domingo, 28 de janeiro de 2018

RAÍZES DO FUMINC: LEI VIVA CULTURA

Rivelino Martins



              Em 1997, o então vereador Ricardo Coutinho, vinha a Cajazeiras trazendo a proposta da lei Viva Cultura, que terminou sendo apresentada pelo vereador Severino Dantas e sancionado pelo Prefeito Epitácio Leite. Hoje o FUMINC. Uma conquista da classe artística há 21 anos atrás.

Regulamentada e sancionada em 1994, a Lei Viva Cultura (n° 1.380/93) foi uma propositura do então vereador de João Pessoa Ricardo Coutinho, com foco voltado para o incentivo à produção artística através da subvenção econômica. O resultado foi a efervescência na produção das realizações de projetos culturais. A Lei se configurava na transferência fiscal, concernente ao repasse de 40% de imposto do empresariado a ser aplicado em projetos do setor, transformada em 2002, em fundo cultural. A biografia do Governador da Paraíba Ricardo Coutinho, deixa eminente sua busca na valorização dos segmentos artísticos paraibanos, o que tornou um dos alicerces da sua gestão de políticas públicas em atuação nas várias esferas governamentais, tanto é que ele foi convidado em 1997 a fazer parte da programação alusiva a comemoração do aniversário de 12 anos da fundação do Teatro Íracles Pires (inaugurado em 26 de janeiro de 1985) na cidade de Cajazeiras, para então partilhar através de um debate promovido pela Câmara Municipal de Cajazeiras com iniciativa do vereador Severino Dantas (PT), a experiência exitosa da Lei Viva Cultura assim como os eixos de estruturação para efetivar a sua implantação na cidade do Padre Rolim. O debate foi enriquecido com a participação da Secretária de Cultura Telma Cartaxo, Naldinho Braga, Jocélio Amaro, Orlando Maia, Junior Terra, Danilo Moésia, Francisco Hernandes, Bebé de Natércio, Patrício Nogueira, Ricardo Lacerda, Gildemar Pontes, Professora Cleidismar e Rivelino Martins, o que culminou no projeto de Lei que foi aprovado e sancionado pelo Prefeito Epitácio Leite Rolim no ano de 1997. Completando esse ano vinte e um anos de existência e resistência.


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Com investimento de R$ 5 milhões, governador entregará teatro de Cajazeiras: “Não economizamos”





O Governador Ricardo Coutinho, no programa “Fala Governador” desta segunda-feira (15), programa esse, gerado pela Rádio Tabajara e transmitido simultaneamente em cadeia estadual para diversas rádios do interior do Estado, anunciou um pacote de 104 obras, que serão inauguradas e entregues até o mês de março deste ano a população da Paraíba em diversos municípios paraibano.

Dentre essas obras citadas por Ricardo, estão adutoras, açudes, reformas e construções de escolas e o Teatro Íracles Pies (Teatro Ica) de Cajazeiras, que segundo a assessoria, a inauguração acontecerá no mês de fevereiro.

No programa de rádio, o governador disse que a terra Padre Rolim, vai ganhar um teatro com um investimento de 5 milhões, “Não economizamos! Nós utilizamos os melhores materiais no Teatro Íracles Pires”, disse Ricardo Coutinho.

Sobre o anuncio da inauguração do teatro pelo governador, o diretor Osvaldo Moésia prestou maiores esclarecimentos a TV Diário do Sertão. Moésia,  falou da grandiosidade que ficou a casa de espetáculo, da importância que será o teatro no interior  da Paraíba e do Nordeste, falou também sobre dos novos equipamentos técnicos que o teatro irá ganhar, e do andamento e conclusão da construção do referido teatro. Veja no vídeo abaixo: 






fonte: TV Diário do Sertão

O TEMPO É DE UNIÃO.

Cleudimar Ferreira




O Desenvolvimento das linguagens artísticas em Cajazeiras andou sobre um mar de rosas no período em que seus agentes promotores desconheciam, ignoravam ou desproviam de certos sentimentos partidários. Foi um tempo áureo, romântico e apaziguador, onde se produzia arte pela arte; arte por prazer; ou arte por necessidade de alimentar a sensibilidade que todo artista traz dentro de si.

