quinta-feira, 3 de julho de 2025

A Resistência Cultural: Um Ato de Cidadania

Rui Leitão

Imagem criada por IA

Não há como discutir a questão da cidadania sem reconhecer a cultura como um direito básico. Daí a importância de estimular o desenvolvimento da vida cultural para que se consiga preservar a democracia. Uma sociedade mais justa não pode prescindir do aprimoramento individual dos seus cidadãos através da participação no processo cultural que promova o aprendizado na convivência com as diferenças e adversidades.

A cultura é, indiscutivelmente, uma ferramenta de inclusão social. Através dela se adquire identidade, voz e esperança. Em nosso país, a cultura se manifesta de maneira plural, refletindo nossas tradições e atuando como um poder questionador e promotor de reflexões. É o que podemos chamar de resistência cultural. Um movimento pelo qual parcelas da população, ainda que sob pressão, procuram manter viva a sua cultura, com manifestações que se colocam em oposição a poderes estabelecidos que adotam políticas repressivas.

Foi assim durante os anos de chumbo da ditadura militar. Artistas, escritores, músicos, cineastas e movimentos populares foram à linha de frente do enfrentamento simbólico ao autoritarismo. O teatro de resistência, a música de protesto, os festivais universitários, a poesia engajada - tudo isso foi combustível para manter acesa a chama da liberdade em tempos de censura e repressão. A cultura virou trincheira. O palco virou palanque. A canção virou manifesto.

Em meio à brutalidade do regime, o campo cultural se tornou um dos principais focos de rearticulação das forças democráticas. A arte engajada assumiu papel decisivo na conscientização da sociedade, muitas vezes em aliança com o movimento estudantil, que também desafiava o regime nas ruas e nas universidades.

Era o povo aprendendo a resistir, mesmo sob ameaça. Como seres sociais, somos produtores e guardiões da cultura. E, por isso, não podemos abrir mão do nosso protagonismo na luta por uma sociedade mais consciente, inclusiva e plural. Mais do que nunca, é preciso reafirmar: 

Resistir é preciso. Sempre.

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terça-feira, 1 de julho de 2025

Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras, quase sessentona

 Cleudimar Ferreira



A Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras (RAP), faz aniversário neste dia 01 de julho. São 59 anos de prestação de serviços a população sertaneja, desde a sua fundação. As ondas sonoras da RAP foram ao ar pela primeira vez em 01 de julho de 1966, sob a direção da Cúria Diocesana de Cajazeiras, comandada na época pelo então Bispo Dom Zacarias Rolim de Moura.

No percurso do sucesso de sua história até aqui, a emissora tem pautado junto da sua programação, um compromisso com a qualidade do conteúdo editorial de seus programas, alguns com quase a idade da emissora, como são os casos dos programas: ‘Encontro com Nelson’ e ‘Eu, o Rei e a Notícia’, campeões de audiência até hoje. Sempre priorizando um público mais popular, levando a comunicação, principalmente, as comunidades humildes do sertão paraibano.

Durante esses anos, a RAP passou por transformações históricas, tanto na parte gerencial, quanto no seu elenco de comunicadores, mas sempre mantendo a boa qualidade de som e de programas variados destinados a todas as classes sociais. Uma das mudanças de destaque, foi quando a rádio passou a ser gerenciada pelo grupo do empresário Francisco Arcanjo de Albuquerque (in memoriam). Obteve autonomia e alcançou mais liberdade de criação e conteúdo. Atualmente é administrada pelo seu filho, o professor e historiador josé Antônio de Albuquerque, que tem prestado em manter a linha informativa de qualidade, sempre pensando suprir as necessidades dos seus inúmeros ouvintes.

Por esse leque de mudanças da Rádio Alto Piranhas, está a passagem, em breve, da frequência AM para a FM - prefixo 105.5 MHz, bem como nas suas instalações que passará a se localizar na Zona Sul da cidade, mais precisamente no Bairro da Esperança. Nessas modificações, tanto no prefixo quanto nas instalações, trará mais modernismo aos seus equipamentos e mais qualidade sonora - digital dos seus produtos alçados ao ar. 

A história da RAP, começou a ser contada a partir da concessão adquirida por Dom Zacarias Rolim de Moura, ladeado por um grupo de religiosos da diocese de Cajazeiras, entre eles o Monsenhor Abdon Pereira e Monsenhor Vicente Freitas, sendo o primeiro, seu primeiro diretor administrativo. A gestão de Monsenhor Abdon, foi fundamental na consolidação e afirmação do sucesso da Rádio Alto Piranhas nos seus primeiros anos de vida na radiofonia paraibana.

Nesses anos todos, a RAP construir um legado histórico merecedor de aplausos, já que apesar de toda mudança do tempo, ela continua viva e atuante como sempre foi, desde o dia que suas primeiras palavras, foram lançadas ao ar pelas suas antenas possantes, há 59 anos. Portanto, é plausível dizer, que a sua colaboração para comunicação e serviços no alto sertão de Cajazeiras, foi e é até aqui, inquestionável, destacada como um exemplo de poder que o rádio tem, que pode ser aplicado para fazer a diferença e o bem no dia a dia dos seus ouvintes. Portanto, Viva a RAP. Parabéns, Radio Alto Piranhas de Cajazeiras, quase sessentona.

Álbum Fotográfico da RAP

          

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