Nascido em 1952, Sávio Max
Sobreira Rolim, foi um prodígio nas artes visuais. Com apenas 13 anos, Sávio
Rolim atingiu o estrelato, ele interpretou Carlinhos, o protagonista do romance
homônimo “Menino de Engenho” em 1965, dirigido por Walter Lima, baseado no
livro do escritor paraibano, José Lins do Rego, no qual, com carisma distinto,
contracenou com atores/atrizes famosos: Geraldo Del Rey, Anecy Rocha, Maria
Lúcia Dahl, Antônio Pitanga - pai da atriz, hoje, Camila Pitanga e Rodolfo
Arena; entusiasmando a crítica e o público.
Sávio Rolim, filho de Nélson
Sobreira Rolim que, nos anos 40/50, mantinha na cidade uma fábrica de tintas,
situada perto do balde do Açude Grande. Nelson, pai de três filhos: Epifânio
Sobreira - o Sobreirinha, o próprio Sávio e sua irmã Sônia, cuja beleza, na
época, encantava a juventude cajazeirense e que, também, fez parte do elenco do
filme! Essa família morava na Rua Padre Rolim, casa nº 1, atrás da Igreja Nossa
Senhora de Fátima.
O garoto SÁVIO, foi escolhido
para o papel principal do écran – Carlinhos – em teste realizado no Teatro
Santa Roza, revelando sua capacidade interpretativa e tornando-se,
posteriormente, o símbolo mesmo do filme, com o talento reconhecido pela mídia
e pelo público de todo o país.
Sávio participou de seis filmes:
“Menino de Engenho”, em 1965, de Walter Lima; “Amor em Quatro Tempos”, de
Vander Silvio, em 1970; “Leão do Norte”, de Carlos Del Pino, em 1974; “Soledade
a Bagaceira” de Paulo Thiago, em 1974; “Bonitinha, mas Ordinária”, de Braz
Chediak, em 1981; “Memórias do Cárcere”, de Nélson Pereira dos Santos, em 1984.
Em 2017, estaria com 67 anos de
idade. Muitos já o viram perambulando anonimamente, quase flagelado, pelas ruas
de João Pessoa e de outras cidades nordestinas. Constata-se hoje que ele não
conseguiu desenvolver sua carreira artística com o mesmo brilho inicial, sendo
condenado ao esquecimento e a difíceis condições de subsistência. Havia
notícias de que ele, ultimamente, passava por precárias condições de
sobrevivência, sendo confundido com mendigos.
A última vez que o encontrei,
ele morava “de favor” no quintal de uma casa abandonada, situada numa daquelas
sinuosas ladeiras nas proximidades da Basílica de Nossa Senhora das Neves.
Talvez o destino o tenha levado para ali, a fim de que rememorasse os dias de
sua infância, na residência dos pais e irmãos, localizada no início da Rua
Padre Rolim, na primeira casa, já quase na porta da sacristia da Igreja de
Nossa Senhora de Fátima.

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