segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cajazeiras, Urgente.
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Fotógrafo do Diário do Sertão flagra crianças expostas ao perigo, tomando banho na
correnteza da sangria do "Açude Grande" em Cajazeiras.



Foto chocante do tombamento nesta madrugada de segunda - feira, do ônibus
da empresa Guanabara, na serra de Santa Luzia. O ônibus conduzia pessoas com destino
à cidade de Cajazeiras. Mais informações: www.diariodosertao.com.br


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Catedral de Nossa Senhora da Piedade - Cajazeiras/PB
Postado por Cristiano Moura no Blog: http://coisasdecajazeiras.blogspot.com

O jovem Padre Vicente

Monsenhor Vicente Freitas. Foto: (acervo) Verneck Abrantes


A foto acima, talvez seja uma das mais antigas do (jovem) Padre Vicente Freitas, que viria ser na posteridade o Monsenhor Vicente Freitas - Personagem bastante carismático e conhecido de todos cajazeirenses. Obstinado e as vezes parecendo ingênuo e paciente, porém conservador ao extremo (não largava a batina nem para dormir); Padre Vicente praticamente começou o seu ministério sacerdotal na cidade de Pombal/PB, onde foi Vigário e Diretor do Colégio Diocesano daquela cidade por 5 anos - entre 1945 a 1950. 

Em Cajazeiras exerceu funções importantes, tanto na Cúria Diocesana como no setor educacional e cultural - as mais destacadas; a de Diretor do Colégio Estadual Crispim Coelho e a de Secretário de Educação municipal, em uma das administrações do Prefeito Chico Rolim. O nosso Padre/Monsenhor Vicente Freitas, nasceu em dois de março de 1914 e faleceu em seis de março de 1982, em João Pessoa, vítima de acidente de carro (um atropelamento) na Av. Epitácio Pessoa. Foi enterrado na Capela interna de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, edificada ao lado esquerdo da nave central da Catedral de Nossa Senhora da Piedade, em Cajazeiras.

Cleudimar Ferreira

Monsenhor Vicente Freitas ladeado por representantes 
da sociedade de Pombal. Foto: (acervo) Verneck Abrantes

Monsenhor Vicente Freitas ladeado por crianças da primeira
comunhão, frades e religiosos em Pombal. 
Foto: (acervo) Verneck Abrantes

Monsenhor Vicente Freitas, crisma 
de crianças em Cajazeiras.






terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Continuam pesquisas para o processo de beatificação do Padre Rolim


Depois de três meses de visitas a algumas das antigas fazendas do município de Serra Negra e de consulta aos arquivos da Paróquia de Santana da cidade de Caicó-RN, o Padre José de Andrade, em busca de novas informações referentes à ação missionária e evangelizadora do Padre Inácio de Sousa Rolim, dirigir-se-á, a partir da segunda quinzena deste mês, às cúrias diocesanas do Estado do Ceará, a procura de provas documentais da passagem e trabalho evangelizador, do Padre Inácio de Sousa Rolim, naquela região, nos anos de 1825 a 1885.

A peregrinação do Padre Andrade pelas cúrias diocesanas do Ceará, terá início na Diocese de Limoeiro do Norte, o que para tal, o citado sacerdote, já recebeu o consentimento do Bispo diocesano, daquela Diocese, Dom José Haring.

Para o Padre Andrade, “faz-se necessário uma urgente e abrangente pesquisa, capaz de resgatar a nobreza da missão sacerdotal do Padre Inácio Rolim, pois até o presente, lamentavelmente, tem se destacado, quase que com exclusividade, apenas o papel do civilizador, deixando de lado, a encantadora figura de um dos maiores santos, ainda não canonizado, que enchera os sertões com suas virtudes”. O Padre disse ainda, “a cada dia e na medida em que vou lendo, visitando lugares e ouvindo pessoas, aumenta a minha alegria e admiração ao exemplo de humildade, simplicidade, caridade e determinação do Padre Rolim, e ao mesmo tempo tenho lamentado o pouco cuidado histórico que as principais instituições de sua cidade natal, Cajazeiras, têm dispensado à memória daquele sacerdote”.

