terça-feira, 31 de maio de 2022

CINE SÍTIO EM NAZAREZINHO, FARÁ HOMENAGEM A CASA ONDE MOROU O CANÇACEIRO CHICO PEREIRA

 


Passada a pandemia, o município de Nazarezinho promove a volta do CINE SÍTIO (festival de cinema) e nessa versão, o evento vem cheio de novidades. Uma das novidades está no empenho que o CINE SÍTIO irá fazer, para manter uma agenda permanente de discursão e fiscalização em defesa da preservação e restauração da residência onde viveu o cangaceiro Chico Pereira, localizado na antiga fazenda Jacu.

A casa foi tombada pelo patrimônio histórico e Artístico da Paraíba através de decreto-lei que foi publicado no Diário Oficial do Estado, um dia depois do aniversario de emancipação politica da cidade. Pelo decreto, ficou o patrimônio histórico paraibano, responsável pela fiscalização e orientação das reformas e dos projetos de restauração no local. O tombamento tem como objetivo a preservação do local, pois a citada residência faz parte da memória de Nazarezinho e é parte da história da cidade.

A casa onde morou Chico Pereira é uma construção antiga e, o interesse de sua preservação está no fato que a mesma foi cenária de disputas e acontecimentos históricos e um desses, foi envolvendo de Chico Pereira com o famoso cangaceiro Lampião, já que a casa foi ponto de apoio do bando de lampião para arquitetar a bem sucedida invasão da cidade de Sousa.

O imóvel é uma referência que ajuda a contar e, também entender, como foi à história do cangaço na Paraíba. A intenção do CINE SÍTIO em homenagear esse monumento, está no interesse e na luta pela sua restauração, já que a casa encontra-se em estado de total de abandono, precisando de uma reforma urgente.

Essa 6ª edição do CINE SÍTIO, acontecerá entre os dias 16 e 18 de junho, com acesso gratuito a todos e, com programação estendidas para os Sítios Cedro dos Luiz, Cedro de Cima e Sítio Caiçara.

Cleudimar Ferreira




PREFEITURA DE CAJAZEIRAS ANUNCIA CONTEMPLADOS NO FUMINC E PRIMEIRA PARCELA SERÁ PAGA JÁ NESTA TERÇA-FEIRA




A Prefeitura Municipal de Cajazeiras, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), divulgou nesta segunda-feira (30) a lista dos contemplados no Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fuminc) 2022. Foram selecionados 71 projetos de artistas nos mais diversos segmentos artísticos e culturais de Cajazeiras. O pagamento da primeira parcela aos artistas contemplados já começa nesta terça-feira (31), conforme determina o edital do Fuminc.

No primeiro dia do pagamento da primeira parcela, serão contemplados artistas das letras A a D. Na quarta-feira, de E a L e depois de M a Z. A segunda parcela do Fuminc será paga dia 30 de junho e a terceira e quarta entre julho e agosto.

Segundo o secretário Ubiratan di Assis, de acordo com a Lei 1.891, de abril de 2010, 2% dos tributos municipais do ano anterior é aplicado nos projetos, que são inscritos e analisados por uma comissão. Este ano, o montante aplicado é de R$ 246.621,02.

"No total, foram inscritos 193 projetos e a comissão selecionou 71, atendendo os limites orçamentários da lei, utilizando critérios como a inclusão de tais projetos no calendário cultural da cidade. O número alto de inscritos só comprova a credibilidade e o respeito alcançado pela administração do Fuminc na gestão do prefeito José Aldemir", comentou o secretário.

O prefeito José Aldemir considera que o Fuminc veio sem dúvida alavancar a cultura cajazeirense nos diversos segmentos, sendo cumprido o percentual estabelecido em lei. "É um projeto vitorioso que consolida Cajazeiras como terra da cultura", acrescentou.

O secretário Ubiratan di Assis acrescentou que a Prefeitura está aguardando a liberação das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, também voltadas para a cultura. "Com essas leis em vigor, os artistas cajazeirenses terão outra fonte de apoio para os seus projetos culturais".

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Acesse a lista dos projetos selecionados




domingo, 22 de maio de 2022

CONCERTO SINFÔNICO "CANTA NORDESTE" SERÁ APRESENTADO EM CAJAZEIRAS DIA 04/06



Cajazeiras que no passado revelou nomes como Zé do Norte, Bá Freire, Rivaldo Santana e tantos outros que se dedicaram a linguagem musical, prepara-se cheia de expectativa para o grande evento da música sertaneja desse ano de 2022, na cidade. Trata-se do concerto sinfônico “Canta Nordeste na Voz e Sanfona de Luiz Gonzaga”, peça musical que será apresentada pela Orquestra Sinfônica de Luís Gomes (OSLG).

O concerto ocorrerá no dia 04 de junho (um sábado), a partir das 19h30, no Teatro Íracles Pires (o ICA). O evento sinfônico terá como regente o maestro Leandro Oliveira, arranjos de Ewerton Luiz e como convidados especiais os artistas cantores: Fábio Carvalho, Alessandro Gomes, Gracinalda Cavalcante, além de Oseas Luan na sanfona.

