segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Praça do Espinho e o tempo.

Passado - Presente
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A foto do lado esquerdo, enviada por Pedro Neto para o Blog http://ac2brasilia.blogspot.com, mostra como mudou ao longo do tempo a nossa tão popular Praça do Espinho - atualmente Dom Moisés Coelho. Na foto antiga o que se ver mesmo é arbusto-espinhos. Bem diferente como vemos hoje, com muito verde, gramado e árvores densas. Tomara que os responsáveis pela manutenção da mesma não faça "poda" descriminada, tirando a beleza do verde que há.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma exposição em homenagem a Íracles Pires

por: Cleudimar Ferreira

Capa do programa da exposição Íracles Pires

Era 1985. Entre os dias 26 a 30 de janeiro daquele ano, segmentos da cultura cajazeirense tiveram a oportunidade de ver um antigo sonho concretizado. Foi à entrega pelo então Governador Wilson Leite Braga, do Teatro Irácles Pires, reivindicação de décadas da classe artística local, principalmente o segmento teatral. Nesses mesmos dias, o tradicional Grupo Escolar Monsenhor Milanez foi espaço para uma exposição retrospectiva em homenagem à vida e obra da diva do teatro amador de Cajazeiras.

A exposição coordenada pela artista plástica Telma Rolim Cartaxo e Assessorada pelos técnicos culturais Gregório Guimarães, Aldacira Pereira e Socorro Meneses, mostrou aos presentes peças, objetos, fotografias, documentos e escritos que pertencia a Dona Ica – como era chamada, além de um vasto material cedido por amigos da teatróloga, bem como, os arquivos do TAC – Teatro Amador de Cajazeiras.

Revendo o programa da exposição, encontrei na apresentação bonitas palavras escritas por Telma Cartaxo, que bem define como era o carisma de uma das nossas principais pioneiras do teatro amador no sertão paraibano. Na abertura da exposição, presa ao programa da mostra, disse assim Telma: "Falar sobre Íracles não é fácil. O silêncio de quase seis anos sufoca, dilacera. Só há uma saída: fazer de conta que nada mudou. Recorde aquela mulher maravilhosa de forte altivo. Absorva sua energia e iluminando-se no seu sorriso, vejo esta exposição com olhos de vida e arte. Sinta-a. Escute-a.”

E segue Telma Cartaxo, brincando coma as palavras, psicografando a imagem e o universo de Íracles Pires. "Saber ouvir Irácles é um estado de garça. é partilhar caminhos e paralelas. É olhar pro alto e alçar voo. É sentir a emoção embargando a garganta. O coração pulsando mais apressado. É tudo isso e muito mais. É alegria, carnaval, folia, saudade, desafio, sombra, raiva, seresta, desaforo, verdade, sonho, paixão, arte, vida, amor, liberdade, o reencontro com Ica em voz e espírito."

E estende-se na emoção das palavras Telma: "Na verdade, como ela, ninguém. Divina no palco e na vida. Senhora do mundo. Rainha da festa. Expressão de comunicação de massa. Locomotiva política. Embaixatriz do sertão. Mãe do povo. Madrinha da cidade. Amiga dos seus amigos ontem, hoje e sempre." "... Moça bonita, a semente plantada floresceu. O sonho virou realidade. Cajazeira te ama. Essa casa de Espetáculos é sua. Fruto de sua luta. Realidade e força de sua expressão." Finalizou Telma Rolim Cartaxo. A inauguração do teatro e abertura da exposição Íracles Pires, fez parte das comemorações dos 400 anos da Paraíba.




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Material de propaganda das campanhas de Bosco Barreto

Ilustrações acima: Getilmente cedidas por "Joyce Barreto"

Bosco em duas épocas. Lado esquerdo: "Vamos quebrar... a panela com Bosco". Flama confeccionada em serigrafia sob poliéster, de umas das campanhas de Bosco Barreto a Prefeito de Cajazeiras. Lado direito: Cartaz da campanha a Deputado Estadual, feito também em serigrafia, só que em papel. O segundo material publicitário de cor verde foi elaborado pelo folclórico e escudeiro do candidato (na época), o popularmente conhecido por Eduardo Caveirinha. O primeiro material - o de vermelho, foi feito pela Artecolor - uma das primeiras serigrafia instalada na cidade.