Matéria postado por Cristiano Moura no Blog:http://coisasdecajazeiras.blogspot.com

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quem já viu a banda passar e por não gostar, fez cara feia?

por Cleudimar Ferreira



Quem não gosta de ouvir uma boa música. E quem há de censurar uma melodia afinada, um dobrado apurado num coreto qualquer, ou até mesmo, uma retrata aos domingos. Mas quem já via a banda passar e por não gostar fez cara feia? A música venha de onde vier; seja que tipo for e em que lugar for tocada é uma linguagem universal e quem faz dela sua razão de viver, também. Ela é algo abstrato que acalanta o ego e alegra a alma. Os que dela dedilham a vida tocando seus instrumentos, ensinando acordes, merecem a contemplação eterna.

Por essa atmosfera melódica, entre partituras e instrumentos, segurando com muito esmero a velha batuta, numa trajetória que varou períodos, épocas e eras; trilhou o nosso maestro Esmerindo Cabrinha. Mestre na vida e na música passou dos 80 anos fazendo o que gosta - a música. Foi, e é, para as gerações vindouras, toda referência em matéria de ser humano. Exemplo de dedicação e compromisso com aquilo que fez e faz. Um ser a serviço da ideia e da prática musical. Um verbo de que através do seu ofício, doutrinou, aconselhou e mostrou por onde passou um dos caminhos (como opção) que a juventude devia percorrer. Por isso se dedicou com a melhor perfeição na formação de jovens músicos compromissados com a música. 

Em Cajazeiras, sua terra natal, animou carnavais de ruas, liderou Orquestras de Frevos e de Bailes nas principais festas da cidade e região. Criou na década de 60 a Banda Feminina Municipal, que por onde passou esbanjou talento e simpatia, sendo referendada como um feito avançado num tempo em que à música instrumental era praticamente dominada pelos homens. Como regente da Orquestra Manaíra, dirigiu figuras expressivas da música cajazeirense da época, como maestro Rivaldo Santana e o músico - homem do rádio Mozar Assis. No entorno de Cajazeiras, em Bom Jesus, o trabalho do maestro cajazeirense se fez presente nos arranjos aprimorados do Hino Oficial daquela cidade.

Cumprindo o que manda o conceito da universalidade e, seguindo o rito natural que determina que  a música deve estar presente onde houver gente para ouvir; o maestro foi cativado e convidado por representantes de Aurora/CE, para ensinar música naquela localidade cearense. Lá, o mesmo através de um elementar aprimoramento com os músicos, praticamente recriou a Banda de Música Municipal; fundou juntamente com o Padre Luna Tavares, em 1986, a Banda de Música Senhor Menino Deus do Colégio Paroquial e fez a melodia e os arranjos do Hino Comemorativo ao Centenário da cidade.

Esmerindo Cabrinha da Silva - um nome que parece estranho para uma região onde os Josés, Joãos e Antônios são maiorias, dominava divinamente boa parte dos instrumentos de sopro, com destaque para o saxofone e clarinete. Dos oitos filhos que teve com Dona Lilia, com quem foi casado, apenas dois se enveredou pela música, José - aprendeu a tocar saxofone e Gilberto - violão, atabaque e afoxé. A sua importância na atividade musical para a cidade de Cajazeiras, não é diferente da que é Severino Araújo para João Pessoa. Pois tanto um como o outro se apegaram as paixões por essa linguagem artística e através da dela fizeram muito pelas duas cidades.






LEGENDA DAS FOTOS: 
01. Imagem do maestro na homenagem no Cajazeiras Tênis Clube.
02. A inesquecível Orquestra Jaz Manaíra
03. O maestro e a Banda de Música de Aurora - CE
04. A surpreendente Banda de Música Feminina de Cajazeiras, em Pombal, 1974
05. (arquivo de Verncek Abrantes) Com alunos da Banda de Pombal
06. A Banda de Música Feminina na antiga sede aos fundos da Coleturia Estadual de Cajazeiras 
07. Escadaria da Igreja Nossa Senhora de Fátima, anos 70. No fundo, o Coreto da praça
08. Bande de Música Padre Cícero. Criada por Raimundo Ferreira e a Câmara Junior 
09. Banda de Música Santa Cecilia 
10. Bando da Alegria (anos 50). Um dos primeiros Conjuntos de Baile de Cajazeiras (foto: Roberto Lacerda) 


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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A imagem e a poesia.


Pôr do Sol
Cristiano Cartaxo

Que queres tu, viajor, olhando para trás?
O que vês é á distância, é a estrada percorrida,
é o pó das ilusões da vida já vivida,
é o tempo que passou, e que não volta mais.

Porventura não vês, opós tamanha lida,
que tudo nesta vida é efêmero e falaz?
Inexoravelmente, um dia, záz, a morte
sorrateira, sutil, corta o fio da vida

Que queres mais, viajor, ó espírito enfermo?
Não vês que longe vais, quão perto estrá do termo?
De que valem as cãs que te ornam a cabeça?

Desfita, pois, o olhar dos longes do horizonte,
volta as costas do mundo, eleva a Deus a fronte,
antes que o sol se ponha, antes que a noite desça.


Crédito da Foto: Pôr do Sol em Cajazeiras.
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Fotografia: Luciano Jordan.
Segundo Jordan, a foto foi tirada em 24/dezembro/2009,
usando uma câmera Sony DSC-H20.


sábado, 12 de fevereiro de 2011


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Ponte que liga a Praça José Guimarães - popularmente conhecida como Praça do Pirulito ao Antigo Colégio Diocesano Padre Rolim e a Rua Padre Ibiapina. É uma passagem bem antiga que facilitou por muito tempo o acesso da população que se deslocava do centro da cidade aos bairros da zona norte. Na primeira metade dos anos 50, no governo de Otacílio Jurema, a mesma passou por uma reforma total, tanto nos pilares de sustentação, como no mezanino e corrimãos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

26 ANOS DEPOIS

Você sabe de imediato - sem recorrer a arquivos mofados, calendários e datas, qual é a idade do Teatro Íracles Pires? Construído pelo Governador Wilson Leite Braga, em 26 de janeiro de 1985, o teatro foi um dos primeiros projetos da arquiteta Jeanne Pires (Filha da própria Íracles Pires), com a participação da também arquiteta Vera Pires. No mês de janeiro passado, a casa de espetáculos cajazeirense completou 26 anos que foi construída.

As bases para sua edificação começaram a ser cravadas nos anos 50, através das constantes reivindicações do TAC - Teatro de Amadores de Cajazeiras, encampadas nos primórdios pelos seus dirigentes, Hildebrando Assis e depois nos anos 60 e metade dos anos 70, com teatróloga Íracles Blocos Pires. A pelejada luta pela sua construção não parou aqui, deu seqüência na segunda metade dos 70 - 1976, encabeçada a partir da campanha pela construção de uma sala de espetáculo para a cidade, feita pelo GRUTAC - Grupo de Teatro Amador de Cajazeiras.

Com a formação na década de 80, de novos grupos como: Mandacarú, Grutebraz, Boiada, Terra, GTE e Grutepazeú que puncionou a idéia e a fundação da ATAC - Associação de Teatro Amador de Cajazeiras e a meteórica ascensão do Grupo de Teatro Terra, a sua construção já não era mais uma hipótese argumentada e cobrada pela classe teatral cajazeirense, e sim, algo de concreto a ser realizado com urgência e definitivamente.

Passados 26 anos, o tempo nos leva a uma reflexão: que frutos a construção do Teatro Ica Pires deu a cidade, já que historicamente, a grande produção das artes cênicas de Cajazeiras se deu até o ano de sua inauguração, com a participação do Grupo Terra no projeto Mambembão e seguida de Marcélia Cartaxo no filme “A Hora da Estrela”.

De lá para cá, não se tem na história recente, nenhuma notícia de que surgiu na cidade um grande grupo de teatro, um mega espetáculo foi montado ou mesmo uma grande estrela foi revelada. E olhe, só para refrescar a memória, até aquela época, época de sua inauguração se fazia teatro de baixo custo, teatro amador, sem patrocinador, sem incentivo nenhum. Bem diferente de hoje, onde as leis de incremento a produção estão por ai, de uma forma ou de outra facilitando a produção.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

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foto: Daladier Marques

Uma, Duas, Três, Quatro, Cinco, Seis, Sete, Oito,
Nove... Ufa! Cadê o Cristo, Cajazeiras?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

No futuro saberemos entender, sim!

