quinta-feira, 24 de maio de 2018

MOVIMENTO CULTURAL POESIA NO CORETO PRESTARÁ HOMENAGEM AO POETA IRISMAR DI LYRA





O Movimento Cultural Poesia no Coreto, vai realizar dia 07 de junho (Quinta-Feira), seu segundo sarau temático. O evento acontecerá às 19 horas, na Praça da Matriz de Nossa Senhora de Fátima – popularmente conhecida de Praça da Cultura. Nessa segunda versão, será prestada uma homenagem ao poeta e escritor contemporâneo Irismar di Lyra, ativista cultural e autor de vários livros. No decorrer da homenagem, haverá intervenções dos poetas Linaldo Guedes, Gildemar Pontes e Lenilson Oliveira sobre a poética do homenageado. Como será realizado muito próximo do dia 12, os Poemas Temáticos do Poesia no Coreto do próximo dia 7 de junho, versarão sobre o Dia dos Namorados, conforme aprovado na reunião preparatória realizada no dia 17 último, pelo grupo organizador do sarau. Na oportunidade, o homenageado recitará alguns de seus poemas e falará sobre seu processo de criação, das suas atividades artísticas e culturais.

Os poetas Lenilson Oliveira e Irismar di Lyra



sábado, 19 de maio de 2018

"BACURAU", FILME DE KLEBER MENDONÇA E JULIANO DORNELLES, TEM ATORES DE CAJAZEIRAS NO ELENCO


Buda Lira, Suzy Lopes, Thardelly Lima, integram o elenco do filmo "Bacurau".


Depois de dois meses de filmagem a produção do filme Bacurau - coescrito e codirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, teve suas gravações concluídas. O filme apresenta no seu enredo, a história de Bacurau um pequeno povoado do sertão brasileiro, onde morava Dona Carmelita, uma mulher forte e querida por quase todos, falecida aos 114 anos. Após a sua morte, dias depois, começam os sinais de que a tranquilidade de Bacurau estará sob ameaça. Umas sequências de incidentes mergulham o vilarejo numa tensão crescente. No entanto, muitos não contavam com um detalhe: que no passado desse lugar extraordinário estava adormecido um talento especial para a aventura. No filme, o vilarejo de Bacurau está localizado no sertão do Nordeste e as filmagens foram realizadas na localidade da Barra, município de Parelhas, Rio Grande do Norte, Região do Seridó Potiguar, divisa com a Paraíba. O filme é uma coprodução entre Brasil e França. A equipe técnica contou com mais 150 profissionais, entre técnicos e elenco, os esses profissionais de quatro países. O elenco foi composto de 44 atores, entre esses três atores de Cajazeiras: Suzy Lopes, Thardelly Lima e Buda Lira, além das estrelas, como, a atriz Sônia Braga, o ator alemão Udo Kier e Karine Teles, de Que Horas Ela Volta. O filme teve a cidade de Parelhas como base de apoio, desde janeiro na pré-produção até as filmagens.

O elenco durante as filmagens de Bacurau.







domingo, 13 de maio de 2018

O REISADO QUE CAJAZEIRAS TEVE



IV Festival Nacional do Folclore - Imagens de uma apresentação do Grupo de 
Reisado de Cajazeiras nesse evento. 


