As
terras do Sítio Catolé constituem parte das sesmarias doadas a Inácio Cabral da
Cunha e sua mulher: Bernarda Domingues de Azevedo, em 1732. A
propriedade desses dois primeiros colonizadores iniciava se no Sitio Santo
Antônio, um pouco além da Barragem que margeia a BR 230. Partindo
do Sul em direção ao Norte, a dita propriedade se estendia até o Sítio Calixto.
Tinha esta propriedade, o nome de data do Riacho do Catolé. Eis, pois, o nome mais antigo do Sítio: Riacho do Catolé. Não é fácil entender de imediato, as configurações históricas dessas propriedades, pois, já no século XVII, seus proprietários, venderam partes das mesmas.
A mais primitiva pertencente a Inácio Cabral da Cunha e sua mulher, tinha o nome de: Data de Santo Antônio. No limite sul, ambos se encostavam, na altura da Ponte que fica sobre o Riacho da Curicaca, pertinho da concessionária Fiat. Sei bem que, por outra direção, mais referida aos Sítios: Cachoeirinha e Pé de Serra, três outras Sesmarias atingiam o município de Cajazeiras.
As
duas que mais aparecem como bem conhecidas, são: a Data do Formigueiro, doada a
João Manoel Dantas, em 20 de Maio de 1752 e a Data das Sobras da Lagoa de São
Francisco, Doadas a Luiz Gomes de Albuquerque, em 7 de Fevereiro de 1767.
A
Data do Formigueiro atinge o pé de Serra. A Data das Sobras da Lagoa de São
Francisco, pega grande parte da Cachoeirinha e do Catolé dos Macieis, lugar de
morada do Velho Moisés, de saudosa memória.
A surpresa que me toma, é saber que, houve também, outra Data de Terras, denominada de: Sobra da Data do Catolé. Esta, doada em 7 de Agosto de 1788, a João Carvalho da Silva. Esta data, de complicada localização tem, também, seu lugar ao sol, na história territorial do catolé.
O
Catolé, propriamente dito, tem seu fundador. Vicente Marcos de Paiva e a data
de fundação foi a de 29 de Outubro de 1754. Esta se configura como dará
oficial, porém, é quase certo que, seus vaqueiros, já enveredavam pelo velho
Catolé, antes daquele dia e ano.
Embora,
pioneiros na história da colonização do território do município de Cajazeiras e
de parte do Catolé, em particular; Inácio Cabral da Cunha e Bernarda Domingues
de Azevedo, não levam o troféu de fundadores do Catolé, porque, mesmo que suas
terras tenham atingido consideravelmente o Catolé, a sede da Fazenda, ficava no
Santo Antônio do Bé e não no Catolé. Quero dizer: suas terras atingiam o
Catolé, por extensão.
Contudo,
o referido casal, teve sua parcela de contribuição para o desenvolvimento de
parte do Catolé e por isso, tem seu lugar em nossa história.
Luiz
Gomes de Albuquerque e sua esposa, Luiza Maria do Espírito Santo, foram de
grande importância para a história do Catolé, visto que, além das terras que
tinham por Sesmarias, compraram muitas partes das outras Sesmarias que atingiam
o Catolé.
João Carvalho da Silva era pelo que me parece, descendente do grande estrategista, Manoel Araújo de Carvalho. Ele foi o último dia, pioneiros colonizadores das terras do Sítio Catolé.
O
Catolé era um todo, com esse nome. O segundo nome mais antigo, era o da Barra
do Catolé, pois, aparece nos documentos oficiais com esses nomes, desde 1754.
Os outros nomes de Sítios foram surgindo depois. O mais primitivo era: Riacho do Catolé. Começava na ponte da Curicaca, rasgava parte do Bairro Vila Nova, margeando a estrada que vai para São João do Rio do Peixe.
Um dos nomes mais antigos que surgiu no velho Riacho do Catolé foi o do Sítio Calixto. Este nome, conjectura que foi dado, homenagem a um dos artistas mais antigos de Cajazeiras, cujo nome era Calixto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário