segunda-feira, 11 de julho de 2016

Anos de chumbo: juventude em luta na terra do Padre Rolim (II)

Luiz Alves

Desculpem a falha cometida em “Anos de Chumbo (I) ”. Na verdade, o amigo Edival Nunes ingressou no Seminário em 1968 e não no ano seguinte ao protesto simbólico do padre Gervásio. Em 1967, o Edival estudava na Escola Pedro Américo. Mês de agosto, início da segunda quinzena, passa na escola o líder estudantil Adalmir Coelho, um jovem dos seus 20 anos, convocando para uma manifestação no dia da emancipação da cidade, 22 de agosto.
Adalmir dizia que os bajuladores do imperialismo estavam insultando a consciência dos jovens. Explicou que era uma tradição, no dia da emancipação da cidade, os grêmios fazerem manifestações com protestos contra a ditadura e o imperialismo, além de apresentarem reivindicações. Nesse ano, os bajuladores dos Estados Unidos iriam desfilar e coroar a rainha da Cruzada ABC, uma campanha de alfabetização orientada pelos Estados Unidos da América do Norte (EUA). Era parte da Aliança para o Progresso1
Ele afirmou que os Estados Unidos viviam sugando as riquezas do Brasil e agora queriam se passar por bonzinhos. Disse que um acordo de educação estava sendo negociado entre os governos do Brasil e EUA (MEC/USAID); era um absurdo, e se fosse firmado, o ensino passaria a ser pago e só os ricos teriam acesso à educação, especialmente em nível superior. Então, a manifestação do dia 22 de agosto seria para se contrapor a isso. A Aliança para o Progresso, explicou, era uma farsa para fazer lavagem cerebral, mediante a distribuição de comida de péssima qualidade para o povo, apodrecida, cheia de gorgulho.
Dia 22, pela manhã, cerca de cem estudantes estavam reunidos para o Ato, junto a mil pessoas que esperavam o desfile passar na Praça Coração de Jesus. Os garotos estavam sem farda da escola, a pedido das direções, que não queriam comprometer seus estabelecimentos de ensino. Foram orientados na hora por Adalmir. Quando ouvissem um apito, partiriam para o ataque. Invadiram o carro alegórico da rainha da Cruzada ABC. Era uma bela jovem, filha de um comerciante conhecido. Tomaram a bandeira dos Estados Unidos e da Aliança para o Progresso e as queimaram. Adalmir fez um rápido discurso. Quando alguns estudantes arrancaram a faixa da rainha, a roupa veio junto e ela ficou somente com as peças íntimas. Foi um escândalo. A ação foi rápida, durou uns dez minutos.
Quando o Tiro de Guerra chegou, já haviam alcançado o objetivo. Houve grande repercussão na cidade inteira. Travou-se uma luta corporal entre os estudantes e uns 30 ou 40 soldados comandados pelo sargento Barbosa.  Alguns ficaram feridos, mas nada grave, e cerca de dez manifestantes foram presos e levados para a Delegacia de Polícia. Era meio dia.


Foram soltos pelas 22 horas, graças à interferência do monsenhor Vicente Freitas, diretor do Colégio Comercial, e de João Bosco Barreto, que terminara o curso de Direito em Recife, onde fora presidente do DCE da Universidade Católica (UNICAP) e estava começando a exercer a profissão de advogado e a carreira política em Cajazeiras.
No dia seguinte, os comentários nas emissoras de rádio eram todos contrários aos estudantes, pelo ato agressivo, afetando a honra de uma moça da sociedade (só que ninguém tocara nela; apenas ficou desnudada, por acidente, pois a intenção era somente retirar a faixa). Nenhum comentário a respeito do conteúdo do protesto.
Adalmir não estava entre os presos; passou um tempo foragido, procurado como incitador da “ação subversiva”. Sem o principal líder, o Movimento Estudantil refluiu e Cajazeiras não participou das grandes mobilizações juvenis de 1968. A atuação da esquerda no Movimento Estudantil seria retomada por nós no inicio da década de 70, sob a sombra do AI-5 e a espada do Decreto 477. Era "Ditadura Escancarada".