cleudimar ferreira



O Grupo de Reisado; a Banda Cabaçal; Os Caretas e o Jaraguá de Cajazeiras; esse último criado pelo mestre brincante João de Manezim, constituíam a autenticidade mais  popular e expressiva do folclore e da nossa cultura. Quem viu e quem viveu os momentos de brincadeiras, boa parte protagonizadas nos anos 70 e 80 pelo Reisado ou apresentadas por uma dessas vertentes do folclore da nossa cidade, sabe que não foi em vão o trabalho feito pelo antigo NEC/UFPB, na ajuda direta do soerguimento desses grupos brincantes. Entretanto, os tempos passaram, as mudanças surgiram e o tempo sucumbiu nossas raízes, jogando todos eles na linha do esquecimento.
Lembro as imagens que via nas consolidadas Feiras de Artesanato do NEC na Praça das Oiticicas. Quantas lembranças... Por mais distante que ficou, elas ainda não saíram do meu subconsciente. Elas, ainda me reportam aqueles momentos inesquecíveis, onde o destaque de tudo era o Grupo de Reisado, com suas coreografias ritualizadas por jogos de espadas, que quando batiam uma na outra, cuspia fogo, provocando tensão e perplexidade nos curiosos que visitavam a Feira de Artesanato.
Não temos mais essa magia diante dos nossos olhos. O desmanche, a inoperância provocativa de quem poderia ter cuidado mais de nossas raízes culturais, jogou tudo no esquecimento. Jogou dentro de um baú velho a inteligência cultural de nosso povo. Restaram as recordações, e essas, eles não vão tirar da cabeça de que amou, e nem tampouco, de quem ainda ama a cultura de Cajazeiras. De quem a defende. Quiseram banir tudo, varrer para debaixo das suas consciências falhas nossas manifestações folclóricas e culturais, sem deixar procedência nem descendência.
Num pequeno texto de 1978, mas repleto de detalhes, o Professor da UFPB Roberto Benjamin, expõe as características e as dificuldades do nosso extinto Reisado de se manter vivo, promovendo cultura em Cajazeiras. O texto produzido por Benjamin, teve como base depoimentos de membros do grupo, durante uma das versões da Festa Cultural de Nossa Senhora do Rosaria, em Pombal, Paraíba, o qual transcrevo a seguir. Escreveu assim o professor Roberto Benjamin: 

Em 1973, o grupo estava constituído de dez a doze folgazões, que vestiam calças brancas e camisetas, com uns pouco vidrilhos, em forma de estrelas. [...] Um boi dançou na porta da igreja, enquanto o grupo dançava no interior. [...] havia outras figuras, como uma burrinha, que não viera por não terem conseguido pano para cobrir a armação. [...] A orquestra estava composta de violão e pandeiros, um apito que com a marcação do sapateado e o canto, completava a parte musical. [...] Naquele primeiro domingo de outubro de 1975, o Reisado apresentou-se com o "reis", o general, e o Mateus, além dos folgazões. Todos os participantes do grupo portavam espadas de madeira. [...] O entrecho dramático narra o que poderia ser uma revolta na corte do rei do Clarião, do Congo, comandada pelo Secretário. O Mateus trunca o sentido das embaixadas e precipita a guerra. Ao final morrem o "reis" e o secretário [...] O Mateus é consultado sobre a duração da guerra e verifica as horas em seu relógio ... A sequência é encerrada com uma exaltação cívica da bandeira brasileira. Roberto Benjamin, 1978.




fonte: BENJAMIN, Roberto. Festa do Rosário de Pombal. Editora Universitária UFPB, 1978

sábado, 12 de maio de 2018

SURGE A NOVA POESIA DE CAJAZEIRAS


  Cleudimar  Ferreira  


Coreto da Matriz Nossa Senhora de Fátima, Cajazeiras.


A agitação literária em Cajazeiras, chegou nos dias atuais, carregada de história e amadurecimento. Isso por que, em meio a muitas e tantas experiências no campo da produção das letras na cidade, foram frenéticos os movimentos alternativos que surgiram, manifestando o enaltecimento da poesia como vitrine principal dessa produção. Até parece que Cristiano Cartaxo (1887-1975), já sabia que suas “musas”, haveriam de continuar sendo produzidas por gerações e gerações.

Mesma sendo frutificadas por poetas anônimos, a poesia em Cajazeiras seguiu numa incubadora lírica, a espera de momentos para se mostrar, se revelar. Foi assim mais altiva nos anos 70 e 80, com os recitais do Grutac e na afirmação dos festivais de poesias do Gimc, do Centro Cívico Olavo Bilac e depois com as esporádicas mostra da AUC, durante as realizações de suas semanas culturais. Esse período, talvez, tenha sido o mais efervescente momento da poesia cajazeirense, no qual se destacaram vários novos poetas, entre eles, o poeta e escritor Irismar di Lyra, autor de consagrados livros, como: "Cantata Para o Agora" e "Reflexos"

Na atualidade, surge do WhatsApp, nascimento do Grupo Poesia no Coreto, com objetivo de intervir de formar decisiva nas políticas culturas e literárias de Cajazeiras. Assim revela o “Poesia no Coreto”, que reúne poetas já consolidados no cenário literário, como Lenilson Oliveira, Carlos Gildemar Pontes e o recém-chegado Linaldo Guedes, a outros mais jovens. Lenilson Oliveira, idealizador do projeto, afirma que o Poesia no Coreto nasceu da ideia de um grupo de WhatsApp, inicialmente batizado de Cajazeiras de Poesia, com a intenção de aproximar poetas da cidade através da postagem de poemas próprios para leitura e discussão internas por parte dos membros.

