domingo, 31 de março de 2013

Em qual desses sistemas você se adaptou?



   Sistema de Cão   


Creudisman Lira

Enquanto!
Neste decadente sistema aparente, somos vegetarianos, vegetantes
Comendo carne vermelha mau passada
Julgando que estamos comendo bem?

Enquanto!
Os que fazem à democracia de fachada
Saborearem seus pratos, em suas mansões requintadas
Assistindo a decadência da massa vegetante?

Enquanto!
Essa massa sem leitura, não estudar nem pesquisar,
Não entender e nem enxergar, continuarão transeuntes
De baladas em baladas, de bares em bares, curtindo a vida: que vida?

Enquanto!
Os políticos desta politicagem enraizada
Carrapatos que atacam peles de animais vegetantes desprovidos,
Sugarem sem piedade, provocando choro, fome, nudez e dor?

Enquanto!
A massa vegetante, com seus vegetais sem proteínas
Buscam na lei: lei de cão, soluções desesperadamente invisíveis
Com seus direitos caçados inescrupulosamente?

Enquanto!
Os vegetais que nascem e crescem sem ver as catedrais da vida acadêmica
Inseridos entre as páginas de uma história: historia de cão
Onde os índios são descobridores e brancos, canibais do capitalismo cruel?

Enquanto!
A chuva cair e correr, entre ruas, favelas e jardins
Construindo crateras na sociedade de consumo
Aonde o consumismo importa e exporta o modismo inconsciente?

Enquanto!
Os carrapatos ganham forças, imunidades pela lei: lei de cão
Fazem e desfazem, constroem e desconstroem, vão e não vão
As sessões extraordinárias, gerando para si, rios e fazendas de dinheiros?

Enquanto!
Tudo isto acontecer!
A carne continuará vermelha de sangue
A democracia gemerá, pelas fachadas da decadência social
Os livros e a educação virarão as páginas da mediocridade de um povo sem rumo

Enquanto!
Tudo isto acontecer!
Na politicagem, atacarão de pizzas de marketing com pintadas de corrupção
A massa vegetante, se conduzirão perante essa lei, para onde só Deus sabe
Os vegetais que surgem, crescerão sem leitura, levando sobre si, suas ignorâncias

Enquanto!
Tudo isto acontecer!
A chuva continuará provocando crateras, nas ruas de uma sociedade perplexa
Com a metamoforse capitalista do poder inconstitucional e sem ética moral,
Os carrapatos continuarão consumindo peles e mais peles, gerando rios e fazendas

Enquanto!
Tudo isto acontece!
Os vegetais não crescem nas florestas verticais densas
Onde a luz não alumia caminhos incertos
A água se perde, no meio do crescimento desordenado, porisso não brota nada.

Não brota nada, nesse sistema:
Sistema de cão!...







Creudisman Lira,
é natural de Cajazeiras, tem pós graduação em artes 
e gosta de escrever poesia. É funcionário dos Correios em 
Guarulhos/SP, cidade onde reside deste a década de 80. 


sexta-feira, 22 de março de 2013

Você lembra dos "Festivais" Regional da Canção no Sertão?

por: Cleudimar Ferreira


Década 70. Festival Regional da Canção no Sertão no
pequeno tablado da tela do Cine Teatro Apolo XI.
(Otacílio Trajano, Riba e João Robson) 


O Festival Regional da Canção no Sertão, como era popularmente chamado, congregava jovens músicos sonhadores, muitos guiados por ideais libertários, em moda pós-implantação do regime militar de 64 no país. Esses eram influenciados pelas canções de protestos, compostas por compositores, como por exemplo: Chico Buarque de Holanda, Geraldo Vandré e Taiguara.

As versões do festival que acontecia anualmente no período de três dias, traziam a Cajazeiras compositores de toda Região do Nordeste. Da cidade de Cajazeiras, eram figuras carimbadas no festival, as de: Bá Freyre, Camilo, Danilo Moesia, Joaquim Alencar, Jocélio Amaro, Júnior Terra, Otacílio Trajano, Riba, Leydson Feitosa, Modesto Maciel, Irismar di Lyra e tantos outros anônimos, menos conhecidos do meio musical na cidade.