1 A Aliança para o Progresso foi um programa criado em 1961 pelo Governo dos Estados Unidos, durante a presidência de John Kennedy, para “ajudar” a América Latina. De fato, uma cartada visando a amenizar as condições de vida e atrair a simpatia dos povos do Continente para os Estados Unidos, a fim de evitar revoluções como a cubana em 1959, que aliara o país à União Soviética (URSS).

quarta-feira, 6 de julho de 2016

UMA CRÔNICA SOBRE A CIDADE DE CAJAZEIRAS E A SUA POSIÇÃO NO TEMPO E NA CONTEMPORANEIDADE.


Cajazeiras: uma cidade para morar e amar

Por José Antonio



A cidade de Cajazeiras já possui itens positivos que oferecem certa qualidade de vida, embora exista ainda muita “desurbanidade”.
Podem-se enumerar alguns itens que precisamos conquistar: 1. Rede de esgotamento sanitário, iniciado na década de setenta, ainda é insignificante. 2. Grandioso déficit habitacional. 3. Tensão no trânsito ocasionada pela falta de planejamento moderno e que possa atender ao enorme aumento de veículos. 4. Opções urbanísticas equivocadas, provocadas pela especulação imobiliária. 5. Inoperante prestação de serviços nos setores de água e energia, dentre outros têm sido fatores que contribuem para desumanizar a cidade.
Quantas ruas existem nesta cidade sem esgotos e calçamentos? Quantas avenidas e ruas sem saídas? O próprio centro da cidade é um caos urbano e como dói aos nossos olhos ver prédios abandonados, terrenos baldios cujos proprietários vivem da sanha imoral da especulação imobiliária.
Não estaria na hora de fazer um amplo seminário para se discutir o que significa crescer, morar e envelhecer nesta cidade e também, o que significa ser cajazeirense? O centro desta cidade está ainda muito distante de ser concluído do ponto de vista urbanístico e arquitetônico.
Qual o habitante desta cidade não gostaria de ver nela uma excelente iluminação pública, um completo sistema de abastecimento d’água, ruas, praças e avenidas completamente arborizadas e um amplo esgotamento sanitário. Com todas as suas avenidas, ruas e vielas calçadas a paralelepípedos ou asfaltadas. Um número maior de praças bem ajardinadas. Suas calçadas sem obstáculos e sem uma imensa leva de camelôs que obstruem com suas mercadorias os espaços dos pedestres, sem falar ainda na ocupação das mesmas pelos deseducados proprietários de veículos.
Esperar soluções destes problemas apenas pelo poder público é sonhar demais. É preciso que exista também uma determinação das pessoas de se engajarem em iniciativas que redundem na melhoria da qualidade de vida de nossa cidade. O visual urbano não agrada aos olhos.
“Cajazeiras meu amor, Cajazeiras, minha paixão”, foi um dos slogans que mais me empolgou, de todas as campanhas já feitas em Cajazeiras. Pela primeira vez um candidato a prefeito externou de forma clara e contundente o seu amor por Cajazeiras.
Carlos Antonio foi eleito prefeito de Cajazeiras sob a bandeira da renovação, mas o charme e a beleza da campanha e que provocava o delírio das multidões nos comícios era o “Cajazeiras, meu amor, Cajazeiras minha paixão! ”, mas que infelizmente este grito não ecoou no coração do povo desta cidade no sentido de transformá-la na cidade mais limpa e bela da Paraíba.
Dra. Denise tem conhecimento dos imensos problemas urbanos que existe nesta cidade. Tem solucionados muitos deles e de que terá um imenso trabalho para que sejam resolvidos. Todos estão sentindo uma mudança de atitude, cujo fundamento é no sentido de humanização da cidade que amamos, moramos e desejamos terminar os dias de vida nela.
Agora no mês de agosto estaremos comemorando os 153 anos da cidade e quem sabe conseguiremos tomar consciência e atitude para provocar uma mudança de postura educacional para a humanização da cidade que amamos e escolhemos para morar?
A Ordem do Carmelo e o novo bispo
A Congregação a que pertence frei Francisco de Sales chegou ao Brasil em 1580 quando reinava em Portugal o Cardeal D. Henrique que desejava difundir a fé de Cristo pela nova colônia conquistada e, para tanto, enviou alguns religiosos da Ordem do Carmo na esquadra que tinha por finalidade formar uma Colônia na Paraíba, especialmente para repelir os corsários huguenotes que infestavam o norte do Brasil. O capitão comandante dessa esquadra foi um fidalgo de sua casa, o renomado navegador Frutuoso Barbosa.
Portanto a “casa mãe” da Ordem do Carmo é originalmente paraibana e a Congregação das Irmãs Missionárias Carmelitas foi fundada em 25 de março de 1915, na Basílica do Carmo, em Recife, por Frei Casanova e logo em seguida fundaram a casa de Princesa Isabel (PB), que se tornou o berço da Congregação, sob o apoio do então bispo da diocese, Dom João da Mata. A segunda casa foi o Carmelo em Cajazeiras, criada em 23 de março de 1938 e em 29 de agosto de 1949 foi agregada à Ordem do Carmo pelo Decreto do Prior dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo e foi reconhecida como Congregação Religiosa por Dom Zacarias Rolim de Moura em 08 de outubro de 1960 e antes teve a aprovação da Santa Sé em 10 de agosto de 1960. Tem como missão Viver em Fraternidade Orante e estar disponível para atender aos pobres e excluídos da sociedade. Cajazeiras é a sede da “Curia Generalis” e tem como “Antistita Generalis a Soror Maria Sineide Almeida Ângelo, eleita pelo Concílio Geral em 13 de dezembro de 2010. Frei Francisco de Sales já pegou retiro no Carmelo de Cajazeiras.