Mas esse tempo já se foi, passou, e esse modelo de entender produção cultural passou também por Cajazeiras. Hoje, a fórmula empregada na criação artística é outra, foi renovada, tem outra cara. É outra, porque seus agentes descobriram que nesse presente mar de rosas, há outro sentido de se realizar arte e não mais aquele que possibilitava sonhar, viver e fazer. Mas perceber que a arte também dar outro vocacionado, o da comercialização ou da barganha política. Esse pensamento não é exclusivo de uma só cidade, ele enraizou pelo país inteiro e tem envolvido gente que produz arte, gente do bem que produz cultura. Cajazeiras é apenas parte desse contexto.

Nessa conjuntura, o que me parece inquietar a classe produtora de cultura em Cajazeiras, também causa ansiedade nos que no passado entendia essa modelo de produção cultural por outro viés. É o que me parece, o caso do novo Secretário de Cultura de Cajazeiras, Ubiratan di Assis, que atuou na cidade em uma época que o fazer arte, era acima de tudo, o de se fazer viver e não de viver da arte, como os dias atuais evidenciam e demandam fazer.

Não se pode esconder o que não pode ser desconhecível. Também é o caso da gestão cultural atual na terra do Padre Rolim que, ignorando os ensinamentos do passado, revivido hoje pela velha guarda artística, esqueceu essas boas instruções de modelos de gestão, em troca da partidarização da cultura na cidade e concomitantemente, da divisão da sua classe artística, em uma nítida impressão de ofuscamento da nossa história cultural.

Nesse jogo, com certeza, até que o tempo registre o contrário, Ubiratan não vai jogar. Por que? Porque a essa altura da linha, ele não vai querer perder ou deixar para trás tudo o que realizou e o que tem realizado dentro do movimento cultural cajazeirense. Mesmo vivendo em um quadro promíscuo, que demanda e acena para a libertinagem da politização artística, em detrimento da ética do fazer e da realização de políticas públicas culturais sadias, em um jogo aberto e democrático. Pois, somente se entende que o fazer artístico, não deve e nem casa bem com partidarização política.

Está claro que Bira não vai entrar nesse jogo pois, esse não é o momento e nem é esse jogo que interessa a mobilidade cultural de Cajazeiras. O tempo é de união! Isso, ficou evidente na resposta que deu ao repórter do site "Resenha Politika". Inquirido sobre os desafios que irá encontrar a frente da Secretaria Municipal de Cultura, ele assim respondeu:  

“É um grande desafio! Esse desafio que eu começo a partir de segunda-feira, eu quero contar com apoio de todos seguimentos de cultura de Cajazeiras, seja ele no teatro, na dança, em artes plásticas, na literatura. Eu quero, vim, para não dividir, para aglutinar, para somar com as pessoas. ”

“Vamos, a partir da próxima semana criar uma agenda de reunião, ouvir todos segmentos culturais, e a partir da aí, vamos criar um projeto cultural com foco na ação cultural de cajazeiras. Não vai ser um foco especifico meu, mas a contribuição dos diversos segmentos. Cada um tem voz e vez, para construir uma política cultural em Cajazeiras dentro dos anseios que essa terra sempre pede. “

Continuou afirmando em tom reconciliador: “Não tô aqui para levantar a bandeia de picuinhas, partidárias, políticas. Eu tô aqui para juntar força e segmentos culturais, políticos ou não, E numa política cultural com foco mais amplo, prague a gente junto, construa um bom trabalho afrente dessa secretaria. “

E acrescentou: “Eu dizia a pouco tempo aqui, que eu não tenho idade mais para essas vaidades de cargos. Isso não me interessa! O que me interessa é o fazer, é a ação cultural, que me interessa. ”

