra. Das Dores”.


O mundo do Cordel. O poeta de Cordel, segundo o cordelista Expedito Sebastião da Silva é: “ aquele que escreve unicamente dentro do sistema de convívio do Povo(...) o poeta de bancada, é uma pessoa que exprime com muitos detalhes o fato, uma ocorrência, (...) tanto para angariar alguns tostões para manutenção, como para levar o fato ocorrido aos que não o conhecem. ” A importância da Cultura regional deve-se também a essa gente operosa Simples, determinada e consciente de seu trabalho e potencial artístico.

São muitos os antigos e novos artistas: Entre os clássicos da Literatura de Cordel que teve grande avanço desde a Tipografia São Francisco cujo dono o poeta José Bernardo da Silva, o terceiro homem na linha de sucessão da poesia popular. Leandro Gomes de Barros foi o grande poeta iniciador, seu legado: conta quase mil títulos de folhetos.

Vejamos alguns nomes de destaque, poetas e cantadores: João Martins de Athayde, José Bernardo da Silva, Expedito Sebastião da silva, Manuel Caboclo e Silva, José Cordeiro, João Mendes de Oliveira, Antônio Caetano de Palhares, João Cristo Rei. Pedro Bandeira, João Bandeira, Maria do Rosário (cordelista), Esmeralda Batista, e muitos outros: ceramista, artesãos de couro, Ourivesaria, são importantes colaboradores deste centro de grande projeção do país.


 Vilma Macie
Escritora, Professora e Artista Plástica.
É natural de Cajazeiras e radicada em Juazeiro do Norte/CE 
onde mora a muitos anos, 



postagem publicada no blog: https://vilmamaciell.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Em Cajazeiras, Secretaria de Cultura realizará Festival de Marchinhas Carnavalescas.



A Secretaria de Cultura e Turismo de Cajazeiras, vai realizar entre os dias 27 e 28 de fevereiro o Festival de Marchinhas Carnavalescas. O evento acontecerá na Quadra do Leblon, ao lado da Secult a partir das 19h30. Conforme programação já definida, no dia 27 de fevereiro, será feita a eliminatória; a no dia 28, a final. As inscrições estarão abertas na Secult a partir desta segunda-feira, dia 11, e vão até o dia 22. Como sugestão, a Secretaria de Cultura solicitou dos compositores e músicos que inscrevam suas canções como letras que façam referência à cidade de Cajazeiras, seus personagens históricos, seu folclore, sua cultura, sua história. Haverá premiações para os três primeiros colocados.



Com informações da Secult/Cajazeiras

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Artistas aprovam edital do FUMINC e secretário anuncia pagamento da primeira parcela para 27 de março.




A Prefeitura de Cajazeiras, através da Secretaria de Cultura e Turismo, divulgou os detalhes do edital do Fundo Municipal de Cultura (Fuminc) 2018, que será desenvolvido neste ano de 2019. Cerca de 50 artistas aprovaram os itens do edital, em reunião realizada na sede da Secult, no Casarão da Epifânio Sobreira, que contou com a presença do prefeito em exercício Marcos do Riacho do Meio. Na ocasião, o secretário Ubiratan di Assis anunciou que a primeira parcela do Fuminc deve ser paga no dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro. 

O prefeito em exercício, Marcos do Riacho do Meio, em sua fala aos agentes culturais presentes na reunião, destacou as mudanças realizadas na Secretaria de Cultura, desde a parte física, até a parte estrutural, com maior apoio à classe artística da cidade, sem qualquer preocupação com cor partidária. Ele aproveitou e visitou as instalações do Museu de Cajazeiras. 

O secretário Ubiratan di Assis informou que, conforme o edital, as inscrições para a apresentação de novos projetos, já estarão abertas no dia 4 de fevereiro, sendo encerradas no dia 4 de março. Ele agradeceu a presença de todos na reunião e elogiou a responsabilidade dos artistas que participaram do Fuminc no ano passado. Ubiratan di Assis disse, ainda, que uma comissão será responsável pela avaliação técnica dos projetos inscritos. Ao final da leitura e discussão do edital, o secretário abriu para sugestões e questionamentos dos artistas e representantes culturais presentes na reunião. 

Pelo novo edital assinado em novembro pelo prefeito José Aldemir, os investimentos em cultura do governo municipal para 2019 serão em torno de R$ 217 mil. No ano passado, os investimentos foram de R$ 130 mil. O Fuminc incentiva com recursos financeiros os projetos aprovados por uma equipe técnica em análise de projetos culturais composta por três pessoas, satisfazendo as exigências contidas no edital, dentro dos limites orçamentários e financeiros. A Prefeitura Municipal de Cajazeiras, na atual gestão, foi a primeira a respeitar a lei de incentivo a cultura, ao repassar ao Fuminc o percentual de 2% da arrecadação do município, conforme a lei 1891/2010.


Conteúdo publicado no site da Prefeitura Municipal de Cajazeiras.