sábado, 6 de novembro de 2010

Cineclube Wladimir Carvalho I



Em 1979, o jornal oficial A União, publicava uma pequena matéria produzida na sua sucursal de Cajazeiras, anunciando a reabertura do Cineclube Wladimir Carvalho. Como se vê na imagem acima, a nota veiculada no jornal não traz os nomes, mas a tentativa de soerguer a entidade partiu dos irmãos Eugênio e Petrus Alencar juntamente com Cleudimar Ferreira, todos ex-sócio do cineclube. 

Foi feito um levantamento do número de sócios que existia e um respectivo recadastramento dos mesmos, além disso, foi aberto inscrições para novos filiados. Para marcar a reabertura, novos filmes de arte foram alugados em uma distribuidora no Recife.

Em uma parceria feita com um Instituto Cultural Alemã, foram adquiridos vários documentários produzidos pelo cinema daquele país, além de dois projetores de 16mim. Foi doada pelo documentarista campinense Romero Azevedo, uma cópia do documentário "O que eu conto do sertão é isso". 

Apesar de tanto esforço feito, veio à crise do cinema nacional na metade dos anos 80 e anos 90, que culminou com o fechamento dos cinemas da cidade - Cine Éden, Pax e Apolo XI. A inércia que atingiu a indústria de filmes no Brasil, contribuiu para o esfacelamento do movimento cineclubista no país, principalmente o nordestino. O cineclube de Cajazeiras não suportando o estado letárgico da produção nacional, teve um fim parecido com o três cinemas da cidade, encerrou as suas atividades.

Ai vem uma pergunta: onde está o pequeno patrimônio do cineclube? Isto é, os dois projetores de 16 mim, os filmes e uma tela de exibição? Não sendo tão irônico, o aparecimento desse material talvez não tivesse tanta importância assim, haja visto que o tempo é outro, novas mídias estão ai, facilitando a vida de quem faz hoje a atividade que o cineclube fazia no passado.

Seria bom pra juventude cajazeirense, que gosta de cinema, que vive o vislumbramento do mundo digital, onde se faz documentário até com o celular, que Cineclube Wladimir Carvalho e o movimento cineclubista da cidade, que viveu no passado o seu fervor, fossem ressuscitados. Afinal, fazer cinema hoje não é tão caro assim. Como dizia Glauber Rocha, basta ter "uma ideia na cabeça e uma câmera na mão" e um computador com um programa de edição de imagens em casa.

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Cartaz do Doc. "O que eu conto do sertão é isso".






sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Avenida Presidente João Pessoa em Dois Tempos


Av. Presidente João Pessoa. Aos fundos, a casa de força - o gerador de energia


A Imagem envelhecida é uma das fotos mais antiga da Avenida Presidente João Pessoa, conhecida antigamente como Rua Nova. É também um dos mais iconográfico registro desse local da cidade. O fotógrafo com sua câmera, posicionou-se um pouco abaixo do início na mesma e registrou para o futuro, esse momento bonito na história da nossa cidade e desse logradouro cajazeirense. 

Observando bem a imagem, no lado esquerdo da foto - onde estão os carros, dá para ver lá no fundo, o Edifício Ok onde funcionou um dos primeiros da cidade, local onde também foi exibido pela primeira vez em Cajazeiras, um filme sonorizado - falado. No início da avenida, nas imediações onde o fotografo posicionou-se e fez a foto, havia um prédio que foi usado pelo Sr. João Bichara - pai do ex. governador Ivan Bichara Sobreira, instalou o primeiro cinema da cidade. O prédio não existe mais, foi demolido para alargamento da Rua Padre José Tomaz. 

No lado direito, bem no final da avenida dá para ver um outro prédio em destaque, quase encostada na parede do açude grande, o imóvel serviu para abrigar antiga Casa de Força onde ficava o motor-gerador movido a óleo, que fornecia a energia elétrica a uma parte da cidade. A imagem colorida que mostra a Avenida Presidente João Pessoa hoje, é de autoria de José Cavalcante. Cavalcante.


O passado é romântico. O presente é um estereotípico





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