fonte: Diário do Sertão

domingo, 3 de julho de 2016

Neste 1º de Julho a Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras comemora seus 49 anos de fundação.


Monsenhor Abdon Pereira  ao lado do deputado
Soares Madruga, corta a fita de inauguração da Rádio
Alto Piranhas no dia 1º de julho de 1966,
sendo irradiada pelo locutor
Zenildo Alcântara
Neste dia 1º de julho, a Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras, completa 49 anos de fundação. É o aniversário de uma história de sucesso, que começou em 1966, quando a cidade teve o privilégio de ganhar a concessão desse importante veículo de comunicação.
A emissora foi concedida a um grupo de religiosos, na época, constituído pelo bispo Dom Zacarias Rolim de Moura, monsenhor Abdon Pereira e monsenhor Vicente Freitas. Os três, representando a Diocese de Cajazeiras, foram os responsáveis diretos pela instalação e seu funcionamento. O Monsenhor Abdon foi o seu primeiro diretor administrativo.
Um fato marcante dessa trajetória aconteceu em 1983, quando a emissora deixou de ser mantida pela Diocese, com o seu controle passando para o empresário Francisco Arcanjo de Albuquerque, de saudosa memória, e hoje continua com os seus herdeiros, sob a orientação de José Antonio de Albuquerque.

No próximo ano a emissora completará 50 anos de existência de bons serviços prestados à causa do desenvolvimento político, social e cultural de Cajazeiras e do Sertão da Paraíba.
Estamos pretendendo para nesta data cinquentenário a inauguração de sua nova sede, cujo projeto já está em fase final de elaboração e que no início do mês de julho daremos início a construção.
Temos ainda dois projetos em andamento, mas que dependem do Ministério das Comunicações: o primeiro é a definição do sistema que o governo federal vai implantar no Brasil para melhorar a qualidade de som das emissoras de Ondas Médias, quando será necessário a aquisição de novos equipamentos e outro é o de aumentar a potência da emissora para o máximo que for permitido pela Anatel.
Na realidade a Rádio Alto Piranhas foi constituída no dia 21 de dezembro de 1961, mas só foi para o ar no dia 1º de julho de 1966, portanto cinco anos depois e este é um fato que marca o pioneirismo de Dom Zacarias Rolim de Moura, que é o seu verdadeiro fundador e autor da ideia, com “finalidades educacionais, cívicas e patrióticas”.