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Em tempos de Inacim, onde comunidades de cajazeirenses espalhadas em diversos locais da federação, vislumbrantemente, batem no copo, no peito e orgulhosamente regozijam, aplaudem a iniciativa de um grande feito para a história da dramaturgia e sua cidade; ou até então, sem nenhum pudor, parecem jogar nas gavetas empoeiradas do esquecimento, os legados que em épocas adversas, os primórdios tão bem fizeram pela arte e pela cultura da terra de Padre Rolim. Será que no futuro não saberemos mais entender ou codificar o significado da criação artística dos que vieram antes de nós e para justificar enaltecemos o aqui e agora.

A amnésia não pode apagar da história aquilo que a própria história foi testemunha ocular. Uma aldeia não deve riscar do mapa a trajetória feita pelos seus agentes culturais - ancestrais, pois os caminhos traçados - muitas vezes tortuosos a exaustão, servirão de exemplos para as gerações futuras. Ai vem uma pergunta: Porque Cajazeiras e seu povo costumam ser um divisor de águas quando se quer, festivamente, homenagear aqueles que fizeram algo importante pela sua cultura. Porque esquece tão fácil o legado deixado por estes artistas.

Será que Zé do Norte morreu feliz, quando na década de 80, já doente e esquecido no Retiro dos Artistas, no Rio, recebeu a tardia visita de representantes de sua terra, convidando-o, depois de velho para retornar a Cajazeiras e receber as honrarias em um Festival de Arte. Será que não foi difícil voltar a uma cidade que a ele negou quase tudo, até mesmo a oportunidade de aprender a ler e escrever. A diferença que há entre Zé do Norte e Sávio Rolim e os demais destacados personagens da arte cajazeirense hoje, é que vieram de baixo e fizeram arte em preto e branco, portanto, não são merecedores de aplausos e nem de pomposas medalhas acompanhadas de foguetões para marcar o feito.

Cajazeiras não pode, não deve apagar e jamais esquecer os artistas que no passado, sem nenhum incentivo, arregaçaram as mangas e em retiradas fugiram para o estrelato. Eles não receberam benesses de nenhum governo para fazer a sua arte. Foi assim com Marcelia Cartaxo, Bá Freire, Sávio Rolim e outros, que nos dias de hoje os cajazeirados não referenciam, não sabem dizer o que estão fazendo, se são estão vivos ou mortos.

Sávio Rolim, através do seu esforço, aos 14 anos já era ator consagrado de teatro e cinema. Nas telas destacou-se interpretando o personagem Carlinhos - papel principal do filme Menino de Engenho. Participou ainda de vários documentários no apogeu do cinema novo e fez parte de filmes como Vidas Secas, O Leão do Norte, Bonitinha mais ordinária, Memória do Cárcere. Foi premiado em festivais pelo Brasil a fora e até em Portugal. Mas na década de 80, em Cajazeiras, na estréia do Filme "O Leão do Norte" no Cine Apolo XI, passou por um constrangimento quando na porta do cinema não foi reconhecido pelos cinéfilos presentes, como um dos atores do filme.

Zé do Norte, por exemplo, nunca fez show na cidade. O povo de Cajazeiras conhecia e escutava no “Forró do Varandão” (programa musical de uma das rádios local) as suas músicas, mas não sabia que elas eram de sua autoria. Uma prova da desinformação que a cidade e seu povo tinham do artista e sua obra. Diferente de cidades como Salvador, Campina Grande e Aracajú, que fizeram questão de mandar fazer e colocar em praça pública, esculturas gigantes, em bronze, para referenciar os seus artistas.

Zé do Norte e Sávio Rolim - em vida, bem que mereciam terem suas réplicas em bronze na entrada da cidade. Não só pelo conjunto de suas obras realizadas, mas pelo direito de serem cajazeirenses e terem gravado o nome da cidade no universo artístico nacional.

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


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O pôr do sol nas águas poluidas do Açude Grande
produz nas tardes, encanto e magia
são cores que contagiam
olhos contempladores


fotos - cleudimar ferreira