segunda-feira, 11 de setembro de 2023

PORTFOLIO DO IBGE MOSTRA FOTOS RARAS DE CAJAZEIRAS DO INÍCIO DOS ANOS 60

   BÔNUS ]          



Uma equipe do IBGE, parece que desembarcou em Cajazeiras no início dos anos 60. Em provável inspeção na cidade, visitaram ruas, logradouros e pontos destacados de Cajazeiras. Na estadia da terre de Padre Rolim, é o que parece, fotografaram esses trechos e outras vias. Porém não se sabe ainda, se as imagens abaixo foram produzidas pela equipe dessa instituição federal ou se foram cedidas pela Prefeitura de Cajazeiras ao IBGE. O certo mesmo é que elas pertencem ao acervo do IBGE. São datadas de 1962, portanto, produzidas há 61 anos atrás e, são de importante valia para a história do nosso município, pois mostra parte do aspecto urbanos da cidade ainda em desenvolvimento, com ruas que começavam da periferia em terra batida e termina com calçamento no centro. Mostram também, que nos anos 60, ainda era possível usar a água do Açude Grande para cozinhar, beber, lavar roupa e outras necessidades domésticas. Ou seja, nosso açudo parece que ainda não era poluído, com esgotos, dejetos e lixos, como é a realidade do Açude Grande que conhecemos hoje. Click nas imagens para ampliá-las. 

Exposition das Fotos:  



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domingo, 10 de setembro de 2023

Lei Paulo Gustavo destina mais de 1 milhão para 9ª Regional de Cultura em Cajazeiras




O Estado da Paraíba divulgou os editais regionais de cultura referentes à Lei Paulo Gustavo. A 9ª Regional de Cultura, suíte que compõe Cajazeiras e os municípios circunvizinhos, terá mais de R$ 1 milhão de reais em recursos no setor cultural. Como a 9ª Regional engloba 15 municípios e, em alguns deles o volume de produções artísticas e culturais é mais intenso, só como exemplo, temos nesse rol os municípios de Cajazeiras, Poço de Zé de Moura, Monte Horebe e Uiraúna; esperava eu, que para essa região sertaneja de polarizada por Cajazeiras, o valor destinado seria bem maior do que esse percentual anunciado pela gestão estadual. 

Porém, como passamos um jejum de mais de 4 anos com quase nada de investimentos na área cultural, os valores expressos na LPG, já são um bom começo. Os editais são os referentes à Lei Complementar nº 195, Lei Paulo Gustavo (LPG), de 8 de julho de 2022. O propósito dos editais é selecionar e fomentar projetos culturais enquadrados nos artigos 6º e 8º da LPG, submetidos por proponentes residentes no estado paraibano.

Os editais estão divididos por região. Para Regional de Cajazeiras, que corresponde aos municípios de Bernardino Batista, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Joca Claudino, Monte Horebe, Poço Dantas, Poço de José de Moura, Santa Helena, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas, Triunfo e Uiraúna, está previsto um investimento de R$ 1.666.332,30 em recursos para promoção de atividades culturais nesses municípios.

Cada edital irá abranger projetos nas áreas de produção de seriado, curta-metragem, videoclipe, produção de games, roteiro, instalação, ampliação ou manutenção de cinemas de rua ou cinemas itinerantes, realização de festivais, circulação artística de bandas, grupos, agremiações e coletivos, manutenção ou ocupação de equipamentos culturais, projeto sociocultural, dentre outros.

O investimento total da Lei Paulo Gustavo na Paraíba deverá ser de R$ 48.677.436,90. As inscrições para cada edital, teve início neste sábado (9) às 8h e o encerramento está previsto para o dia 9 de outubro às 18h. Todas as informações para as inscrições estão contidas em cada edital, no site da Secretaria de Cultura, no cultura.pb.gov.br.

Portanto, você que produtor cultural, artista ou brincante, não deve perder as horas e nem o tempo. Tire o seu projeto da gaveta, faça já a sua inscrição e garanta a produção dele. Caso tenha algumas dificuldades no entendimento e na juntada da documentação, procure uma pessoa como mais experiência em lidar com as inscrições nessas leis ou forme grupos de discussão para melhorar o seu entendimento do edital. 

Para facilitar o seu acesse ao edital e os procedimentos, bem como, os documentos necessários para sua inscrição, disponibilizamos os links abaixo:

Acesso ao edital: 
 https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-da-cultura/lpg/9a-regional
Acesso aos ducumentos necessarios: 
Acesso ao procedimento para inscrição: 

NÃO PERCA AS HORAS E NEM O TEMPO. FAÇA JÁ A SUA INSCRIÇÃO!

