quarta-feira, 29 de julho de 2020
“Arte em Cena Digital” seleciona mais de 80 artistas paraibanos para mentorias com alunos da Rede Estadual
sábado, 18 de julho de 2020
LEMBRANDO A ATRIZ LACY NOGUEIRA
terça-feira, 14 de julho de 2020
CARTA AO GOVERNO DA PARAÍBA
Prof. Damião Ramos Cavalcanti;
Walter Galvão Peixoto de Vasconcelos.
carta divulgada na página social do teatrólogo: https://www.facebook.com/tarcisio.pereira.12
terça-feira, 7 de julho de 2020
MEU CINEMA PARADISO
Pois, quando era para ser inserido o segundo rolo da película em “epígrafe”, “Zé Sozinho” bradou num megafone (confeccionado de lata de querosene, por seu Joaquim “flandeleiro”):
- “Vocês preferem que eu coloque a segunda parte de Tarzan, o Rei da Selva ou a primeira parte de Django Vem para Matar?
Confesso que foi o único desalento que tive
de “Zé Sozinho”, pois as películas que tive a oportunidade de assistir
posteriormente, inteiras, vale ressaltar, foram excepcionalmente significativas
para um pré-adolescente, com o cérebro em ebulição, que acabara de se encantar
pela Sétima Arte, a exemplo de: Salute to marines (não me lembro do nome em
português), Espartacus, Lawrence da Arábia, Cleópatra, Era uma vez no Oeste, A
Conquista do Oeste, Doutor Jivago, Bem-Hur, e muitos outros épicos americanos,
em que minha memória, já desgastada pela ação do tempo, não permite lembrar.
Hoje, aqui sentado, numa confortável
poltrona, numa luxuosa sala de exibição, de um ostentoso Shopping Center, onde
tive o “insight” de escrever esta crônica, eu pergunto, a mim mesmo: - “Por que, aqui não sinto a atmosfera mágica
e encantadora que sentia, quando na minha pré-adolescência, sentado em meu
banquinho de madeira, assistia as exibições cinematográficas de Zé Sozinho?”.
Uma voz, serena e de tom poético, saindo do
meu subconsciente, responde:
- “Fernando, Zé Sozinho, não apenas,
projetava películas, ele projetava sonhos, especificamente, o sonho dele mesmo,
quando decidiu perambular, pela estrada da vida, a levar arte e encantamento
pelas bibocas de um sertão tão inóspito, que para a maioria das pessoas, apenas
sobreviver, já é ter vencido uma grande batalha”.
Ao que “meu eu” consciente, responde:
- “Verdade, Zé Sozinho projetava sonhos!”
Mas, não apenas projetava, ele realizava sonhos.
“Como realizou o meu sonho, de ser ator
coadjuvante, na vida real, no meu Cinema Paradiso, nos meus tempos felizes de
menino”.
João Pessoa
16 de maio
de 2016