Instituições como Associação Universitária de Cajazeiras (AUC), Grupo de Integração do Menor na Comunidade (GIMC) e Centro Cívico Olavo Bilac do Colégio Estadual, eram os principais produtores do evento, que com dificuldades, sem praticamente ter ajuda do poder público, realizava o festival com pequenas colaborações financeiras ou materiais do comércio local e apoio da imprensa local, principalmente a falada, destacada pelo trabalho das duas principais emissoras de rádio, a Rádio Alto Piranha e a Difusora Rádio Cajazeiras.

Das imagens restauradas abaixo, as duas coloridas - pós a primeira, mostra uma das versões do festival da canção cajazeirense, a que foi realizada 1987, cujo cenário - uma guitarra confecciona em alto relevo, com materiais recicláveis (papelão), teve como executor do projeto cenográfico o artista plástico Marcos Pê (hoje radicado em Teresina - capital do Piauí). A peça artística servida como objeto cênico do palco dessa versão do festival, foi confeccionada por marcos para uma exposição de artes descartáveis do Atelier Cajazeirense de Artes Plásticas (ACAP) instituição vinculada ao NEC/UFPB-Campus V. 

Essas duas imagens, são do acervo do compositor cajazeirense Jocélio Amaro - hoje morando em São Paulo. Elas mostram a atuação do compositor em duas versões do festival, as que aconteceram nos cines Éden e Apolo XI. Um tempo que passou, mas que sem dúvida nenhuma deixou saudades em todos nós.




Capa da plaquete contendo as letras das músicas do V Festival 
Regional da Canção no Sertão (1976). Arte: Eugênio, confeccionado em serigrafia. 
(Do acervo de Cleudimar)

 Reginaldo, Adilson, Geraldo, Modesto e Guilherme Franco (atrás) 
V Festival Regional da Canção no Sertão, em 1976. 
Tablado do Cine Teatro Apolo XI.

               Imagens RESTAURADAS   

Tablado Cine Teatro Apolo XI. No meio, de branco, Jocélio Amaro 
(na época fã número um do cantor Geraldo Vandré) 
Festival Regional da Canção no Sertão, em 1994. 

Jocélio Amaro (com violão) e Danilo Moésia (em pé) 
Festival Regional da Canção no Sertão, em 1987, 
Tablado da tela do Cine Teatro Éden. 

Rivonaldo e Grupo Carcará. 
Festival Regional da Canção no Sertão, em 1987, 
Tablado da tela do Cine Teatro Éden

Bá Freyre e Alberto Cezar (Alberto da Telpa)

Júri do VIII Festival Regional da Canção no Sertão, em 1981. 
Da esquerda para direita da foto: Radialista Zeilton Trajano, Giovanny SousaLuiz Alves, 
Jornalista Fernando Caldeira, Marcos (Tomé do Banco do Brasil), Clizenith Assis 
(Irmã de Ubiratan di Assis), Prof. Anderson Oliveira Graciano (de boina), 
Maestro Rivaldo Santana. 

Na Semana Universitária de Junho de 1981. 
Comissão organizadora do Festival Regional da Canção no Sertão. 
Alguns conhecidos: Josival Pereira (com microfone) Maria Consuelo 
(de Suspensório), Soraya (de óculos), José Clementino (de perfil 
camisa branca), Lúcio Vilar (de camisa vermelha) 
Fábia Carolino (com blusa branca por traz do corintiano) 

Jocélio Amaro em uma das versões do 
festival 
realizada no Cajazeiras Tênis Clube

 



Final do Festival Regional da Canção no Sertão - Cajazeiras,  1996. 
Os finalistas dessa versão foram:  Banda Apocalipse, Banda Cabeça Chata, 
Grupo Água Doce, Jocélio Amaro, Marta Aurélia 
e Grupo Tocaia da Paraíba. 




AUC - Quem não lembra?


            As semanas universitárias realizadas pela AUC em Cajazeiras eram uma festa. Quem viveu esse tempo sabe o quanto elas foram importantes para a cultura da cidade, pois além de congregar universitários da terra que estudavam nos principais centros de ensino universitário do nordeste, como: João Pessoa, Campina Grande, Fortaleza e Recife, tinha o caráter educativo - social institucional que reunia vários serviços prestados a comunidade nas áreas de saúde, esportes, lazer, cultura e arte. Uma comprovação de sua ação, se ver no documento acima, um certificado expelido pela instituição, assinado pela artista plástica Telma Cartaxo,  em 21 de julho de 1979, que atesta a realização de uma Coletiva de Artes Plásticas Paraibana, dentro da XVI Semana Universitária. São quase 34 anos passados. Na minha memória, parece que foi ontem.