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domingo, 3 de setembro de 2023

UM POUCO SOBRE "PAGU"

por Karolina Monte

A jornalista e escritora Pagu. (Reprodução/Wikimedia Commons) 


Quem foi Pagu, ícone modernista e homenageada da Flip 2023
Patrícia Galvão atuou como poeta, escritora, desenhista, tradutora e ativista comunista - presa 23 vezes. Não à toa, chocou o Brasil no começo do século XX.

Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, vai além do que o senso comum pensa dela. Para além de mera esposa de Oswald de Andrade, Pagu também foi escritora, jornalista, poeta, militante política e feminista, o que a levou vinte e três vezes para a prisão - e, de quebra, um dos maiores nomes do movimento modernista no Brasil.

Nascida em 9 de junho de 1910, na cidade de São João da Boa Vista, Pagu mudou-se com os pais para a cidade de São Paulo quando ainda tinha dois anos de idade. Seguindo os passos do pai jornalista, Zazá (seu apelido de infância) conseguiu seu primeiro emprego aos quinze anos, como redatora de críticas ao governo e às injustiças sociais para o Brás Jornal, sob o pseudônimo de Patsy.

Pagu também foi um símbolo da irreverência e do afrontamento feminino: fumava e bebia sem pudor, relacionava-se com homens sem se casar com nenhum, era ativa nas lutas sociais da época.

Em 1928, aos 18 anos de idade, completou os estudos na Escola Normal e logo em seguida se juntou ao Movimento Antropofágico, idealizado principalmente pelo casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral Ainda no mesmo ano, ganhou seu apelido mais conhecido, “Pagu”. O nome apareceu por causa de um erro do poeta Raul Bopp, que escreveu um poema pensando que o nome da escritora fosse Patrícia Goulart, e inventando, assim, essa abreviação.


Coco de Pagu 
Raul Bopp


Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Passa e me puxa com os olhos
provocantissimamente.
Mexe-mexe bamboleia
pra mexer com toda a gente.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Toda a gente fica olhando
o seu corpinho de vai-e-vem
umbilical e molengo
de não-sei-o-que-é-que-tem.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Quero porque te quero
Nas formas do bem-querer.
Querzinho de ficar junto
que é bom de fazer doer.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.

Publicado em diversos jornais e revistas, o poema tornou Pagu famosa nos meios artísticos, políticos e sociais e acabou até virando canção. Produzida pela cantora Laura Sanchez, a música de 1929 também se tornou um sucesso, graças à radiodifusão da época.

Ainda no mesmo ano, Pagu começou a publicar seus desenhos na Revista de Antropofagia, publicação que existiu entre 1928 e 1929, ligada ao movimento modernista.

VINTE E TRÊS PRISÕES 

No ano de 1929, o escritor Oswald de Andrade anunciou sua separação de Tarsila do Amaral, e logo em seguida apareceu em público com Pagu. A troca chocou a população, mas principalmente a comunidade artística.

Pagu e Oswald tornaram-se, juntos, militantes do partido comunista, o PCB (Partido Comunista do Brasil, na época). A escritora era combativa e destemida: em 1930 participou de um incêndio no bairro do Cambuci, na cidade de São Paulo, em um protesto contra o Governo Provisório de Getúlio Vargas e foi a primeira presa política feminina do Brasil, ao ser detida na cidade de Santos depois de participar de uma greve de estivadores da região. Ao longo de sua vida, Pagu seria presa vinte e três vezes por causa de suas participações em atos políticos.

Em 1935, Pagu foi presa em Paris com documentos falsificados e enviada de volta para o Brasil

PAGU E A LITERATURA 

Desde os quinze anos de idade, Pagu já publicava protestos e artigos de opinião e logo cedo também aprendeu a utilizar pseudônimos para suas publicações, a fim de escapar da censura ditatorial da época.

Em 1933, publicou o livro “Parque Industrial “, sob o pseudônimo de Mara Lobo, um romance proletário que entrou para os radares da censura da época. Pagu também foi responsável por traduzir autores estrangeiros de grande renome, como James Joyce e Octavio Paz. Além disso, escreveu contos policiais sob o pseudônimo de King Shelter.

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Leia a postagem original em: 
https://guiadoestudante.abril.com.br/dica-cultural/quem-foi-pagu-icone-modernista-e-homenageada-da-flip-2023/