A emissora esteve sob o comando da Diocese de Cajazeiras durante 17 anos, para no ano de 1983 ser transferida a sua concessão para Francisco Arcanjo de Albuquerque, de saudosa memória, que foi seu diretor até novembro de 2002, para em seguida ter como diretora até os dias atuais Maria Antonieta Cavalcante de Albuquerque.
Ao longo destes 49 anos de existência esta emissora se constitui num importante veículo de divulgação de notícias, entretenimento e prestadora de relevantes serviços a todo o sertão da Paraíba, além de se irmanar às causas mais justas do povo e se destaca também na defesa intransigente dos interesses dos menos favorecidos da vida.
Rumando para o cinquentenário, voltamos a reafirmar o nosso compromisso de continuar honrando as melhores tradições religiosas, culturais e educacionais, informando, educando e divertindo.
Quero também destacar que os nossos sucessos vêm dependendo de todos os nossos ouvintes, além de nossos clientes, funcionários e colaboradores. Sintam-se convidados para as celebrações de nossos 50 anos de vida, da “Emissora de Cajazeiras que o Nordeste Conhece”, a Rádio do Povo.


Fonte: Portal do Alto Piranhas

quinta-feira, 30 de junho de 2016

“UM SUCESSO” o Festival de Quadrilha de Cajazeiras.



Embora não esteve ainda no consenso dos grandes festivais de quadrilhas juninas que se destacam nesse período pelo interior nordestino, o Festival de Quadrilhas promovido pela Secult de Cajazeiras, nesse mês de junho/2016, poderá no futuro, se confirmar num grande evento do gênero na região, a exemplo dos realizados em João Pessoa, Campina Grande, Fortaleza/CE e Caruaru/PE.

Os primeiros sinais para que isso aconteça, já foram vistos, e claros ficaram com participação maciça de agremiações vindas dos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Do Rio grande do Norte foram três quadrilhas inscritas; do Ceará, estiveram participando mais quatro quadrilhas que se juntaram a outras treze concorrentes da Paraíba.

Das treze quadrilhas do nosso Estado, nove eram da região de Cajazeiras, vindas das cidades de Cachoeira dos Índios, Sousa, Uiraúna e Bonito de Santa Fé. As outras quatro, vieram das cidades de Aparecida, Campina Grande e Cabedelo. Superando, na opinião dos realizadores, todas as expectativas possíveis.

As quadrilhas trouxeram ao ginásio da AABB, muita arte e muita cultura popular nordestina, simbolizada pelas músicas executadas, nas indumentárias, figurinos e adereços dos seus dançarinos. Ou seja, trouxeram a verdadeira história do povo Nordeste e a sua relação com as festas juninas.

Das vinte quadrilhas inscritas no festival, a “Alegria de Matuto” da cidade de Sousa ficou com o título de primeira colocada. A quadrilha “Dona Aurora” do município de Aurora no Ceará, conquistou o segundo lugar e a quadrilha “Explode Coração” também da cidade de Sousa, acabou ficando em terceiro lugar.

Seis jurados foram responsáveis pelas notas que indicaram a primeira colocada, que recebeu R$ 1.500,00 reais mais troféu; a segunda agremiação, R$ 1.000,00 reais mais troféu e a terceira, a quantia de R$ 500,00 reais e troféu. Também foram premiados com troféus o melhor Casal de Noivos; o melhor Casal Destaque; melhor Rainha e o melhor Marcador.









quarta-feira, 22 de junho de 2016

Anos de chumbo: juventude em luta na terra do Padre Rolim (I)

porLuiz Alves

Sou paraibano, sertanejo, com duas naturalidades. Em São José de Caiana (sítio Pintos), Vale do Piancó, nasci enquanto ser humano. Em Cajazeiras, enquanto ser político consciente, engajado, participativo. Vim para a Cidade que Ensinou a Paraíba a Ler aos 10 anos e meio, para um internato no Seminário Nossa Senhora da Assunção, que tinha como Reitor nada menos que o próprio bispo da Diocese, dom Zacarias Rolim de Moura, exímio professor de Latim e Português, versado na cultura greco-romana.


