Cleudimar Ferreira
domingo, 29 de junho de 2025
E lá se foram o bom José; Antônio; seu João; Pedro e Paulo
domingo, 15 de junho de 2025
A VERDADE SEGUNDO LOBÃO
Os fãs! você que é fã; você
que acredita que, quem faz o sucesso é público. Você está sendo enganado. Isso
é pura ilusão. Não é público quem faz o sucesso. O jogo está viciado meu amigo,
as cartas estão marcadas e os talentos reais são descartados como peças
inúteis, não são mais nada. Não existe arte! que arte, que cultura? existe
somente, o dinheiro, o sistema. Você acha mesmo que é o público que decide quem
vai estourar. (risos...) é a máfia quem decide, quem brilha, quem desaparece. Tem
artista aí que nem olha na sua cara. Esquece que foi você, fã, quem colocou ele
lá em cima, no topo. Porque agora só querem dinheiro, fama. fama rápida. mas
passa.
A humildade sumiu, a gratidão
virou pó e aí, está tudo certo. Está tudo bem, mas até quando? e quantos
talentos já morreram na praia, porque ninguém deu oportunidade. Quantos
artistas estão aí, anônimos. E quanto famosos hoje se recusam, até a tirar uma
simples foto com quem sempre esteve ao lado dele. Já virou rotina. A arrogância
tomou conta. O sucesso subiu a cabaça e o respeito, esse foi embora. Você fã de
verdade, (risos...) merece mais do que isso. E os músicos, merecem respeitos,
dignidade, reconhecimento, porque música de verdade se faz com respeito e não
com humilhação. Pense nisso!
quarta-feira, 4 de junho de 2025
DO SITE 'OS GUEDES'
rádio que desafiou a ditadura militar
Em plena ditadura militar, um dos períodos mais sombrios para a imprensa brasileira, um programa de rádio em Cajazeiras ousou desafiar o regime e levar informação aos trabalhadores rurais. Apresentado pelo padre Gervásio Queiroga na Rádio Alto Piranhas, emissora pertencente à diocese, o programa “Verdade e Vida” tornou-se um marco ao explicar para os ouvintes o Estatuto da Terra, assinado pelo Marechal Castelo Branco.
“O Marechal Castelo Branco pensou em fazer a Reforma Agrária, mas foi barrado. O Estatuto da Terra não intencionou fazer a Reforma Agrária, mas, quase como prévia a ela, promulgou uma legislação específica para as relações entre os senhores da terra e os que, não sendo os proprietários, trabalham na terra alheia. Antes do Estatuto da Terra, as pendências específicas das relações entre proprietários da terra e os que nela trabalhavam eram resolvidas segundo o Código Civil de então. Difícil para um simples trabalhador rural entrar com uma ação, tanto mais quando, antes de Goulart, juridicamente não havia sindicatos rurais que o apoiassem e ajudassem”, esclarece padre Gervásio.
Ele ressalta que pela primeira vez, na região nordestina, camponeses e meeiros encontraram amparo legal para levar os proprietários de terra à Justiça, enfrentando uma estrutura jurídica tradicionalmente atrelada às elites rurais. “Deve-se aqui nesta área à coragem maluca de um advogado, filho de latifundiário, João Bosco Braga Barreto, esse feito histórico. Como se deve a outro advogado, filho de senhor de engenho, Francisco Julião, a organização das Ligas Camponesas. Como se deve a D. Zacarias, filho de grande proprietário de fazendas, promover a formação dos sindicatos dos trabalhadores rurais em toda a diocese”.
O impacto do programa “Verdade e Vida” foi imediato e provocou reações violentas. Padre Gervásio chegou a receber ameaças de morte. Um episódio marcante ocorreu em Jaguaribe, no Ceará, quando um latifundiário sofreu um infarto após ser chamado à Justiça por um meeiro. A família do fazendeiro culpou a Rádio Alto Piranhas pelo ocorrido e ameaçou o padre. Diante do perigo, ele leu a carta com as ameaças ao vivo e declarou que, se algo lhe acontecesse, todos saberiam os responsáveis. “Tô vivo, graças a Deus”, relembra com humor.
Apesar
da pressão de setores conservadores, incluindo a União Democrática Ruralista
(UDR), que tentou encerrar o programa, “Verdade e Vida” se consolidou como um
dos mais importantes veículos de conscientização social da época. A história do
padre Gervásio e seu programa representa um testemunho de coragem e resistência
em tempos de censura e repressão.