quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Vida, uma viagem experimental.

Imagem sem referência de autoria















De repente, me dei conta que o tempo passou rápido demais. Na minha subida degrau por degrau, fui 
longe, e cheguei ao topo... Incansável, quase sempre ofegante pela pressa tropecei e levei muitos tombos. Queria ser sempre a primeira.
Que tolice! Tudo é em seu tempo.
Descobri que o meu tempo agora é muito menos do que eu já vivi ao longo de minha vida. O tempo é efêmero, agora, com cautela tenho que descer a escalada que fiz devagarinho para não tropeçar denovo.
Não preciso mais de tanta pressa, quero viver com mais sabedoria e menos ambição, conhecer melhor as pessoas que são verdadeiras e amigas. Os títulos? Esses, o tenho muitos; sou grata por todos os que me honraram.
Quero embalar a essência de minha alma que é o amor, a paz, aprender ensinando e, sentir a eterna busca do conhecimento.
A beleza da vida encontrarmos nas pequenas coisas úteis que podemos proporcionar aos nossos irmãos.
Nessa sociedade imediatista, quero descartar tudo que é supérfluo.
Posso sonhar de Sonhar, mesmo assim, quero ver mais claro a objetividade de tudo e sentir com mais conforto o sentimento externo da vida.
Se gosto de escrever é porque também gosto de servir. A escrita é serviço do conhecimento ao dispor do leitor. No trabalho literário, sou sua serva. Quem não gosta não me lê. Meu espírito de crítica própria, não me permite falar só do perfeito.
Somos imperfeitos, a vida é vivida beirando os dois polos: O certo e o errado. Portanto, no pouco que escrevo sou imperfeita também. Mas vale apena, porque a obra é mais valiosa do que a ausência de palavras, pois é no silêncio da alma que se reconhece a incapacidade de agir e ajudar.
E nessa caminhada, agora, descendo os degraus, quero caminhar firme, construir sonhos, espalhar e essências para os que vierem depois de mim. Quero deixar amor, deixar escrita, deixar saudades, pois não "Ah saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram".
E o não gostar de ler, é o não gostar do conhecer.
Nessa minha meditação só sei que: somos quem somos e, muitas vezes, somos quem não somos, quando perdemos a nossa essência.
Isso é a vida pronta e misteriosa.

Vilma Maciel 22.12.2021. 


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