Finalizou dizendo: “E não só, porque só você não faz nada, faz com um conjunto de pessoas, e essa construção, e esse chamamento, essa convicção de que juntos seremos fortes, nós iremos com certeza fazer um grande trabalho cultural na cidade do padre Rolim.“




fonte: entrevista a Luiz Vilar - Resenha Politika

domingo, 14 de janeiro de 2018

BOSCO BARRETO

por José Dias Neto




Não é de hoje que a cidade de Cajazeiras ignora os personagens da sua história: com o passar do tempo parece não mudar essa dura realidade, que por sinal é contestada por muitos dos seus filhos. Pretendo neste valoroso espaço rememorar a figura do advogado e político cajazeirense João Bosco Braga Barreto, ou simplesmente Bosco Barreto, de quem cresci ouvindo relatos que sempre me causaram fascínios.
Existem poucas fontes onde se encontre algo sobre a figura de Bosco Barreto (Jornal Gazeta do Alto Piranhas possui em seus arquivos muito sobre sua trajetória) mas na Biblioteca Pública Municipal pouco se encontra sobre o líder político Bosco.
Graças ao conteúdo exposto na internet, pude beber um pouco sobre o libertário cajazeirense, e o agradecimento da coluna ao poeta e escritor Linaldo Guedes por ter eternizado o mandato de deputado estadual cajazeirense através da sua facilidade em escrever.
Um texto do também cajazeirense Linaldo Guedes, intitulado de Bosco Barreto: um mandato a serviço da ‘’Cidade Liberdade’’ traz em suas linhas um apanhado da postura ética e combativa do deputado estadual Bosco Barreto, e deixa claro que sua voz ecoava contra as truculências do tempo de chumbo do Brasil (1964-1985).

Leia o trecho do texto de Linaldo Guedes:

João Bosco Braga Barreto foi eleito deputado estadual em 1974 pelo então Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Fez campanhas memoráveis, sem recursos financeiros, defendendo seus “irmãos e suas irmãzinhas também” nos palanques pelo interior do Estado. Vindo do Alto Sertão da Paraíba (era natural de Cajazeiras), Bosco Barreto exerceu mandato por intermédio do qual não deixou de lutar em favor das principais reivindicações de seus eleitores, como: financiamento para a agricultura e a escola pública de qualidade. 
No entanto, seu principal lema, enquanto esteve exercendo o mandato parlamentar, foi mesmo a Liberdade ou a Cidade Liberdade, como gostava de clamar em discursos, ora aparteados, ora ouvidos silenciosamente pelos demais parlamentares. Nascido em 20 de novembro de 1936, Bosco Barreto tinha 39 anos quando assumiu o mandato, em fevereiro de 1975. Foi eleito numa época em que o país vivia uma delicada situação política. Quase simultaneamente, em março de 1974, Ernesto Geisel assumia a presidência da República garantindo um processo lento, mas gradual, de distensão política.
O texto do conterrâneo Guedes serve de norte para quem quer se aprofundar na vida do inesquecível Bosco Barreto. No mesmo texto, o escritor deixa claro o posicionamento do político cajazeirense em oposição à ditadura militar: eram tempos de exceção e mesmo assim o deputado gritava em alto e bom som contra as imposições ditatoriais do sistema.
Nesta época de chumbo, a cidade de Cajazeiras conseguiu ver um de seus filhos assumir o Governo do Estado, Ivan Bichara através da indicação indireta do Regime Militar. Assumiu o Poder Executivo Estadual e teve enquanto governador a forte oposição do seu conterrâneo, o deputado estadual Bosco Barreto.
João Bosco Braga Barreto não foi um simples cidadão cajazeirense: foi protagonista de uma rouca voz, de certa forma isolada, que sempre gritou a favor de melhorias na vida da população sertaneja, e haverá de ser uma referência de resistência por seus ideais libertários.
O falecimento de Bosco calou a sua voz, mas não suas ideias. Ainda hoje, existem em Cajazeiras guardiões do legado de Barreto que mantêm viva a memória do libertário cajazeirense. A bem da verdade, preciso dizer que são poucos que se preocupam em rememorar a figura do politicamente (in) correto Bosco Barreto. Em tempos em que a situação política do Brasil vive momentos sombrios, é preciso resgatar as pessoas que no passado possam servir de referência, Bosco é sem sombra de dúvidas um desses referenciais para a nossa atualidade.
Todas essas preocupações levantaram a motivação de alguns interessados nesta causa a formarem um coletivo chamado de ‘Sou Forte, Sou Bosco Barreto’. Para realizarem neste ano, um ato público que contam com o apoio do entusiasta e admirador do político, o atual vereador Rivelino Martins resgatará a memória do que foi um dos maiores líderes populares da História política de Cajazeiras. O perfil dos que integram esse coletivo, inicialmente são: admiradores do político e outros que começam a tomar conhecimento da ação e querem juntar-se ao movimento que homenageará Bosco, o libertário cajazeirense.