Agradava-me a vida no Seminário. Excetuadas as horas de repouso, o tempo se repartia em três atividades: o estudo, as orações, o recreio, com variados tipos de esporte. Muito bom. Decepcionei-me, entretanto, com os colegas.   Demorei a me acostumar com a vida longe da família, no meio de crianças e adolescentes (em torno de 60) que eu imaginara bem-comportados, estudiosos, puros, em busca da santidade. Na verdade, um punhado de "diabinhos" – salvo exceções – que tripudiavam sobre os mais fracos, aproveitavam as deficiências para apelidar cruelmente os outros: “burra- cega, guaxinim, mão-pelada, enterra-vivo, bacorinho, porco-espinho, etc.)". Eu ganhara o nome de Castello Branco, porque me achavam parecido com o marechal-presidente. Que tranquilidade! Até me soava como homenagem; algum tempo depois, é que viria considerar uma ofensa o tal apelido.

O ano era 1965. O Brasil vivia sob o regime ditatorial instalado em 1964, mas eu não sabia de nada. Nem o Concílio Vaticano II era comentado nas aulas ou nas prédicas do bispo e dos padres que nos acompanhavam. Eu só identificara duas mudanças: uma, que me frustrou: o uso da batina, abolido para os seminaristas e opcional para os sacerdotes, e outra que me agradou: a celebração da Missa em língua portuguesa e com o celebrante de frente para o povo. Eu estava acostumado a ajudar o padre Nicolau em Ave Maria (distrito de São José de Piranhas) nas missas celebradas em latim e com o sacerdote de costas para os fiéis.

Certo dia, aí pelo final de outubro (1965), encontrava-me sozinho, pensativo, avaliando as mudanças que tinham acontecido em minha vida, quando escuto um grito:


- Vamos enforcar Castello Branco!

A voz era do padre Gervásio1, professor de música, um sacerdote culto, admirado por todos. Castello Branco2 era eu. Enquanto tentava adivinhar o que se passava, dobra o corredor um grupo de uns dez meninos, padre Gervásio à frente. Este me agarra pelo curto pescoço e sai me arrastando enquanto os colegas gritavam sem contemplação: "Enforca, Enforca!". Chegando ao pátio e sem direito a discurso, padre Gervásio simula meu enforcamento. Fiquei assustado, meio sem jeito. Ninguém me explicou as razões dessa brincadeira, para mim, de muito mau gosto.

Só vim compreender o que acontecera com a chegada ao Seminário no ano seguinte de um jovem originário de Serra Grande, meu quase conterrâneo, Edival Nunes da Silva, que não recebeu apelido algum. Era simplesmente Edival. Mas anos depois ficaria conhecido nacional e internacionalmente como CAJÁ, apelido que lhe foi outorgado não em referência à fruta, mas exatamente à nossa histórica cidade, berço da cultura paraibana, a Terra do Padre Rolim.
LUIZ ALVES: Advogado e consultor nas áreas de Associativismo, Cooperativismo e Economia Solidária, trabalhou na década de 70 como redator e repórter no Departamento de Rádio Jornalismo das emissoras DRC e Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras.