Esta imagem, talvez, seja a mais antiga divulgada pela internet 
do prédio onde funciona a Danielle Boutique.




domingo, 17 de março de 2013

Projeto "CINEMA NO AR" chaga a Cajazeiras nesse início de semana.




O Cinema na Rua chega a Cajazeiras nesta segunda e terça-feira, 18 e 19, na Praça do Xamagão, a partir das 18h30m. O evento é realizado pela produtora Buriti Filmes e tem o patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal. Foi iniciado em 2011 e conta com uma estrutura armada ao ar livre com capacidade para trezentas pessoas por seção, uma tela inflável, som surround e projetor digital.
Serão exibidos no meio da praça os filmes: segunda-feira, Eu e Meu Guarda - 18h30m; Saneamento Básico, o filme - 20h15m. Na terça-feira, Rio - 18h30m, O Palhaço - 20h15m. Não será cobrada a entrada e o acesso é livre para o publico a partir dos 12 anos.
O projeto batizado de Cinema no Ar-Tela Brasil, é uma das primeiras iniciativas do gênero cinema itinerante no país, cujo objetivo é levar cinema e graça para a população que não tem acesso às salas convencionais.
Para os idealizadores do projeto, os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, Hoje, no Brasil, apenas 8% dos municípios têm salas de cinema e talvez essa seja uma das grandes questões que precisam ser resolvidas para democratizar a cultura cinematográfica no país.
Segundo o IBGE, 92% dos municípios brasileiros não têm salas de cinema. Nas sessões do Cinema no Ar, grande parte do publico vê o cinema pela primeira vez. “O público quer ir ao cinema, quer assistir a filmes nacionais e quer cinema de qualidade” acrescentam os cineastas.
A Buriti Filmes, criada em 1997 pelos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, coleciona mais de 73 prêmios nacionais e internacionais com filmes, documentários e projetos especiais. Alguns desses projetos foram exibidos em 5 continentes e vendidos para mais de 15 países, com altos índices de audiência na TV aberta e TV à cabo, além de serem sucesso de público e crítica nas salas de cinema. 


sábado, 9 de março de 2013


Inverno dos anos 50 - Sangria do Açude Grande
Foto publicada no blog setecandeeiroscaja, de autoria de Joaquim Clementinno, tirada dos fundos de sua residência na Rua Dr. Aprígio Sá, nº 79.



quinta-feira, 7 de março de 2013

Preguilesma no Aeroporto



Por Francisco Frassales Cartaxo


Quando estive em Cajazeiras, semana passada, dei um pulo no inconcluso aeroporto Professor Pedro Moreira e, surpreso, descobri um estranho animal arrastando-se ao pé da cerca de arame. De mansinho, me aproximei e com muito esforço pude identificá-lo: um preguilesma. Não se trata daquele “monstruoso inseto de ventre abaulado cheio de pernas” que espantou o metamorfoseado Gregor Samsa, o incrível personagem de Franz Kafka. Nada disso. Preguilesma é bicho mesmo daqui, vive no aeroporto regional de Cajazeiras, seu lugar preferido.

Preguilesma é um mistura de preguiça e lesma. Um monstro. Um monstro que reúne a lentidão do mamífero à incapacidade de andar sem deixar o rastro do molusco asqueroso. Dois anos da tartaruga voadora, criada no governo Maranhão, somados aos 26 meses da gestão Ricardo Coutinho fizeram nascer o preguilesma. Culpa do DER? Não. O DER, que apenas supervisiona aquele empreendimento, é ágil, muito ágil até, na construção de estradas, haja vista a execução do ousado programa rodoviário. O superintendente Carlos Pereira se esforça para entregar 400 km de pavimentação até o final de 2014. E ainda quebra tabus antigos, como pavimentar o trecho São José de Piranhas-Carrapateira, nos aproximando da histórica Santa Fé. O esforço não é em vão. A mídia noticia, com monótona freqüência, a adesão de prefeitos ao projeto de reeleição do governador. E não adianta negar a tática, aliás, mais inteligente e eficaz do que promessas ao vento, tão ao gosto de lideranças políticas carcomidas. Se é assim com estradas, por que o preguilesma mora no aeroporto?