HOMENAGEM

Os envolvidos no coletivo já iniciaram um trabalho de pesquisa, que resultará na produção de um documentário, através de depoimentos das pessoas que conviveram com o político libertário sob o prisma: “Quem foi Bosco Barreto”. Ainda sem data definida, o movimento planeja exibir o documentário em local público para resgatar a importância de Bosco para a História política de Cajazeiras.
O ato público em homenagem a Bosco Barreto deverá contar com a presença de familiares, simpatizantes, admiradores, contemporâneos e a população em geral, no que poderá ser um dos maiores eventos populares já realizados na História recente de Cajazeiras.
O coletivo possui a autorização da família de Bosco Barreto e produzirá camisas, bonés e adesivos para comercialização. Todo dinheiro arrecadado será revertido para financiar o ato público.
Para mais informações, coloco a disposição o meu número de telefone para que os interessados também possam se engajar. José Dias Neto: (83) 99144-0709.
 
  A Praça João Pessoa foi palco dos grandes comícios
 Na Praça João Pessoa, multidões aplaudia Bosco Barreto
   








fonte: (Diario do Setão) Coluna de José Dias Neto 

sábado, 13 de janeiro de 2018

Lúcio Vilar e a sedução das janelas

Linaldo Guedes


Numa cidade qualquer de qualquer interior do Brasil, a janela é o único ponto de apoio necessário para que as pessoas vislumbrem o mundo ao redor. Por ela, passa boi, o homem do leite, um carro de som anunciando a liquidação no armazém de Seu Zé e as inevitáveis conversas com os vizinhos. Através desses diálogos, a troca de informações sobre a vida da própria comunidade e o que acontece também além-mar. Isso até o advento do rádio e depois da televisão, fazendo com que a janela passe a ter cada vez mais uma conotação simbólica, diria até mais poética, que remonta a um tempo esmagado pelo poder avassalador dos meios de comunicação.

Em síntese é disso que trata o livro Janelas da sedução cotidiana, de autoria do jornalista paraibano Lúcio Vilar, lançado pela Editora Universitária. O livro é importante para qualquer estudioso (ou curioso) do fenômeno da Comunicação Social, por fazer um resgate minucioso dos primórdios da radiofonia paraibana e de suas consequências na mudança de comportamento que impõe às comunidades mais interioranas. Apesar de se prender ao universo do Alto Sertão paraibano, mais especificamente na região polarizada por Cajazeiras, Vilar expande esse campo de ação, na medida em que desenvolve seu trabalho citando exemplos e estudos sobre outras regiões do país onde aconteceram fenômenos semelhantes.

Embora tenha nascido fruto de um trabalho acadêmico, o livro de Lúcio Vilar seduz o leitor em uma narrativa fluente e ágil. Sobram depoimentos interessantes sobre a pré-história da radiofonia em Cajazeiras, de pessoas abalizadas como Maílson da Nóbrega, Nonato Guedes e Tarcizo Telino, entre outros. Os depoimentos são confrontados de forma inteligente pelo narrador, sempre mostrando os lados positivos e negativos dos assuntos abordados. Também não faltam episódios pitorescos dos primórdios da Comunicação no Alto Sertão. Como o da visita de Assis Chateaubriand a Cajazeiras. Conta Lúcio Vilar a versão de José Gonçalves: Chateaubriand instalou um sistema de TV no comício; ele falava no palanque e a imagem dele aparecia no monitor. Este fato revolucionou a cidade, porque o povo todo só havia falado de televisão, ninguém na verdade havia visto uma. O engraçado é que o povo deu as costas para o palanque, correndo para o outro lado da rua, onde estava a televisão.

O livro não se atém apenas aos fatos engraçados. Ele aborda o surgimento das emissoras de rádio e as sucessivas crises econômicas que alteraram a grade de programação. Conta como foi a instalação da FM pioneira no Sertão – a Patamuté. Também narra os bastidores que provocaram a venda das duas emissoras Am que polarizavam a audiência dos ouvintes da região até o final da década de 80.

Depois chega às retransmissoras de canais de televisão. As influências da velha Tupi na comunidade e nos próprios programas radiofônicos. O talentoso Zeilto Trajano, por exemplo, quebrava discos no ar, no melhor estilo Flávio Cavalcanti. Surgem os televizinhos e a Televisão cria um outro tipo de janela. Em seguida, as antenas parabólicas, aquecendo o comércio e impondo novas realidades e costumes para a região.

Janelas da sedução cotidiana não é um livro pessimista. Como diz a apresentação do professor Mauro Wilton de Sisa, ele descobre no interior de percursos culturais vividos em Cajazeiras, na Paraíba, que não é porque a TV é nova que suplanta o rádio, assim como esse não suplante outras expressões culturais locais. Na verdade, as janelas apenas mudam suas estruturas arquitetônicas. Elas agora são eletrônicas e ampliam o olhar do observador para além dos limites do seu próprio universo. As pessoas ainda utilizam as calçadas para trocar informações, mesmo que seja sobre o último capítulo da novela das oito. Ao meio-dia, mantém a audiência dos programas radiofônicos. Sob as bênçãos de Santa Clara.


LINALDO GUEDES

Jornalista e poeta. Nascido em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba. Radicado em João Pessoa desde 1979. Como poeta, lançou os livros “Os zumbis também escutam blues e outros poemas” (A União/Texto Arte Editora, 1998), “Intervalo Lírico” (Editora Dinâmica, 2005), “Metáforas para um duelo no Sertão” (Editora Patuá, 2012) e “Tara e outros Otimismos” (Editora Patuá, 2016). Lançou, em 2015, “Receitas de como 
se tornar um bom escritor”, pela Chiado Editora, de Portugal.




fonte: www.conexaoboasnoticias.com.br

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

CARNAVAL DE CAJAZEIRAS JÁ TEM PROGRAMAÇÃO DEFINIDA




O Prefeito de Cajazeiras José Aldemir (PP) anunciou nesta sexta-feira (12) a programação oficial do Carnaval 2018 da cidade. A confirmação do evento foi do próprio José Aldemir em entrevista a impressa presente. De acordo com o Prefeito, tudo está sendo preparado, com estrutura adequada para atender ao pública, no âmbito de segurança para foliões e frequentadores, como também na parte de camarotes, que terão esse ano apenas um piso, promovendo maior espaço no corredor da folia.

Vamos mais uma vez realizar um grande carnaval”, disse o Prefeito José Aldemir. O local será o mesmo na Av. Juvêncio Carneiro e com grandes atrações com as praças alternativas do frevo e do rock sendo mantidas para que todos os foliões possam se divertir ao som do gosto musical de cada folião.

Os recursos destinados a realização do carnaval de rua da cidade, segundo o Prefeito, vieram de parceria firmada entre a prefeitura e a iniciativa privada, ou seja, do empresariado local. O anunciou aconteceu no próprio gabinete do prefeito, ás 18:00hs de hoje.



VEJA A PROGRAMAÇÃO

CORREDOR DA FOLIA

Sábado, dia 10
Saia elétrica (Saia Rodada), Flavio Pizada Quente, Luan Pakerô, Prum Batista

Domingo, dia 11
Requebrança, Sarah Lorena, Márcia Fepipe, Ramon Schnayder

Segunda-Feira, dia 12
Cavaleiros, A Barca, Gilson Mania, Romário Freitas

Terça-Feira, dia 13
Douglas Pegador, Edson Cantor, Riquinho Show

PRAÇA DO FREVO - 4 Orquestras

Orquestra Santa Cecilia (Cajazeiras), Orquestra Clarins de Momo (São Paulo), Orquestra Frevuna (Uiraúna) e a Orquestra Uiraunense de Frevo (Uiraúna)

PRAÇA ALTERNATIVA DO ROCK - Largo da Telemar
Homenageado: José Clementino

Sábado, dia 10
21h00 - Coletivo Nossa Casa
22h15 - DIZ (Desigual Banda)
23h00 - Rosa Rubra

Domingo, dia 11
21h00 - Vinil Vagabundo
22h00 - Comportamento Zero
23h30 - Lothbrok

Segunda-Feira, dia 12
21h00 - Pegada e a Peleja
22h00 - Baião D´Doido
23h00 - Sygma