Na oportunidade, a OSLG fará uma apresentação preliminar para os alunos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e das escolas públicas de Cajazeiras. A apresentação da OSLG em Cajazeiras tem como produção e logística da CZ Produtora (Wanderley Figueiredo) e apoio total da Prefeitura de Luís Gomes, através da Secretaria de Cultura e da Prefeitura Municipal de Cajazeiras.

Os Ingressos para o concerto já estão à venda e para maiores Informações sobre o evento, entre em contato com Wanderley Figueiredo pelo telefone: (83) 99396-7982 ou acessando a rede social: https://www.facebook.com/Wanderleydesign.



fonte: https://www.facebook.com/Wanderleydesign

domingo, 15 de maio de 2022

Mês de Maio tem "I Festival C'Arte" no Teatro Ica




Nesse mês de maio, o Teatro Ica Pires segue com a sua programação de retomada das atividades pós-pandemia e, programa para os dias 20, 21 e 22, uma serie de eventos artísticos, embutidos no Festival C’Arte - Uma Experiência Cultural no Sertão Paraibano. As atrações com acesso completamente gratuito para o público em geral, acontecerão sempre a partir das 18h00. Os ingressos são limitados e os interessados em adquiri-los, só poderão ter acesso a eles, das 13h00 às 18h50, horário em que a bilheteria do teatro estará aberta. Cada pessoa só tem direito a pegar um ingresso e é necessário apresentar documento de identificação com foto e cartão de vacina.

  Veja o que vai rolar no festival       

Dia 20 (Sexta-Feira)
Seu Pereira (acústico);
Luciá - Coletivo Rizomatico;
Vanessa Meireles;
Feira Cultural.

Dia 21 (Sábado)
Catarse;
Grupo de Capoeira Ginga Brasil;
Torturas de um coração;
Descendentes das Tribos;
Feira Cultural.

Dia 22 (Domingo)
Cia de dança Freestyle;
Vitória Sanz;
Fernanda Carolina;
Mohanna Moon;
Junina Tradição da Império;
Joabson do Acordeom;
Feira Cultural.

CONFIRA AS OFICINAS DO FESTIVAL



realização: C'Arte
parceiros: Governo do Brasil, Ministério do Turismo, Secretaria 
Especial da Cultura, Governo da Paraíba, Secretaria de 
Estado da Cultura, Lei Aldir Blanc na Paraíba
 







sexta-feira, 13 de maio de 2022

A PRAÇA DAS VACAS


por: Mariana Moreira

A acanhada praça com seus dois ou três bancos e contadas árvores se perde no movimento de gentes e automóveis do centro da cidade. O burburinho da pressa abafa o solitário canto de um bem-te-vi que faz poso e talvez, ninho em uma antena de telefonia.

Mas, de repente, a praça ganha volume e vida. Algumas vacas vindas de não se sabe onde ocupam o lugar e, diligentemente, entre o sol que se eleva na manhã e o vai e vem de gentes e carros, fazem do espaço lugar de pouso e descanso. Indiferente ao estranhamento de alguns mais atentos, que alimentam o espanto por inusitada cena, elas se mantêm calmas e tilintam os chocalhos ao movimento do ruminar os derradeiros fiapos de capim furtivamente abocanhado em um descuidado canto de rua.

A praça ganha cheiros de estrume e restos de matos esmagados nas patas, exalados e absorvidos por narinas saudosas de currais e galos que de peitos estufados e cantos sonoros, traziam melodia e ritmo às noites enluaradas de infância.

E as vacas continuam na praça, algumas horas depois. Agora, diligentemente malhadas, com olhos semicerrados na vã tentativa de neutralizar o estranho que lhes chega em imagens e sons de ligeirezas.

Mais tarde, para tristeza, a praça está vazia. Vestígios apenas as poucas fazes ali deixadas, algumas marcas de urina e esparsos galhos de arvores quebrados e não consumidos. O som dos chocalhos e não mais é ouvido. Agora somente buzinas, roncos de motores, vozes difusas, minguados que dão guarita e um transeunte que, revirando sacolas de lixo, cata a sobrevivência no que descartamos como nada. Cansado de nada encontrar que lhe garanta a subsistência do dia, se joga no banco da praça a ruminar sua desdita vida. Os cheiros dos ocupantes anteriores lhe trazem saudades de uma criança correndo entre fileiras de milho, atrás de borboletas e frutos de melão são caetano. Uma criança de barriga farta e perspectivas possíveis, mas abruptamente abortadas na vida adulta pela desigual forma como homens se dividem e se classificam entre o ter e o ser. 

E as vacas não mais retornaram à praça. Encontraram os limites das cercas e currais que lhes inibe os movimentos, lhes tolhe a aventura de caminhar por ruas e praças dando tons de ontem ao presente.

Em outro momento de outro dia, outras vacas, agora mais numerosas, são flagradas cruzando uma movimentada avenida da cidade. Em bando, com as barrigas fartas do capim que cresce abundante na vazante do Açude Grande, caminham diligentemente na direção de um bairro de casas e pedras de paralelepípedos. O destino não importa. Qual curral lhes imporá limites, sem importância. O som do chocalho de algumas no íngreme asfalto é o que resta como cena. 




 fonte: Jornal A União