Porque o governo é míope. Ora, se essa mio- pia fosse problema para oftalmologista, era fácil resolver: doutor Sabino Filho dava um jeito na hora... Infelizmente, a doença é muito mais grave. Basta lembrar palavras de um irrequieto rapaz, arvorado em porta voz de Ricardo, ao enquadrar o aeroporto como obra para gente rica. Coitado, não enxerga sequer os votos das centenas de famílias do sertão da Paraíba que usam o aeroporto de Juazeiro, para vir do Sudeste, de Brasília todos os anos... Lembro também o deslize de outro correligionário de Ricardo, prestativo, trabalhador, inteligente, mas que embarcou em onda burra, deixando escapar não ser o aeroporto prioridade para o governo do PSB! Que é isso, companheiro?

Eu disse aos colegas do MAC que erramos ao encaminhar, via DER, os problemas do aeroporto, ao invés de fazê-lo junto à Secretaria de Turismo e Desenvolvimento. Quem deve conduzir as ações dirigidas para desenvolver o estado é o secretário Renato Feliciano. Pelo menos ele tem obrigação funcional e política de tratar dessa questão. Não o fez até agora. Nem mesmo tentou incluir Cajazeiras no programa do governo Dilma de estímulo à interiorização de linhas aéreas regionais. Portanto, o MAC errou. O erro maior, todavia, é do governo estadual, ao dar tratamento secundário a um importante equipamento destinado a impulsionar o desenvolvimento do sertão paraibano. Não apenas de Cajazeiras, como enxerga Efraim Filho.

Disseram-me que o secretário Feliciano esteve em Cajazeiras, porém, não se ouviu dele uma palavra acerca do aeroporto! Os companheiros da imprensa, por sua vez, nada lhe perguntaram sobre o tema, talvez, inibidos pelos gritos do trêfego porta-voz de Ricardo na região do Rio do Peixe, para quem o aeroporto é coisa de rico... Enquanto isso, o preguilesma cochila junto à cerca do aeroporto, deitado na babugem nascida com as chuvas de fevereiro...


terça-feira, 5 de março de 2013

Prefeitura de Cajazeiras, Governo do Estado e entidades promoverão I Festival da Voz Mulher



A Prefeitura Municipal de Cajazeiras, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba, AMASP, Centro da Mulher 8 de março e  Secretaria de Cultura do município vão realizar o I Festival Voz Mulher, na cidade de Cajazeiras, durante as festividades alusivas ao dia internacional da mulher. O evento terá duas etapas, compreendendo uma eliminatória e uma final, onde concorrerão 21 interpretes femininas da rede educacional de Cajazeiras, distribuídas da seguinte forma: 7 concorrentes das Escolas do Município; 7 das Escolas Estaduais e 7 das Escolas particulares.

A primeira etapa do Festival acontecerá no dia 7 de março, quando serão selecionadas as 8 interpretes para etapa final da disputa que acontecerá às 15 horas, no Colégio Dom Moisés Coelho e às 20 horas na Praça do Leblon, respectivamente.

Duas Comissões Julgadoras, com 6 membros, sendo uma artística e outra técnica, se encarregarão de avaliar e escolher de forma presencial as 3 primeiras colocadas do certame, que serão contempladas com a seguinte premiação: a primeira colocada ganhará um 1 tablet, R$ 100 reais e comenda; a segunda colocada, 1 tablet e comenda e o terceiro lugar 1 aparelho celular e uma comenda.

Fonte: Secom e cenariopb.com.br (Cristiano Moura)


Ilustres imagens representativas de nossa cidade.




) No tempo das volantes. Militares de Cajazeiras. Zé Maia 
(com sua túnica de oito botões), Soldado Didi (morto na explosão da 
bomba do Cine Apolo XI), Cabo Sérgio e outros.

) Nosso "trupizupe" Esmerindo Cabrinha, Zeílton Trajano e integrantes 
de uma Orquestra de Frevo no Carnaval de Pombal.

) Nosso querido e ilustríssimo Monsenhor Vicente Freitas (ainda jovem
ao lado de senhores e senhoras da sociedade Pombalense.

(fotos restauradas)