Terça-Feira, dia 13
21h00 - Descendentes das Tribus
22h15 - Epidemia tipo 5
23h30 - Backroad

BLOCOS CARNAVALESCOS - Dia da saída dos blocos de rua

Sexta-Feira, dia 09 - Imprensados
Sábado, dia 10 - As Virgens
Domingo, dia 11 - Amália, nunca mais; Bloco "O Índio"  
Segunda-Feira, dia 12 - Bloco Cafuçu 
Terça-Feira, dia 13 - Dindim de Cajá




quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

POESIAS DA CAJAZEIRENSE VILMA MACIEL



Vilma Maciel 
Professora, Poetisa, Escritora, Artista Plástica e Pesquisadora. 
É natural de Cajazeiras, radicada em Juazeiro do Norte/Ceará.
Tem vários livros lançados entre contos, poemas e estudos 
realizados sobre a cultura do cangaço no Nordeste. 



SEM LIMITES

Quando o amor acontece
           Com desmedida explosão
é assim nosso amor,
            no pudor
                       no sexo
                                   no coração.
Tudo é ternura
            alegria e
                        paixão.
Um universo de sonhos
            suor, beijos e
            sussurros.
É assim nosso
            amor...
Sem limites
            sem juízo
            sem preconceito
            simplesmente
                      amor
Nossos corpos
            descansam
um no outro.
E vem a calma...
            a calma,
            a calma dos
                         amantes.
E vem de novo
            a sede, a sede
            a fome
            de tudo...
            Implacável e
            crescente.















PROPOSTA

Se você ficar
Eu te darei o
            mundo...
Sentirás minha alma
ao apertar na minha,
            Tua mão.
Se você ficar
eu te darei um banquete
            de manjar...
Pintarei com cores vivas
nosso recanto de
amor,
Se você ficar
            Amor,
não falaremos de dor, nem
palavras que ferem e cortam
            Como navalhas.
Se você ficar, amor!
Eu te prometo,
Tu vai mudar.
Esqueceremos os
            escombros...
Na taça do amor
beberemos o prazer
AMOR.












LÁGRIMA

Solitária lágrima
teima em meu rosto
            Rolar.
Solitária, fria e cristalina
ferindo meu ser
turvando meu
olhar.
Tão triste, travessa e pequenina
tal coisa de menina.
O difícil é acreditar
Que em seu bolo traz
Toda amargura no ar.

Peço, lágrima inconsequente,
sei que não és inocente
Deixa-me sozinha...
Essa tristeza é só minha.

Mesmo a saudade britando
Vou continuar sonhando...
A vida é mesmo assim.
Teimosa lágrima!

Vai pra longe de mim.














ESPELHO

Não resisto ao impulso
De olhar-me em tua lâmina
Espelho!
És fiel, ou
            Falso?

Fiel sim.
            Reflete a imagem
            detona máscaras.

Falso, nunca! Reflete:
a frágil aparência,
o olhar tristonho
o coração ferido

revelas a alma do
            escondido!

Espelho!
Procuro meu rosto...
não o encontro mais!

Onde ficou meu
            Sorriso?
Meu atraente jeito
            Adolescente?
Deixa-me apenas um
            Sonho...
Apenas um único
            sonho,
Alimentar meu
            Viver.

DESTINO EM CONTRASTE

Nesta rua que passo
Vejo pessoas,
Que vão e vêm.
Uns garbosamente vestidos,
Felizes, sorrindo a dois
Outros!...
Tristonhos vestidos em trapos
Mutilados, solitários, coitados!
Estremeço!
E busco-me
Quem sou?
Onde estou?
Olho em volta novamente,
Olhares indiferentes e estranhos.
Desperta-me o meu “Ego”.
Eu sou àquela que não aceita o egoísmo.
Esta rua que passo,
Chama-se DESTINO!
É uma rua qualquer, da cidade da vida
Onde as pessoas
Afogam-se no rio dos prazeres
Esquecendo que mesma cidade,
São filhos do mesmo PAI
Necessitando de muito AMOR


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As poesias acima fazem parte do livro "Sonhos & Medos" 
lançado pela escritora em 2017.





*  As ilustrações em destaque é de autoria de Vilma Maciel