Monsenhor Gervásio Fernandes Queiroga. Nasceu em 1934 em Uiraúna (PB); é doutor em Direito Canônico e mestre em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, bacharel em Ciências Jurídicas pela UFPB, Assessor da CNBB e fundador do Instituto Jesus Missionário dos Pobres. Humberto de Alencar Castello Branco (1897-1967). Foi um dos principais articuladores do Golpe de Estado de 1º de abril de 1964, na condição de marechal do Exército, e o primeiro Presidente da República do ciclo da ditadura militar, que durou 21 anos (1964-1985). Governou de 1964 a 1967, ano em que morreu num acidente aéreo mal explicado em Fortaleza, sua cidade natal.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

FESTIVAL DE QUADRILHA JUNINA

Vinte quadrilhas vão se apresentar em Cajazeiras

Mais uma vez a Prefeitura de Cajazeiras, por determinação da prefeita Denise Albuquerque vai promover o festival de quadrilhas. Estão abertas as inscrições para o III Festival Regional de Quadrilhas Juninas de Cajazeiras. Foram disponibilizadas 20 vagas para quadrilhas de toda região.
Os interessados podem se inscrever até o dia 20 de junho, por e-mail ou na sede da Secretaria Executiva de Cultura de segunda a sexta-feira das 08h às 12h. O festival acontece no dia 26 de junho na AABB e a entrada será aberta ao público.
Para realizar a inscrição é preciso enviar um e-mail, informando o interesse em participar do festival, preencher uma ficha de inscrição e encaminhar para o endereço festivaldequadrilhas2016@gmail.com. A ficha de Inscrição deve ser devidamente preenchida e com anexo de cópias: xerox de RG, CPF e comprovante de residência do responsável pela inscrição e CNPJ, caso a quadrilha possua.
Premiação -  Seis jurados serão responsáveis pelas notas. O primeiro lugar será premiado com R$ 1.500,00 e troféu, o segundo com R$ 1.000,00 e troféu e o terceiro com R$ 500,00 e troféu. Também serão premiados com troféus o Melhor Casal de Noivos, Melhor Casal Destaque, melhor Rainha e Melhor Marcador.




fonte: Gazeta do Alto Piranhas

domingo, 12 de junho de 2016

Os primeiros fotógrafos de Cajazeiras



LUIS DO FOTO
fonte: Gazeta do Alto Sertão

Luís Antônio Bezerra, Luís do Foto, como era mais conhecido, morreu aos 63 anos, em 2003. Nascido em 15 de junho de 1940, Luís Antônio Bezerra morreu um dia depois de comemorar aniversário. Era um dos mais prósperos comerciantes de Cajazeiras, proprietário da Loja dos Fotógrafos, instalada no Calçadão da Tenente Sabino, e com filiais nas cidades paraibanas de Sousa e Pombal.
Além do sucesso na atividade comercial, Luís Antônio Bezerra era figura marcante na vida social de Cajazeiras. Era membro do Rotary Club e integrava a atual diretoria da Associação Comercial e Industrial de Cajazeiras. Essas duas entidades emitiram nota de pesar, lamentando a morte do comerciante e a perda nos seus quadros.
Luís Antônio Bezerra era um pioneiro no seu ramo de atividade em Cajazeiras e no Sertão Paraibano. Ele começou há algumas décadas, desempenhando o trabalho profissional de fotógrafo. As fotografias tiradas por ele e por outros profissionais da cidade eram reveladas em Juazeiro do Norte, Ceará, porque em Cajazeiras não havia máquina reveladora. Luís teve a ideia de investir num moderno stúdio fotográfico, que cresceu e se expandiu para outros municípios da região. A qualidade dos serviços é a melhor possível.
Bem-sucedido no ramo, Luís Antônio Bezerra era uma referência da arte fotográfica da região, abrindo espaço para outros profissionais que precisavam dos seus serviços, em Cajazeiras, Sousa e Pombal, além de gerar emprego e renda, nessas cidades.
Luís Antônio Bezerra era casado com Dona Mirtes Tavares Bezerra. Tinha quatro filhos: Jaime Bezerra, Josefina, Janaína e Jaqueline. Deixou apenas um irmão, o conhecido Luís Aprígio Bezerra, que também atua no ramo de fotografias, há muitos anos, em Cajazeiras.