“Pouco tempo depois, vimos a necessidade de sair da comodidade virtual e partir para encontros reais, tendo o primeiro acontecido em 5 de abril deste ano, considerada a data oficial de criação do movimento. A partir deste primeiro encontro, começamos a definir o que pretendemos com o Poesia no Coreto, sabendo ser um processo contínuo, sem nada muito ‘amarrado”. A primeira definição foi dos encontros sempre na primeira quinta-feira de cada mês no Coreto da Praça da Matriz, com uma reunião prévia da organização em locais alternados. Um dos passos principais a partir deste início será envolver mais e mais fazedores e leitores de poesia”, comenta.

Além dos saraus e homenagens a poetas e escritores da terra, o Poesia no Coreto pretende, também pretende organizar uma antologia dos poemas temáticos do grupo, realizar oficinas literárias e, ainda, ter vez e voz nas discussões sobre os espaços para a literatura em Cajazeiras. O grupo, que se reúne em torno do Coreto da Igreja Matriz da cidade, tem como fundadores os poetas: Lenilson Oliveira, Linaldo Guedes, Carlos Gildemar Pontes, Fernando Inácio da Silva, Wanderley Figueredo, Ronielle de Oliveira, José Paulino Bento Ferreira, Haldemy da Silva Lins, Suelli Dias de Freitas, Francisco Ernandes e Ana Cleuda.


Grupo de poetas integrantes do "Poesia no Coreto", em Cajazeiras.





  com informações:   osguedes.com.br  
  fotografias:   Haldemy Lima  

segunda-feira, 7 de maio de 2018

BONITA HOMENAGEM DO FILHO AO HISTORIADOR E ESCRITOR CAJAZEIRENSE DEUSDEDIT LEITÃO

   in memoriam...   




Wilton Cesar Leitão

Há pessoas que se encanta, não morrem. 07 de maio. Vivo Deusdedit Leitão faria mais um ano de vida. Deus criou uma estrela dando o seu contributo para que o mundo fosse melhor. E que fosse luz em cada escuridão por onde passasse. Fez Deusdedit colhendo risos e recolhendo lágrimas, se de alegria se transformando em orvalho de felicidade caído do céu da vida. Se lágrimas de tristeza, que fosse liquefeito gotejando em pedaços. Cada dia que passou foi distribuindo luz. Assim foi sua vida, no reino da escolha, que a vida oferecera.

Antes da primeira flor e da primeira ave, antes mesmo da primeira estrela e da criação do mundo, alguém pensou nele. Antes de nascer já era uma ideia de Deus, nos segredos de sua eternidade.

A saudade da sua presença vem como uma brisa. É como o vento, sinto sua presença, sem sentir, é quando me toca, sem tocar. Assim a saudade me envolve, me sopra, me tange.

Cada homem é palavra de Deus que Ele uma só vez pronuncia para a eternidade escutar. Aos filhos diria: Por onde passar leve a beleza que em você deixei. Você é minha ovelha hoje. Será meu pastor manhã, cada um terá o seu próprio rebanho...

Na realidade as lembranças do passado não nos permite trazer outro sentimento a não ser saudade. É pura nostalgia, é tudo o que fica de tudo o que se amou.

Aprendi que a vida se faz do que perdi amando, e do que amei perdendo, falemos então da saudade. No futuro ele será norte para minha caminhada, do presente a memória muitas vezes me fere.

No passado foi minha grande referência. Porque saudade mesmo não se localiza num ontem, hoje ou amanhã. Está em todos os momentos e em momento nenhum se basta. Passa o tempo e ele se recusa a passar. É um desajustado do mundo. O que ele quer mesmo é se eternizar.

Feliz aniversário pai...a nossa maior referência.... 
No amor e na vida quem ama não esquece...